Segurança do trabalho: 5 consequências da negligência e como evitá-las
Segurança do trabalho é um conjunto de normas, procedimentos e políticas que servem para reduzir, diminuir ou impedir os acidentes de trabalho e os riscos ocupacionais. É papel de todas as empresas investir na segurança dos seus colaboradores.
5 minutos de leitura
Garantir a segurança dos trabalhadores é um dos principais papéis das empresas. E é por isso que existem diversas regras que estabelecem a segurança do trabalho e, que, quando não são cumpridas, geram consequências como multas, por exemplo.
A segurança do trabalho é estabelecida em lei e em uma série de normas e procedimentos que tanto empresas quanto colaboradores precisam seguir. E é por isso que seu conhecimento deve ser sempre divulgado.
Se você quer entender um pouco mais sobre segurança do trabalho e como evitar que haja algum tipo de negligência, acompanhe.
Qual é a função da segurança do trabalho?
A segurança do trabalho é um conjunto de regras que as empresas precisam cumprir para reduzir ou impedir acidentes de trabalho. Ela possui normas técnicas, políticas e procedimentos que todas as empresas, independente do ramo, precisam seguir.
A principal função da segurança do trabalho é neutralizar ou diminuir os riscos ocupacionais, colaborando para a qualidade de vida dos trabalhadores.
Cada vez mais a segurança do trabalho tem se tornado um conceito mais amplo que apenas a integridade física dos profissionais. A preocupação em relação à saúde mental, por exemplo, é algo que já faz parte da realidade de quem pensa em saúde ocupacional.
Sendo assim, as medidas tomadas pelas empresas precisam ser cada vez mais abrangentes, sempre com o intuito de proteger seus colaboradores, evitando tanto os acidentes quanto questões mentais e emocionais.
O que diz a CLT sobre a segurança do trabalho?
A CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, de 1943 estabeleceu uma série de normas voltadas para a higiene e segurança do trabalho.
No entanto, em 1977 houve algumas alterações pela Lei 6.514 no Capítulo V - da segurança e da medicina do trabalho. Nela estabeleceu-se diversas regras, dentre as principais os seguintes artigos:
- 157: as empresas precisam cumprir e fazer cumprir as normas, instruindo os empregados, adotando medidas e facilitando a fiscalização;
- 158: os empregados precisam conhecer as normas, colaborar com a empresa e usar equipamentos de segurança;
- 160: nenhum estabelecimento pode iniciar atividades sem prévia inspeção e aprovação de suas instalações;
- 162: dependendo do número de empregados e outras características, as empresas precisam manter serviços especializados em segurança e medicina do trabalho;
- 163: é obrigatória a constituição da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
- 166: as empresas são obrigadas a fornecer equipamentos de proteção individual;
- 168: é obrigatória a realização de exame médico do empregado por conta do empregador;
- 189: estabelece o que são atividades insalubres;
- 201: estabelece o valor da multa para empresas que infringirem essas normas.
5 consequências da negligência em relação a segurança de trabalho
Ao negligenciar a segurança do trabalho, tanto empresas quanto colaboradores podem sofrer diversas consequências, tais como:
1. Acidente de trabalho
A maior e mais conhecida consequência da negligência em relação à segurança é o acidente de trabalho. Segundo a Agência Brasil, fonte de notícias do Governo Federal, foram 612,9 mil acidentes em 2022, com 2538 mortes.
Os acidentes resultam de atos inseguros, falta de uso dos EPI - Equipamentos de Proteção Individual, falta de sinalização, inspeção e manutenção de equipamentos e maquinários, sendo que todas essas atitudes são obrigatórias segundo as normas.
2. Lesões e doenças ocupacionais
Trabalhadores que realizam movimentos repetitivos podem desenvolver diversas doenças ocupacionais como a LER - Lesões por Esforço Repetitivo ou DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho.
Poderia se evitar esse tipo de lesão se houvesse o controle das posturas dos trabalhadores, os momentos de descanso, a carga ou peso que carregam, entre outros.
3. Estresse
Segundo o um estudo da Isma - International Stress Management Association divulgado no jornal Estado de Minas, o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos diagnosticados de Burnout.
Essa síndrome, que é considerada pela OMS - Organização Mundial de Saúde uma doença ocupacional, é causada pelo estresse no trabalho.
Evitar que a rotina seja pesada ou que se pressione além da conta dos colaboradores são algumas das medidas necessárias para evitar o estresse.
Além disso, o estresse pode gerar outras condições como ansiedade e depressão, o que impacta também o índice de turnover das empresas.
4. Impacto na produtividade
A falta de segurança pode acarretar na produtividade de toda a equipe.
Afinal, quando ocorre um acidente de trabalho, por exemplo, o colaborador muitas vezes precisa de afastamento do local de trabalho, o que pode gerar a necessidade de substituição, treinamento, além de prejudicar o time como um todo.
5. Prejuízos financeiros
A empresa que não cumpre com as normas estabelecidas pela segurança do trabalho está sujeita ao pagamento de diversas multas e outros encargos.
Além disso, quando há um acidente de trabalho também aumentam os custos salariais, já que, no caso de afastamento, a Previdência Social assume o pagamento somente no 16º dia. E, se provar que o acidente foi por conta de negligência, a empresa ainda poderá sofrer um processo de cobrança retroativa das despesas do INSS.
Por último, colaboradores prejudicados por conta dessas negligências também podem entrar com processos trabalhistas e pedidos de estabilidade, o que certamente irá gerar muitos prejuízos financeiros.
Se você quer investir na segurança da sua empresa e dos seus colaboradores, entenda um pouco mais sobre as principais tendências de treinamento de segurança para 2024.
Compartilhe