Ao montar ou gerenciar uma empresa, a estrutura organizacional é um dos pilares que determinam como as atividades serão distribuídas e, principalmente, como os resultados serão alcançados.
No entanto, muitos gestores ainda subestimam seu impacto e acabam enfrentando desafios como falta de comunicação, sobreposição de funções pela falta de um bom organograma e baixa produtividade.
Confira o que é estrutura organizacional, quais são os seus tipos e como aplicá-la de forma eficiente.
A estrutura organizacional pode ser entendida como a forma como uma empresa é dividida em departamentos e funções, e como essas partes se relacionam para atingir os objetivos organizacionais.
Ela inclui desde a hierarquia formal — que determina os níveis de autoridade e responsabilidade dentro da empresa — até a forma como as informações fluem entre as pessoas colaboradoras.
Dessa forma, quando a estrutura é bem definida, há clareza sobre quem é responsável por quais tarefas, facilitando a comunicação e a colaboração.
Dentro de uma empresa, podemos identificar duas formas de estrutura organizacional:
Refere-se ao desenho oficial da empresa, com organogramas, políticas e fluxos de comunicação bem definidos.
Ela estabelece claramente quem responde a quem e quem faz o quê e é fundamental para alinhar as operações com a estratégia da empresa.
É o conjunto de relações que se formam naturalmente entre as pessoas colaboradoras, sem estar registrado no organograma.
Muitas vezes, a estrutura informal complementa a formal, facilitando interações que não seguiriam o fluxo tradicional de comunicação. No entanto, se não for bem gerenciada, pode gerar ruídos e atritos internos.
Uma estrutura organizacional bem planejada é essencial para o sucesso de qualquer empresa, independente do tamanho ou setor.
Seus principais benefícios são:
Em uma empresa com estrutura clara, os canais de comunicação são definidos, garantindo que as informações fluam de maneira eficaz entre os diferentes níveis hierárquicos.
Assim, evita-se retrabalho, garantindo que todos estejam na mesma página, minimizando mal-entendidos.
Uma boa estrutura organizacional evita sobreposições de funções e responsabilidades, permitindo que as pessoas colaboradoras saibam exatamente onde focar seus esforços.
Com isso, eles conseguem trabalhar de maneira mais eficiente, dedicando tempo e energia ao que realmente importa.
Quando as responsabilidades e os papéis são bem definidos, fica mais fácil tomar decisões rápidas e informadas.
Dessa forma, os gestores sabem a quem recorrer para obter informações, enquanto as pessoas colaboradoras entendem quem está no comando e quais são os limites de suas funções.
Uma estrutura organizacional eficiente assegura que todas as áreas da empresa estejam trabalhando de forma coordenada para atingir os objetivos estratégicos.
Assim, evita-se que departamentos trabalhem de maneira isolada e desalinhada, garantindo que todos caminhem na mesma direção.
Existem vários tipos de estrutura organizacional que as empresas podem adotar, dependendo de seus objetivos, tamanho e setor de atuação. Os mais conhecidos são:
A estrutura funcional é uma das mais tradicionais e comuns. Ela divide a empresa com base em funções específicas, como marketing, finanças e RH.
Seus benefícios são a especialização e clareza nas responsabilidades, enquanto seus desafios, a comunicação limitada entre áreas e dificuldade de adaptação a mudanças.
Na estrutura matricial, as pessoas colaboradoras têm múltiplos líderes e podem participar de projetos em diferentes departamentos com maior flexibilidade e colaboração entre áreas.
O principal benefício é o foco nos projetos, porém podem ocorrer conflitos de autoridade e complexidade na gestão.
Na estrutura linear, a hierarquia é clara e direta, com uma cadeia de comando simples. Assim, cada pessoa colaboradora responde a um único superior, facilitando a tomada de decisões e a comunicação vertical.
É uma estrutura que possui simplicidade e clareza de comando, mas pode ter pouca flexibilidade e sobrecarga dos gestores como desafios.
A estrutura circular é mais moderna e menos hierárquica, focada na colaboração, onde os líderes estão no centro e não no topo, facilitando a comunicação e promovendo um ambiente mais democrático.
A estrutura circular tem como principais benefícios a melhora da colaboração e a inovação, enquanto pode ter dificuldade de implementação e definição de autoridade.
A estrutura divisional é organizada por produtos, projetos ou regiões. Cada divisão funciona como uma pequena empresa dentro da organização, com suas próprias operações e equipe de gestão.
Os principais benefícios são o foco em produtos e mercados. Já os desafios são os custos elevados e a possível duplicação de recursos.
Escolher a estrutura organizacional adequada é uma decisão estratégica que depende de vários fatores internos e externos. Os principais pontos a serem considerados ao selecionar a melhor estrutura para sua organização são:
Antes de definir a estrutura, é essencial entender as necessidades operacionais e estratégicas da empresa.
Assim, analisar o número de pessoas colaboradoras, os tipos de projetos e as demandas de comunicação pode ajudar a encontrar o modelo ideal.
Considere o tamanho e a complexidade da empresa ao escolher a estrutura.
Empresas menores podem se beneficiar de estruturas mais simples, enquanto organizações maiores podem precisar de modelos mais complexos para garantir a coordenação entre diferentes áreas.
A estrutura deve ser compatível com a cultura organizacional para garantir que ela seja aceita pelas pessoas colaboradoras.
Portanto, se a empresa valoriza a colaboração e a inovação, uma estrutura rígida pode não funcionar bem.
Montar uma estrutura organizacional envolve definir como a sua empresa vai organizar seus departamentos, funções, responsabilidades e fluxos de comunicação.
Confira os passos principais para montar uma estrutura organizacional:
Antes de qualquer coisa, é essencial identificar quais são as metas da empresa para determinar como as áreas devem se organizar e interagir.
Estruture visualmente como os setores e cargos se relacionam dentro da organização, facilitando a compreensão de quem reporta a quem, além de ajudar a visualizar a conexão entre os departamentos.
Determine a quantidade de níveis de hierarquia e a distribuição das funções e atribuições, evitando a sobreposição de responsabilidades e estabelecendo limites claros de autoridade.
Determine como as informações devem circular entre as áreas, considerando reuniões, relatórios e sistemas de comunicação.
Cada modelo possui suas vantagens e desafios, e cabe aos gestores escolher aquele que melhor se adapta às necessidades do negócio.
Avalie as opções, considere a cultura da empresa e implemente uma estrutura que permita que todos trabalhem de forma alinhada e produtiva.
Uma escolha acertada pode transformar completamente a eficiência e a competitividade da sua organização.
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