Ergonomia: o que é, riscos e o papel do RH

A ergonomia é um conceito essencial que tem ganhado cada vez mais importância no ambiente de trabalho.

Com a crescente conscientização sobre a saúde e o bem-estar dos colaboradores, compreender e implementar práticas ergonômicas é necessário para evitar problemas de saúde e promover um ambiente de trabalho mais seguro e confortável.

Por conta disso, preparamos este conteúdo onde falaremos o que é ergonomia, sua aplicação no trabalho e como o RH pode garantir uma ergonomia eficiente. Confira!

O que é ergonomia?

Ergonomia é a ciência que estuda a interação entre o ser humano e outros elementos, com o objetivo de otimizar seu bem-estar e o desempenho geral do sistema.

Ela se concentra em adaptar o ambiente, equipamentos, ferramentas e tarefas às características físicas e cognitivas dos seres humanos, buscando criar condições que proporcionem conforto, segurança e eficiência, prevenindo lesões.

O que é ergonomia no trabalho?

Ergonomia no trabalho refere-se à aplicação de princípios ergonômicos no ambiente profissional, buscando adaptar o local de trabalho às capacidades, limitações e necessidades físicas, mentais e emocionais dos trabalhadores.

Pode incluir ajustes no mobiliário, na organização do espaço e até mesmo na forma como as tarefas são realizadas, para minimizar riscos de lesões e aumentar a eficiência e o conforto de todos, individualmente.

A ergonomia no trabalho deve ser feita de forma personalizada, levando em consideração o perfil de cada colaborador, seu posto de trabalho e necessidades.

Qual é o principal objetivo da ergonomia no trabalho?

O principal objetivo da ergonomia no trabalho é prevenir lesões e doenças ocupacionais, melhorando a segurança e o bem-estar de quem está executando sua função laboral.

Além disso, a ergonomia visa reduzir a fadiga e o desconforto, e melhorar a qualidade do trabalho realizado, aumentando a produtividade.

Ao adaptar o ambiente e as tarefas às características dos trabalhadores, é possível criar um ambiente de trabalho mais saudável e eficiente.

O que diz a NR 17 sobre ergonomia?

A Norma Regulamentadora 17 (NR 17) do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, visando proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

A NR 17 exige a elaboração de um documento chamado Análise Ergonômica no Trabalho (AET) que visa reduzir os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho.

Além disso, ela aborda aspectos como levantamento, transporte e descarga de materiais, mobiliário, equipamentos e condições ambientais do posto de trabalho, além da organização do trabalho em si.

Quais os riscos da falta de ergonomia no trabalho?

A falta de ergonomia no ambiente de trabalho pode acarretar diversos riscos à saúde dos trabalhadores, tais como:

Aumento do absenteísmo

As condições de trabalho não ergonômicas frequentemente levam a um aumento do absenteísmo.

Isso porque lesões e doenças relacionadas ao trabalho resultam em mais dias de afastamento, impactando a continuidade das operações e aumentando os custos para a empresa.

Estes custos podem incluir gastos com tratamentos médicos, terapias, processos trabalhistas e ainda a necessidade de substituição temporária ou permanente de trabalhadores.

Diminuição da produtividade

A falta de ergonomia pode reduzir significativamente a produtividade, afinal, trabalhadores que experimentam desconforto ou dor são menos eficientes e mais propensos a cometer erros.

A necessidade de pausas frequentes para aliviar desconfortos também interrompe o fluxo de trabalho.

Fadiga e exaustão

Ambientes de trabalho mal projetados podem levar à fadiga física e mental.

Posturas inadequadas, equipamentos mal posicionados e falta de pausas apropriadas podem levar ao cansaço extremo, afetando a concentração e aumentando o risco de erros e acidentes.

LER e DORT

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) são causadas pela repetição contínua de movimentos, como digitar, usar o mouse ou operar máquinas.

Já os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) incluem uma série de condições que afetam músculos, tendões, ligamentos, nervos e outros tecidos.

A falta de ergonomia pode agravar essas condições, resultando em dores nos pulsos, braços, ombros e pescoço. Essas lesões podem se tornar crônicas e levar a incapacidades permanentes.

Qual a importância da ergonomia no trabalho?

A ergonomia não apenas protege a saúde dos trabalhadores, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais eficiente e produtivo.

Um ambiente ergonomicamente adequado reduz o risco de lesões, melhora a satisfação dos colaboradores e pode até mesmo aumentar a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa.

Além disso, investir em ergonomia demonstra um compromisso com o bem-estar dos funcionários, o que pode melhorar a retenção de talentos.

Qual o papel do RH na ergonomia no trabalho?

O setor de Recursos Humanos desempenha um papel fundamental na promoção e implementação da ergonomia no ambiente de trabalho, tais como:

Avaliação e adaptação dos postos de trabalho

O RH deve colaborar com profissionais especializados para realizar avaliações periódicas dos postos de trabalho, de acordo com as normas.

Essas avaliações ajudam a identificar e corrigir problemas ergonômicos, garantindo que cada funcionário tenha um ambiente adaptado às suas necessidades individuais.

Coordenação com outros departamentos

Para implementar de forma eficaz as práticas ergonômicas, o RH deve coordenar-se com outros departamentos, como:

• Engenharia: para adaptar o design de equipamentos e espaços de trabalho;
• Gestão: para obter apoio e recursos necessários para iniciativas ergonômicas;
• Segurança do Trabalho: para garantir que as práticas ergonômicas também atendam aos requisitos de segurança.

Cultura organizacional positiva

O RH tem o papel de promover uma cultura organizacional que valorize a ergonomia e o bem-estar dos colaboradores. Isso pode ser feito através de:

• Comunicação clara sobre a importância da ergonomia;
• Envolvimento dos líderes na promoção de um ambiente de trabalho saudável;
• Reconhecimento e incentivo a boas práticas ergonômicas.

Gestão de afastamentos e retornos ao trabalho

Quando um colaborador se afasta por problemas de saúde relacionados à ergonomia, o RH deve gerenciar esse processo de forma cuidadosa, garantindo:

• Acompanhamento contínuo para evitar recidivas;
• Suporte durante o afastamento;
• Planejamento de um retorno ao trabalho seguro e adaptado.

Monitoramento e feedback contínuo

O papel do RH também envolve o monitoramento contínuo das condições ergonômicas e a coleta de feedback dos colaboradores, através de:

• Questionários de satisfação e saúde;
• Reuniões regulares para discutir problemas e sugestões;
• Sistemas de reporte de desconfortos ou lesões relacionadas ao trabalho.

Promoção de saúde e bem-estar

O RH deve promover iniciativas de saúde e bem-estar que complementem as práticas ergonômicas. Algumas ações são:

• Campanhas de conscientização sobre saúde mental;
• Criação de espaços de relaxamento dentro da empresa;
• Programas de ginástica laboral;
• Workshops sobre hábitos saudáveis.

Treinamentos e capacitações

Para assegurar que todos os colaboradores estejam cientes das práticas ergonômicas corretas, o RH pode organizar treinamentos regulares sobre:

• A importância da ergonomia e seus benefícios;
• Importância de pausas e exercícios de alongamento;
• Orientações sobre ergonomia no home office;
• Técnicas para manter uma postura ergonômica durante o trabalho;
• Uso adequado de equipamentos ergonômicos.

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