6 motivos por que bons funcionários pedem demissão
Bons funcionários pedem demissão porque estão insatisfeitos, mas o que gera essa insatisfação? Compilamos alguns motivos do porquê bons funcionários saem das empresas.
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Meio milhão. Essa é a média de brasileiros que pediram demissão nos últimos meses, mesmo com o alto desemprego. Em outubro de 2021, 4,1 milhões de norte-americanos largaram seus postos de trabalho em busca de novas oportunidades.
Essa migração, conhecida como A Grande Renúncia, é global e está acontecendo em ritmo acelerado.
E acontece porque boa parte dos trabalhadores está se sentindo sobrecarregada. Existe uma pressão por resultados e uma grande comparação com a geração anterior que, em comparação a atual, viveu um melhor momento econômico.
Essa pressão combinada com uma economia instável e difícil tem gerado muitos problemas que, em muitos casos, a saída encontrada foi a demissão.
Para entender melhor esse cenário, listamos alguns dos principais motivos do porquê bons funcionários pedem demissão (e quais problemas estão associados). Confira!
6 motivos do porquê bons funcionários pedem demissão
De acordo com uma pesquisa da Joblist realizada com mais de 2 mil norte-americanos, 74% dos trabalhadores de período integral estão planejando largar seus empregos em 2022. Dessa maneira, é necessário mapear os principais motivos de demissões para que ações de retenção sejam desenvolvidas.
Aqui, compilamos 6 motivos do porquê bons funcionários pedem demissão de uma empresa.
1. Salários baixos
Um dos principais motivos, claro, é o salário. Esse não é o único fator, mas é o de maior peso. Afinal, vivemos um momento econômico volátil de alta inflação e que foi intensificado com a pandemia.
E para 73% dos brasileiros, o custo de vida aumentou em 2021 (no ranking, o Brasil banca a quarta posição entre os países em que a população teve maior percepção da inflação). Por isso que bons funcionários estão largando seus empregos em busca de melhores oportunidades (seja em novos trabalhos ou no empreendedorismo).
2. Pouca flexibilidade
A pandemia escancarou algo que já pensávamos: é indispensável ter equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Mas para tanto, é necessário que haja uma flexibilização na jornada de trabalho (que há anos não passa por uma mudança).
Nesse sentido, os trabalhadores estão buscando por oportunidades de emprego menos controladoras e que prezam a vida fora do horário comercial. O objetivo é encontrar locais de trabalho que possibilitem um estilo de vida mais saudável e menos desgastante.
Aqui na Gupy, por exemplo, reduzimos a jornada semanal de trabalho com short friday, um benefício que toda a empresa trabalha apenas meio período às sextas-feiras. Na época, a novidade foi bem recebida e, atualmente, já conseguimos enxergar uma melhora no bem-estar dos gupiers.
3. Má liderança
Já ouviu a frase “Colaboradores não deixam as empresas, e sim seus líderes”? Esse jargão antigo carrega um fundo de verdade. É comum que bons funcionários, principalmente das novas gerações, busquem por trabalhos que possibilitem o crescimento profissional com os reconhecimentos adequados.
E é papel da liderança construir um ambiente desafiador, com feedbacks humanos e úteis que possibilitem o crescimento e aprendizado contínuos. Quando não há suporte e estímulo da liderança para que isso aconteça, um sentimento de frustração toma conta. Naturalmente, o engajamento cai e o índice de turnover sobe.
4. Problemas com a saúde mental
Vivemos um momento de esgotamento em todo o mundo. Há pouco tempo, o burnout foi oficialmente reconhecido como uma doença mental pela OMS. No Brasil, os casos de ansiedade cresceram 25% durante a pandemia. Nesse mesmo período, o número de brasileiros que viram sua saúde mental piorar durante a crise chegou a 53% (Ipsos).
Nesse contexto, é evidente que a preocupação com a saúde mental deve ser prioridade. Afinal, é o principal ativo dos trabalhadores. Agora, quando trabalhadores se veem em um ambiente tóxico e prejudicial para a sua saúde, a primeira reação é procurar por um novo emprego.
Sendo assim, um dos motivos da grande onda de demissões está na saúde mental desgastada — que é derivada da alta pressão e competitividade existente no mercado de trabalho. E desse modo, trabalhadores estão em busca de empresas que prezam e apoiam a saúde física e mental com ações práticas e sustentáveis a longo prazo.
5. Pouca autorrealização
O desejo por um trabalho que possui propósito, que gera realização e que esteja alinhado com seus valores pessoais é um traço muito presente nas novas gerações. Para eles, o trabalho é mais que uma forma de ganhar dinheiro, é também uma maneira de autorrealização.
Eles se preocupam no impacto social que a empresa gera, quais ideais ela defende e qual a sua missão no mercado de trabalho. Portanto, bons funcionários estão em busca de realizações pessoais no trabalho que coincidem com seus valores individuais. E quando não encontram isso, pedem demissão na primeira oportunidade.
6. Clima de trabalho tóxico
O clima organizacional da empresa foi um tema que levou tempo para entrar nas discussões corporativas. De início, não era claro o quanto e como o clima afeta na produtividade. Mas agora, é possível entender que bons funcionários querem trabalhar em equipe com um time amigável e inspirador.
Além disso, o assunto se agrava quando falamos de assédio moral e preconceitos ligados a gênero, raça e sexualidade. Nesses casos, são crimes que devem ser combatidos incisivamente.
Bons funcionários fogem de ambientes tóxicos e buscam por empresas seguras de se trabalhar, que combatem preconceitos e que estimulam trocas saudáveis e produtivas entre times.
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