Estresse no trabalho: riscos e como identificar o estresse ocupacional

O estresse no trabalho é um problema crescente que afeta a produtividade e o bem-estar das pessoas colaboradoras. Causado por diversos fatores como sobrecarga de tarefas, má comunicação e falta de reconhecimento, ele pode levar a problemas de saúde física e mental.

O estresse no trabalho é uma realidade cada vez mais presente nas empresas modernas.

De acordo com uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR), 69% dos brasileiros enfrentam esse problema, tornando o Brasil o segundo país com a maior força de trabalho estressada no mundo.

Para evitar que sua empresa se torne parte dessa estatística, é essencial entender as causas, como o impacto do clima organizacional, por exemplo, além das soluções para o estresse ocupacional.

O que é estresse ocupacional?

O estresse ocupacional, ou estresse no trabalho, é uma resposta física e emocional negativa aos aspectos adversos do ambiente de trabalho.

Ele ocorre quando as demandas profissionais excedem a capacidade do indivíduo de lidar com elas.

Fatores como excesso de trabalho, prazos apertados, baixa autonomia e falta de apoio são alguns dos gatilhos comuns.

Quais são os sintomas do estresse no trabalho? 

Os sintomas mais comuns são:

  • Cognitivos: dificuldade de concentração, esquecimentos e pessimismo;
  • Comportamentais: aumento no consumo de álcool ou drogas, faltas frequentes e queda na produtividade;
  • Emocionaisansiedade, irritabilidade, depressão e sensação de sobrecarga;
  • Físicos: dores de cabeça, problemas gastrointestinais, cansaço crônico e dores musculares.

Como identificar o estresse ocupacional? 

Identificar o estresse ocupacional exige atenção a mudanças no comportamento e desempenho dos colaboradores. Alguns sinais de alerta:

  • Atraso nas entregas: quando não há outra explicação para a procrastinação, o estresse pode ser a causa;
  • Aumento do turnover: taxas elevadas de rotatividade podem identificar um ambiente de trabalho estressante;
  • Conflitos: irritabilidade e falta de comunicação podem levar a desentendimentos;
  • Descumprimento de horários: ausências frequentes ou excesso de horas extras;
  • Pouca interação: mudanças bruscas na comunicação e colaboração entre colegas;
  • Sintomas aparentes: falta de concentração, queixas sobre cansaço e desinteresse.

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Quais os riscos e consequências do estresse no trabalho?

As consequências do estresse no trabalho são amplas e afetam tanto os colaboradores quanto as empresas.

Para os indivíduos pode resultar em problemas de saúde física e mental, como doenças cardíacas, depressão e ansiedade.

Já para as organizações, pode haver redução da produtividade, aumento do absenteísmo e ainda a deterioração do clima organizacional.

Quais são as principais causas de estresse no trabalho?

Várias causas podem contribuir para o estresse no trabalho. A primeira delas é a alta competitividade, afinal, um ambiente excessivamente competitivo pode elevar o nível de estresse.

Outras razões como sobrecarga, pressão no trabalho, percepção de ter poucas chances de desenvolvimento profissional e desvios de função também são causas a serem observadas.

Além disso, uma empresa que não sabe gerir conflitos, possui uma comunicação interna ineficaz ou que ainda ignora situações de assédio moral ou falta de empatia também pode causar estresse aos colaboradores.

Qual a relação entre estresse no trabalho e burnout?

O burnout é uma condição extrema de estresse ocupacional, caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional.

Ele ocorre quando o estresse no trabalho não é gerido adequadamente, levando a um esgotamento completo das energias físicas e emocionais do colaborador.

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Como a empresa pode prevenir o estresse no trabalho?

Prevenir o estresse no trabalho é uma tarefa complexa, que requer ações estratégicas e contínuas, tais como:

Apostar em ferramentas para diagnósticos de estresse no trabalho

Utilizar plataformas de pesquisa para realizar avaliações regulares do clima organizacional e medir o nível de satisfação e bem-estar dos colaboradores.

Implementar sistemas de análise de dados para monitorar e identificar padrões de estresse no ambiente de trabalho.

Além disso, oferecer acesso a aplicativos de bem-estar que forneçam recursos de gerenciamento de estresse e dicas de saúde mental.

Incentivar o reconhecimento dos colaboradores

Implementar um sistema de feedback regular, onde os gestores reconheçam as contribuições dos colaboradores de maneira transparente e imediata.

Dessa forma, pode-se estabelecer programas para destacar os desempenhos excepcionais ou organizar eventos para celebrar marcos importantes, reforçando o valor do trabalho realizado.

Incentivar práticas saudáveis

A empresa pode promover programas de saúde que incentivem bons hábitos ou oferecer opções de alimentação saudável no local de trabalho, como frutas e refeições balanceadas.

Outra opção é organizar atividades que promovam o bem-estar dos colaboradores, como sessões de meditação e atividades de relaxamento.

Oferecer benefícios alinhados ao perfil da equipe

Realizar pesquisas para entender as necessidades dos colaboradores e, assim, oferecer um pacote de benefícios adequado. Algumas sugestões:

  • Promover atividades físicas regulares, como aulas de yoga ou ginástica laboral;
  • Políticas de trabalho flexível para ajudar os colaboradores a equilibrar melhor suas responsabilidades pessoais e profissionais;
  • Serviços de apoio psicológico e programas de bem-estar mental, como workshops sobre gerenciamento de estresse.

Oferecer oportunidades de desenvolvimento

A empresa pode disponibilizar programas de capacitação para que os colaboradores possam desenvolver novas habilidades e avançar em suas carreiras

Além disso, também é fundamental estruturar um plano de carreira claro e acessível, mostrando aos colaboradores as oportunidades de crescimento dentro da empresa.

Promover a diversidade e a inclusão

Para isso é fundamental desenvolver políticas claras e abrangentes que promovam a diversidade e a inclusão, garantindo que todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados.

Uma ideia é criar grupos de afinidade e redes de apoio para diferentes grupos de colaboradores, incentivando a formação de comunidades dentro da empresa.

Promover uma cultura de transparência

É preciso fomentar uma cultura de comunicação aberta, onde os colaboradores se sintam seguros para expressar suas preocupações sem medo de retaliação.

Para isso, pode-se realizar sessões de feedback regulares, onde os colaboradores compartilhem suas experiências e sugestões para melhorar o ambiente de trabalho.

Ou ainda, envolver os colaboradores na tomada de decisões que afetam diretamente o ambiente de trabalho, promovendo um senso de pertencimento e responsabilidade compartilhada.

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