Microgerenciamento: o que é, causas e como promover uma liderança eficaz

O microgerenciamento é um tipo de gestão que impacta os colaboradores das empresas. Os líderes que praticam a microgestão geralmente são centralizadores. Precisam saber de tudo o que está acontecendo o tempo todo e passam a mensagem de que não confiam na equipe. O resultado são pessoas trabalhando desmotivadas, em ambientes considerados tóxicos.

Segundo a pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, feita pela The School of Life e Robert Half, o ambiente tóxico é o que faz 42,86% das pessoas pedir demissão. Para a pesquisa, foram feitas 774 entrevistas com profissionais empregados em todo o Brasil, com 25 anos de idade ou mais e formação superior completa.

Para essas pessoas, o que mais importa na carreira, além do salário (71,59%), é um ambiente de trabalho que apoia e acolhe (64,20%). Por isso, quando há microgerenciamento, há desconforto e, consequentemente, desligamentos voluntários.

Essa sequência de acontecimentos geram alta rotatividade e afetam a produtividade da empresa, sem contar o aumento que gera nos custos para contratação.

Não há uma fórmula única para resolver todas as questões. Contudo, há meios de permitir que as pessoas se sintam bem onde trabalham, e isso passa por promover uma liderança eficaz. Continue lendo para ver as dicas sobre como os líderes podem manter as equipes engajadas.

O que é microgerenciamento

O microgerenciamento é caracterizado pelo controle excessivo. A todo momento, para tomar qualquer decisão, a equipe precisa consultar a pessoa gestora. Caso contrário, corre risco de ter retrabalho, pois é possível que sejam solicitadas alterações em praticamente tudo o que foi executado.

Tanta atenção concentrada em detalhes que podem ser delegados para a equipe pode prejudicar a visão mais estratégica que uma liderança também precisa ter para cumprir com as metas da organização.

Não é necessário cobrar devolutivas a respeito de cada demanda executada por cada pessoa da equipe. Mas é isso o que um microgerenciador faz. Por não dar autonomia aos colaboradores, dissemina a desmotivação, desengaja e compromete a felicidade das pessoas no trabalho.

A microgestão torna o trabalho exaustivo, burocrático, aprisionante e submisso. As pessoas não se desenvolvem e nem crescem com uma liderança apegada ao microgerenciamento. 

Diante de tanta repercussão negativa, a conclusão possível é a de que microgerenciar não é o tipo de gestão para empresas que investem em employee experience. Qual é a alternativa, então? Temos algumas para recomendar.

Como evitar o microgerenciamento

Existem algumas formas de combater as causas do microgerenciamento, como a falta de confiança das lideranças na equipe e a centralização, bem como o controle excessivo. A primeira delas é comprovar a prática da microgestão com uma pesquisa de clima organizacional.

A partir da percepção dos colaboradores sobre a relação com a liderança, a maneira como a equipe toma decisões e como cada um se sente em relação ao ambiente de trabalho, é possível ter um diagnóstico sobre o que está impedindo os colaboradores de serem mais produtivos.

Com as informações em mãos, o RH pode construir com a liderança um plano de ação para resolver os pontos mais críticos, como a falta de confiança e de autonomia, que são sintomas comuns em equipes sujeitas à microgestão. Junto, pode desenvolver um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) para a liderança reduzir o controle excessivo que exerce sobre os colaboradores.

Uma possibilidade, também, é planejar a implementação da macrogestão, que é quando a liderança se preocupa menos com os pequenos detalhes e foca mais nos resultados amplos, ou seja, nas metas estratégicas.

Dica para promover uma liderança eficaz

Uma liderança positiva, sem microgerenciamento ou microgestão, só pode ser praticada por profissionais genuinamente abertos para acolher as demandas dos colaboradores, sejam elas relacionadas ao trabalho ou não.

A principal maneira de fazer isso é por meio da escuta ativa, que permite saber como o outro está. A conversa deve ser honesta e sincera, e acontecer de forma fluida, mesmo quando provocada intencionalmente, como no caso de equipes em atuação remota. 

A impossibilidade de chamar a pessoa para conversar no corredor do café exige a marcação de reuniões individuais sem pauta prévia. Mesmo presencialmente, é uma atividade para a qual é preciso dedicar tempo e que requer presença de corpo e alma.

Nem todas as pessoas gestoras têm essa disponibilidade. Algumas encaram esse momento como perda de tempo. Mas as lideranças que entendem o quanto, na verdade, se trata de um investimento, preocupam-se bem menos com a questão de como reter talentos.

A comunicação efetiva é um dos pilares da gestão estratégica de pessoas. Para conhecer os demais, basta acessar o conteúdo no Blog do RH da Gupy.
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