Ídolos do RH: André Barrence, o Google e as startups
5 minutos de leitura
E a série ídolos do RH dessa semana conversou com André Barrence, Head of Google for Startups para desvendar um pouco mais sobre startups, como é atuar na gigante de tecnologia, a recolocação profissional nesse segmento e o mercado de empresas mais tradicionais frente ao desafio da inovação e processos ágeis.
Prefere ouvir esse conteúdo? clique no player abaixo!
Confira também outras entrevistas da série ídolos do RH:
- Mariana Ferrão
- Sofia Esteves
- Luciana Caletti
- Bernardinho
- Rodrigo Giaffredo
- Carolina Ignarra
- Mórris Litvak
Por que que o Google decidiu investir tanto em startups?
Acho que a resposta mais fácil é: a gente acredita que as startups são as empresas que vão mudar a forma como a gente vive hoje e amanhã.
Mais do que isso, somos uma prova viva de que uma startup pode sim se tornar uma grande empresa e gerar impacto em milhões de pessoas e em milhões de negócios — e ser muito bem sucedida. O Google nasceu há 20 anos atrás como startup. É sempre bom lembrarmos isso.
Então, esse DNA que carregamos trás para nós essa perspectiva de que investir em startups é um investimento, sim, de médio e longo prazo, mas que traz muito retorno não só para o Google, mas eu acho que também para o ecossistema de economia digital que ele está inserido.
Portanto, startups são motores de inovação e aí, estar próximo delas ajuda tanto os negócios do Google como também a solucionar grandes problemas que a sociedade tem, que as grandes empresas têm. Então, a gente aposta nesse valor que elas criam.
Algum tempo atrás, havia a tendência das grandes empresas duvidarem da capacidade de entrega das startups, bem como o posicionamento delas. Porém, o mercado tem mudado.
Qual que é sua visão sobre como era isso antes, como está sendo e até sobre o futuro desse cenário?
Acho que todo movimento de mudança gera desconfiança, ou todo movimento de inovação gera um pouco de desconforto, até as diferentes partes desse movimento entenderem exatamente para onde se está caminhando. E acho que no caso das startups, não foi diferente.
Acredito que num primeiro momento, as grandes empresas viram com desconfiança e aí, relutaram um pouco a se aproximar. Porém hoje, já existe muita clareza que as startups, sim, ainda não são grandes empresas, mas estão no caminho de se tornarem.
E aí, apostar nessa construção conjunta de valor. É importante tanto para startups quanto para as grandes empresas de também trazer resultados.
Hoje, eu vejo esse momento como muito maduro. O melhor que já vivemos, mas não quer dizer que é o melhor possível.
O melhor momento possível, acho que a gente ainda está por vivenciar, que é justamente onde as regras de compliance e de contratação vão ser muito mais benéficas do que são hoje nas grandes empresas para contratarem em startups.
E aí, o potencial que essas startups podem gerar de valor para as empresas vai ser também muito maior. Então, eu acredito que estamos caminhando na direção de uma maturidade cada vez maior, que vai tornar essa relação muito mais confiável entre as duas partes.
Portanto, hoje não existe dúvida que o potencial é real. O potencial futuro ele vai ser ainda maior.
Conte para nós como é trabalhar no Google e quem é André Barrence.
O Google é uma empresa muito especial, não é? acho que a gente tem a possibilidade de trazer o nosso eu inteiro para dentro da companhia, seja no nosso trabalho, seja nas possibilidades que ele tem, o que a comunidade de Googlers tem para perseguir paixões, para buscar projetos de interesse, para trabalhar em coisas diferentes.
Então, eu me sinto muito privilegiado. Eu falo que em nenhum momento, eu tomo isso como dado. Eu realmente considero que é um privilégio estar ali dentro.
Assim como o Google, eu acredito que cada vez mais essa percepção de que você tem que ser uma pessoa única em tudo o que você faz na vida é importante. Não existe mais o André pessoa e o André profissional. O André é um só. E aí, é a capacidade de juntar isso.
Na minha visão, é o que torna as empresas mais atraentes, as organizações mais atraentes para os talentos. Então, acho que o Google faz isso muito bem.
E aí, construir e nutrir uma cultura que torna isso cada vez mais forte é o que eu considero uma das principais vantagens que ele tem como companhia, e uma das coisas que torna mais atrativa para as pessoas trabalharem no Google.
Portanto, eu consigo conciliar as minhas paixões com o meu trabalho e com o que eu acredito que é importante para se desenvolver.
Que dica ou conselho você daria para uma pessoa que quer entrar nesse mundo das startups? Como ela pode ter acesso às startups e até conseguir trabalhar em uma?
Sobre a questão das startups: Primeiro, elas são empresas que estão crescendo muito rápido e aí, precisam daquilo que é o combustível principal, que são talentos.
Não adianta só a empresa ter recursos financeiros se não conseguir trazer talentos na mesma velocidade para suportar esse crescimento. Então, existem muitas oportunidades de trabalhar em startups hoje no Brasil.
A minha dica para qualquer pessoa que queira se posicionar nesse mercado é se aproximar pouco a pouco para entender quais são os reais benefícios e os reais desafios. Existem muitos deles.
A gente não pode esquecer que as startups vivem constantemente num modelo de adaptação, numa certa insegurança, e consequentemente, de mudanças. Para várias pessoas, isso vai funcionar muito bem. Para outras, isso não necessariamente vai ser o melhor ambiente de trabalho, que você vai querer se encontrar. Então, eu considero que a aproximação é um primeiro passo importante.
A segunda coisa é você entender que o que mais importa para uma startup é a capacidade de aprendizado rápido. Então, a curiosidade e a capacidade de aprender em velocidade muito alta. Se você tem isso como uma paixão e se você faz disso uma tônica da sua vida, da sua carreira, pode ser um ótimo lugar.
Portanto, continue nutrindo esse tipo de atitude, que aí eu acho que você tem grandes chances de se dar bem no ecossistema ou num ambiente de startups. Mas, sim: busque conhecimento, porque por natureza, tudo o que a startup está criando nunca foi feito. Então, você vai estar construindo junto algo que é novo. E aí, a novidade requer constante busca por conhecimento.
E no próprio campus do Google, é assistir vários eventos, como por exemplo o Startup Weekend, vários eventos e palestras que são abertas…
Com certeza, acho que você pode ter um sabor do que que é trabalhar numa startup, do que é estar próximo do ecossistema dela, vindo ao Google campus, participando dos eventos.
A Gupy faz muito evento lá, e acho que a gente tem ótimas oportunidades para qualquer um se conectar, seja qual for a sua área de interesse. e aí encontrar as melhores oportunidades para o seu momento de vida também.
Não quer perder nenhuma entrevista da série? Se inscreva na página do ídolos do RH e sempre receba atualizações direto no seu e-mail!
Compartilhe