Assim como a nossa sociedade, as relações de trabalho também sofreram transformações com o passar dos anos.
Nesse caso, as mudanças foram mais expressivas depois da Revolução Industrial. Essa evolução se deu em vários sentidos, incluindo a administração de recursos humanos.
Foi nesse contexto que nasceu a chamada psicologia industrial, que mais tarde seria dividida na forma que conhecemos hoje: a psicologia organizacional e do trabalho.
Tais recursos são utilizados para desenvolver e manter o ambiente organizacional mais saudável. Por isso, essas duas vertentes da psicologia são temas do artigo de hoje.
A psicologia organizacional tem como foco manter o ambiente de trabalho saudável. Para isso, foca no desenvolvimento dos profissionais de maneira geral e na solução de problemas ligados à gestão de gente.
Dessa forma, além de garantir um bom clima organizacional, também influencia na produtividade das equipes, no alcance de metas e de resultados positivos.
A psicologia organizacional pode ser trabalhada de diversas maneiras, como, por exemplo:
Já a psicologia do trabalho tenta entender a relação entre a realização pessoal do colaborador ao desempenhar suas atividades laborais, e a produtividade.
Dito isso, envolve as seguintes questões:
Perceba que a psicologia organizacional e do trabalho, embora sejam diferentes, se complementam.
A principal função da psicologia do trabalho é estudar quais as formas de melhorar a qualidade de vida dos profissionais no ambiente de trabalho.
É exatamente por isso que ela é tão importante para as organizações, afinal, é no trabalho em que passamos a maior parte de nossas vidas.
Não trabalhamos apenas para garantir os recursos financeiros necessários para viver. As pessoas precisam ter um motivo para levantar da cama e devem se sentir bem ao pensar em encontrar seus colegas e desempenhar suas funções, independentemente do quanto vão ganhar por isso.
A psicologia do trabalho chega para promover melhores condições aos trabalhadores, no que diz respeito ao que sentem.
A psicologia organizacional viabiliza a gestão estratégica de pessoas. Seus recursos viabilizam contratações mais acertadas, redução de custos relacionados a demissão de colaboradores e melhorias na performance dos times.
Ou seja, o psicólogo organizacional faz toda a diferença em uma organização. Uma vez que o capital humano é o bem mais valioso do negócio no que diz respeito ao alcance de metas e objetivos, contar com a ajuda desse especialista é uma forma de potencializar os resultados.
Para que as diferenças entre psicologia organizacional e do trabalho fiquem ainda mais nítidas, separamos alguns exemplos sobre a aplicação de cada uma delas na rotina dos negócios. Fique de olho!
Aqui, vamos explicar um pouco melhor sobre como o psicólogo organizacional trabalha a atração de talentos, realiza a gestão de conflitos, estimula a capacitação e faz a avaliação de cargos e salários.
Os processos de recrutamento e seleção são da alçada dos profissionais que trabalham com a psicologia organizacional.
Essas pessoas são responsáveis por conduzir todos os processos, desde a atração dos novos colaboradores, a aplicação de testes psicológicos e outras atitudes importantes para que a empresa seja um sucesso em relação ao seu capital humano.
Os psicólogos organizacionais analisam os cargos oferecidos, identificam as competências necessárias que os profissionais devem ter e constroem o perfil mais adequado para as vagas.
A partir daí, a empresa consegue elaborar anúncios adequados e aplicar testes que ajudem a organização a descobrir qual o candidato mais se encaixa naquela vaga. Isso aumenta as chances da contratação ser um sucesso.
Ao contratar as pessoas certas para a vaga e para a empresa, os profissionais não sentem a necessidade de ir atrás de outras oportunidades. Ou seja, os índices de rotatividade caem, e os de retenção de talentos sobem.
Como o psicólogo organizacional estuda a fundo as competências ideais para cada cargo, participa dos processos de recrutamento e seleção, e aplica testes de personalidade, ele acaba por conhecer cada colaborador de maneira mais profunda.
Essa atividade, em paralelo à psicologia organizacional, está diretamente ligada à gestão de conflitos.
O conhecimento sobre a personalidade dos colaboradores e a habilidade em cruzar essas características com o perfil do negócio permite que a empresa assuma uma postura preventiva, evitando os problemas de relacionamento entre as equipes.
A psicologia organizacional também se faz presente nos programas de treinamento e desenvolvimento dos colaboradores.
Psicólogos organizacionais têm a missão de tornar os times cada vez mais capacitados. Para isso, implementam programas de treinamento e desenvolvimento, identificam e organizam eventos pertinentes às funções dentro da empresa e conduzem os profissionais a uma atuação de excelência.
A avaliação do plano de cargos de salário também tem envolvimento da psicologia do trabalho, pois, é um elemento crucial na motivação dos trabalhadores.
Embora não seja o único elemento capaz de despertar o interesse de candidatos e elevar a produtividade dos colaboradores, os profissionais devem ter uma boa perspectiva para o futuro dentro da empresa — ao mesmo tempo que a remuneração seja, no mínimo, condizente com o mercado.
Assim, os psicólogos do trabalho avaliam o organograma da empresa, o valor oferecido para cada função e os programas de benefícios e incentivos.
Entenda como a psicologia do trabalho aplica ferramentas de desempenho, trabalham as metas para lideranças e a comunicação interna.
Para que uma empresa descubra se suas estratégias estão sendo bem-sucedidas, é necessário aplicar métricas de avaliação.
Na gestão de pessoas, essa avaliação é feita medindo o desempenho dos colaboradores, onde se relaciona a produtividade com as metas estabelecidas.
Além de acompanhar o progresso dos profissionais, a avaliação de desempenho deve estar vinculada a políticas de feedback, para que os colaboradores possam aprimorar sua performance.
Essas são funções da psicologia do trabalho, que tem por objetivo melhorar os resultados, aumentar a produtividade, diminuir erros e evitar o retrabalho.
Os resultados das ações realizadas no âmbito da psicologia do trabalho não se limitam aos colaboradores, mas atingem as lideranças de maneira positiva.
Quando os colaboradores aumentam a sua performance, as lideranças também melhoram seu desempenho de maneira quase que automaticamente.
Isso acontece porque a psicologia do trabalho também estabelece metas aos líderes e os prepara para participar dos processos de feedbacks e o processo passa a ser ainda mais claro e preciso.
A maneira na qual a empresa se comunica com seu colaborador determina os seus resultados. Quando não há clareza nas solicitações, nem um canal direto para que os contratados possam se expressar, tirar dúvidas e dizer o que os incomoda, as chances dos problemas aparecerem são grandes.
Os ruídos na comunicação interna são vilões da produtividade, do absenteísmo e da rotatividade.
É tarefa do psicólogo do trabalho encontrar os meios mais adequados para passar as mensagens, de acordo com o organograma e com o perfil dos colaboradores.
Esse profissional também orienta gestores e líderes sobre a forma de agir mediante reclamações e desabafos, apontar problemas na execução de tarefas ou na postura de forma não-violenta e tecer elogios as boas performances.
Chegamos ao final do nosso artigo! Apesar das diferenças, a psicologia organizacional e do trabalho se complementam, e seus recursos são mais que necessários para empresas que se preocupam com a gestão de gente.
Enquanto a psicologia organizacional trabalha o papel do capital humano para o crescimento da empresa, a psicologia do trabalho se preocupa com as questões do homem no trabalho.
Ou seja, o psicólogo organizacional é responsável pelos times de maneira geral, e o do trabalho foca no indivíduo.
Sendo assim, empresas que reconhecem o valor do capital humano para o seu crescimento devem investir nos elementos que compõem a psicologia organizacional e do trabalho.
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