Se existe um atributo que profissionais de RH precisam saber reconhecer, tanto em pessoas candidatas quanto em colaboradores de uma organização, é a empregabilidade. Essa capacidade é fundamental tanto para o profissional que a tem quanto para o sucesso de qualquer organização.
Quem atua no departamento de Recursos Humanos sabe que uma boa gestão de pessoas é crucial para manter a competitividade da empresa. Afinal, tudo o que acontece dentro de qualquer organização envolve pessoas.
Além disso, a gestão de pessoas é responsável por desenvolver estratégias e implementar métodos que potencializam as habilidades dos seus colaboradores, o que mantém a taxa de turnover baixa e impulsiona o engajamento da equipe.
O que isso tem a ver com a empregabilidade? Basicamente tudo, uma vez que esse termo está diretamente relacionado às chances que o profissional tem de ser contratado e permanecer prestando serviços para uma organização.
Quer entender melhor como funciona a relação entre o RH, a gestão de pessoas e a empregabilidade? Continue lendo o artigo!
De forma resumida, entende-se empregabilidade como a capacidade que uma pessoa tem para conseguir e manter um emprego ou cargo específico almejado.
De forma prática, podemos entender como a busca constante do aprimoramento das habilidades profissionais de um indivíduo, com o objetivo de se tornar apto à atender as demandas do mercado de trabalho.
Logo, entendemos que o conceito de empregabilidade pode ser relacionado ao desejo de se manter em constante evolução. Isso significa que o profissional precisa estar sempre disposto:
Como profissional de RH, você sabe que o mercado está repleto de profissionais disponíveis. No entanto, apenas uma pequena quantidade conseguem se destacar, pois buscaram aprimorar suas habilidades e desenvolver novas competências.
A busca constante pelo aperfeiçoamento é o que faz com que o profissional se destaque e se torne desejado pelos recrutadores.
Sendo assim, é crucial que você saiba planejar os processos de recrutamento e seleção para que sejam capazes de atrair e reter os talentos certos.
Tendo em vista que a empregabilidade tem relação com a capacidade do profissional de conseguir uma boa vaga de emprego e se manter nele por um bom tempo, é fundamental entender os efeitos disso nas empresas.
O fato é que a empregabilidade é importante, pois as competências e habilidades do colaborador são essenciais na criação de soluções que potencializam o crescimento e desenvolvimento da organização.
Ou seja, a empregabilidade contribui com a criação de novas ideias e ações que agregam mais força e competitividade no mercado. Por isso, a necessidade de investir na capacitação de seus colaboradores para reter os talentos.
Devido às inúmeras transformações sociais e tecnológicas, é possível notar que a maneira como empreendedores, clientes e colaboradores se relacionam mudou muito.
Além disso, as diferentes gerações que hoje ocupam o mercado de trabalho mudaram a dinâmica de carreira. É muito mais comum hoje profissionais investirem na sua carreira de forma pessoal do que vinculada diretamente a uma única empresa.
Isso faz com que seja cada vez mais incomum um profissional permanecer trabalhando por muitos anos em uma única organização.
Diante de tantas opções, um profissional com um bom índice de empregabilidade dificilmente permanece desempregado. Normalmente ele possui mais condições de exercer sua função, mesmo não estando vinculado a uma empresa.
Outro ponto importante é que o acesso facilitado à internet e aos dispositivos móveis têm contribuído para que haja novas formas de exercer uma função.
Diante disso, sabemos que novas possibilidades de trabalho surgirão com o tempo. Por isso, é muito importante estar atento a essas mudanças e buscar uma forma de se adaptar a elas.
Como a empregabilidade é a soma dos fatores que fazem com que uma pessoa seja desejada pelo mercado de trabalho, é também importante apontar que ela é altamente subjetiva.
Afinal, as necessidades de uma empresa ao contratar uma pessoa para um cargo específico nem sempre são as mesmas de outras organizações.
Entretanto, existem certas características que profissionais com alta capacidade de empregabilidade possuem em comum, visto que o objetivo é estar sempre se aperfeiçoando, pessoalmente e profissionalmente.
Para incentivar os profissionais a buscarem cada vez mais pelo aperfeiçoamento, é muito importante que a empresa se atente aos fatores que aumentam a empregabilidade. Confira os principais abaixo:
Quando a empresa valoriza o esforço e a dedicação do profissional, fica mais fácil para que ele continue aprimorando suas habilidades e entregue resultados cada vez melhores.
Nesse contexto, é interessante observar se a pessoa candidata ou colaboradora possui afinidade com o cargo e com as tarefas que deve executar.
A satisfação em fazer parte da empresa e da equipe refletem diretamente na qualidade de vida da pessoa, o que favorece tanto o trabalho em equipe quanto a criação de um ambiente de trabalho saudável e com foco no bem-estar.
Para além das habilidades técnicas específicas da área, um profissional que investe na sua saúde mental e física consegue desenvolver autoconhecimento, que é fundamental para qualquer trabalho.
Investir em saúde pode significar diferentes coisas: fazer terapia, investir em autoconhecimento e inteligência emocional, ter conhecimento sobre gatilhos e comportamentos que podem causar desconforto no profissional e em outras pessoas, entre outras questões.
Outro fator que contribui para que o profissional trabalhe com mais satisfação e engajamento é a disponibilização de benefícios, por parte da organização, que permitem que ele tenha saúde física e mental.
Tendo em mente a importância de cuidar do corpo e da mente, fica claro que o investimento nesses benefícios trazem retornos satisfatórios para a empresa.
Um profissional atualizado, que busca aprimorar suas habilidades, que sabe se comunicar bem com colegas e se mantém informado sobre as principais tendências do mercado, se destaca facilmente no segmento em que atua. Logo, se torna um profissional disputado.
Tendo em vista que esse perfil de profissional é o mais procurado pelas empresas, vale a pena investir e incentivar seus colaboradores a buscarem constantemente pelo aperfeiçoamento de suas habilidades.
A vantagem disso é que além de reduzir problemas com a taxa de turnover, uma equipe bem preparada e capacitada é crucial para impulsionar o crescimento da empresa.
A reputação do profissional afeta (e muito) o futuro de sua carreira, pois um histórico negativo diz sobre sua personalidade e seu comportamento.
Profissionais que possuem avaliações ruins de pares e lideranças em empregos anteriores têm mais dificuldade de se recolocarem no mercado.
Isso também se reflete na ética profissional. Pessoas que possuem alto índice de empregabilidade possuem seus valores pessoais muito bem definidos, o que os norteia em decisões difíceis no ambiente de trabalho.
Toda organização é formada, primeiramente, por pessoas. Nesse sentido, saber se relacionar com os demais membros de uma equipe é uma habilidade que toda pessoa com alto índice de empregabilidade precisa ter.
Esse fator é importante, pois influencia diretamente na produtividade e na qualidade do serviço prestado. Afinal, um time unido é capaz de gerar melhores resultados e desenvolver soluções inovadoras.
Agora que você já tem mais familiaridade com os pilares da empregabilidade, vamos trazer alguns dos fatores que mais influenciam na diminuição da empregabilidade de uma pessoa.
Em outras palavras, há certas características ou situações que fazem com que uma pessoa não se torne mais desejada por um tipo de empresa ou mercado específico.
É importante destacar que os tópicos que destacamos abaixo não são universais e nem exatos. Há vários fatores internos e externos que podem aumentar ou diminuir a empregabilidade de uma pessoa.
Entretanto, neste artigo vamos focar nos fatores que mais influenciam a empregabilidade de pessoas que procuram trabalhar em empregos mais especializados, onde a necessidade por profissionais qualificados é abundante.
Quando se tratam de trabalhos que envolvem um alto grau de especialização, a formação acadêmica do profissional ainda possui um impacto enorme na tomada de decisão das empresas por contratar ou não um talento.
Entende-se aqui por "formação acadêmica" não apenas os cursos superiores formais, mas também o investimento do profissional em workshops, cursos informais, especializações, projetos e afins.
O objetivo aqui não é contratar um profissional que possui diferentes formações, mas priorizar aquele que escolheu um segmento e investiu em sua formação com o intuito de aprofundar seus conhecimentos, aprimorar suas habilidades e obter experiências para exercer sua função com o máximo de eficiência e qualidade.
Você que atua no departamento de RH sabe que na maioria das vezes a experiência é um fator decisivo no processo de recrutamento e seleção de talentos, certo?
Num mercado cada vez mais competitivo, é comum que as organizações que queiram se destacar procurem profissionais cada vez mais qualificados e com mais experiência nas suas áreas, principalmente para cargos com maior senioridade ou com tomadas de decisão mais difíceis.
Entretanto, a experiência é importante para cargos de qualquer nível de senioridade.
Um profissional que se candidata à uma vaga de nível júnior, mas que já estagiou na área, participou de projetos ou criou um portfólio terá uma vantagem sobre um profissional que se aplica à mesma vaga, porém não teve esse tipo de experiência.
Um profissional com alto nível de empregabilidade precisa ter não só as competências profissionais desenvolvidas, como também precisa aperfeiçoar as habilidades comportamentais.
Ou seja, além de aprimorar suas técnicas, é crucial que o profissional tenha habilidades que podem fazer a diferença no crescimento da organização. Sendo assim, você precisa observar se o candidato a vaga tem:
Pode parecer que não, mas o perfil do profissional precisa ser coerente com os objetivos da empresa.
Isso porque cada função desempenhada dentro da empresa possui características específicas. Logo é necessário que o colaborador tenha esses atributos para evitar possíveis frustrações.
Um ponto importante deve ser lembrado: quando a empresa consegue compor um time com profissionais adequados para os seus cargos, respeitando a diversidade, as vantagens são inúmeras e os retornos tendem a ser mais positivos.
Como mencionamos ao longo deste artigo, a empregabilidade está diretamente associada à capacidade do profissional de ser aceito em uma organização e permanecer nela.
Sendo assim, para estimular a empregabilidade, o gestor precisa investir em recursos que promovam especializações e desenvolvimento de habilidades.
Não basta organizar um processo de recrutamento e seleção eficiente que facilite a identificação de um talento com diferenciais e não investir nele.
Para garantir a competitividade da empresa, você precisa disponibilizar recursos que permitam a sequência do processo de aprendizado e evolução do profissional. Confira algumas possibilidades abaixo:
Criar um plano de desenvolvimento para os colaboradores exige ações estratégicas e empáticas. Ninguém melhor do que os próprios profissionais para sinalizar o que esperam do próprio crescimento.
Após estabelecer os passos necessários para que as pessoas subam na escala hierárquica, com requisitos sólidos, considerando a diversidade e inclusão, os planos de desenvolvimento serão como um modelo a ser seguido.
Faz parte do processo analisar os conjuntos de habilidades e competências atuais, explorar as lacunas no conhecimento e possíveis oportunidades de aprendizado.
Os estímulos de empregabilidade também orientam ao autodesenvolvimento.
Programas de treinamento e desenvolvimento oferecidos pela empresa não devem ser os únicos recursos de aprendizado. Os colaboradores devem ser estimulados a buscar também qualificação externa.
Além disso, incentive as pessoas a compartilharem seus conhecimentos e vivências, a fim de desenvolver um ambiente de aprendizado contínuo.
O conhecimento adquirido pelas pessoas que procuram manter a sua empregabilidade alta pode ser aproveitado em diferentes setores da empresa.
Sempre que uma equipe se expandir ou uma cadeira ficar disponível, enxergue os profissionais para além daquele setor que podem agregar ao negócio.
Isso vai estimular aqueles que não gostam de rotina ou atualizam constantemente seu propósito a buscá-lo em sua empresa atual, evitando que a organização perca um talento.
Uma das formas mais eficientes de organizações unirem uma equipe de alta empregabilidade com as necessidades estratégicas do negócio é através de treinamentos corporativos.
Oferecer treinamentos frequentes para as pessoas colaboradoras tem muitos benefícios, como:
Agora que já abordamos o que é a empregabilidade, seus pilares, fatores que influenciam nela e como as organizações podem incentivá-la nas pessoas colaboradoras, vamos explorar de forma mais objetiva o que uma pessoa com alta empregabilidade transmite.
Confira abaixo quais são os sinais e características de uma pessoa colaboradora com alto índice de empregabilidade.
Não importa quantas experiências profissionais a pessoa já teve, falar sobre a experiência adquirida sinaliza que o colaborador tem consciência sobre o seu crescimento profissional.
A experiência de trabalho — também adquirida em estágios, trabalhos voluntários, entre outras atividades — é uma ótima maneira de se destacar no mercado.
Além disso, um profissional que tem uma bagagem positiva de outras experiências geralmente procura trazer seus aprendizados para o trabalho, incentivando a melhora de processos e a inovação.
Quando uma vaga é aberta, recrutadores procuram o candidato ideal entre os profissionais que atendem os seus requisitos.
Aqueles que se preocupam em manter uma boa empregabilidade vão fazer questão de apresentar um currículo atraente, que afinal é a porta de entrada para avançar em processos seletivos.
A tendência é que as informações estejam atualizadas, que não exista muitas lacunas de tempo no documento que não possam ser explicadas e que a lista de cursos e treinamentos realizados estejam organizadas.
Apresentamos anteriormente neste artigo que a empresa deve estimular a busca individual pelo aprendizado, mas também é importante que o profissional esteja interessado em se desenvolver.
Um sinal de que a pessoa se importa com isso é a riqueza do currículo em relação a cursos realizados e concluídos.
Ter um perfil atualizado e uma presença minimamente ativa no LinkedIn é uma forma de atrair potenciais empregadores, ampliar o networking e as oportunidades de trabalho para progredir na carreira profissional.
Pessoas com alto índice de empregabilidade, que escolhem onde querem estar no mercado de trabalho, geralmente despendem de tempo para manter suas conexões em dia e seu perfil profissional acessível e interessante para recrutadores.
Como já trouxemos neste artigo, a empregabilidade, por se tratar de um conjunto de elementos que apresentam o quão apta a conseguir e manter um cargo uma pessoa é, é algo muito subjetivo e depende do contexto de cada organização.
Entretanto, há formas do RH criar um sistema avaliativo de empregabilidade, com o objetivo de calcular qual é a pessoa mais indicada para uma posição nova ou até para uma promoção.
Para calcular o nível de empregabilidade das pessoas candidatas ou colaboradoras, é necessário levar em consideração três importantes variáveis:
Esses parâmetros visam esclarecer para o RH qual é a pessoa que melhor irá exercer determinada função entre as pessoas disponíveis para o cargo.
O profissional pode testar o próprio nível de empregabilidade? Não só pode como deve.
Isso permite que a pessoa avalie suas próprias habilidades e competências e observe se o seu nível de empregabilidade precisa ser melhorado.
Aliás, se você está em dúvida se vale a pena ou não calcular o seu próprio nível de empregabilidade, basta ter mente esses motivos:
Tanto organizações quanto profissionais ganham ao investir na empregabilidade.
Por um lado, os profissionais se tornam mais aptos a realizarem as suas atividades, tornando-se referências nas suas áreas.
Por outro, as empresas ganham com maior produtividade e inovação ao terem uma maior densidade de talentos nas equipes.
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