A discussão sobre diversidade está cada vez mais popular nas empresas, o que é extremamente positivo. Apesar da popularidade do assunto, ainda existe um longo caminho a ser percorrido pelas organizações para tornar o ambiente de trabalho mais diverso.
Em 2020, uma pesquisa feita pela ONU analisou a diferença salarial entre homens e mulheres em mais de 100 países. O resultado da pesquisa apontou que, em média, os homens têm salários 14% mais altos do que as mulheres.
Além disso, alguns cargos são mais ocupados por homens do que por mulheres, especialmente cargos de liderança. Um estudo demonstrou que 25% das mulheres ocupam cargos de liderança.
Quando olhamos para outros recortes de diversidade, a situação é ainda mais alarmante. Mulheres que fazem parte de outros grupos de diversidade têm ainda mais dificuldade de ocupar determinadas posições, um exemplo disso é que apenas 8% das mulheres negras no Brasil ocupam cargos de gestão.
Esses dados reforçam a importância de continuar falando de diversidade no ambiente de trabalho. Por isso, hoje falaremos um pouco mais sobre a desigualdade de gênero no mercado e como mudar este cenário.
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Não existe uma resposta definitiva ou simples para o que causou o problema, porque essa é uma questão histórica e social, logo, é algo que está acontecendo há muitos anos e está enraizado na nossa cultura.
Ou seja, desde criança aprendemos que algumas coisas são para mulheres e outras para homens e, quando adultos, acabamos reproduzindo esses estereótipos, pois é algo que nos foi falado diversas vezes durante a fase de crescimento. Por isso é tão difícil mudar esses comportamentos, porque eles são aprendidos desde a infância.
Entre os preconceitos aprendidos está, por exemplo, que as mulheres não podem ser líderes. Uma pesquisa feita pela Ipsos, em 2019, revelou que 3 em cada 10 pessoas se sentiriam desconfortáveis em serem lideradas por mulheres, reforçando que esses estereótipos ainda estão presentes hoje em dia.
Esse é apenas um exemplo, existem diversas habilidades e características que são tidas como masculinas ou femininas. Na realidade, são capacidades que poderiam ser desenvolvidas por qualquer pessoa.
Outro estudo demonstrou que, em média, as mulheres concorrem a menos empregos do que os homens. Enquanto as mulheres acham que precisam preencher 100% dos requisitos de uma vaga para se candidatar, homens já se candidatam se preencherem 60%, o resultado disso é que 16% das mulheres são mais propensas a não se candidatarem a uma vaga após encontrá-la.
Dessa forma, percebe-se um cenário que precisa de mudanças urgentes para que haja mais equidade e, principalmente, para que as mulheres não tenham receio de trabalhar com determinadas profissões por não se acharem capazes.
Em geral, mulheres aprendem a ter o papel de cuidadoras e acabam escolhendo profissões que se encaixam nesse perfil, já profissões na área de exatas ou que precisam usar força física são entendidas como masculinas e acabam sendo mais ocupadas por homens, já que são características reforçadas na socialização masculina.
Uma pesquisa realizada em 2015 pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) listou as carreiras preferidas por homens e por mulheres no Brasil, a partir do número de pessoas matriculadas no ensino superior.
O resultado do estudo reforça a tendência de homens na área de exatas e mulheres nas humanidades e saúde.
Diante disso, algumas profissões que possuem pouca representatividade de mulheres são:
Apesar dessa baixa representatividade feminina em algumas profissões, muitas mulheres estão se destacando nessas carreiras.
A Sue Ann Costa Clemens é um exemplo disso, pois diante da pandemia, ela foi a pessoa que liderou os testes da vacina Oxford/AstraZeneca — que é a vacina contra a COVID-19 — e ocupa não só um cargo de liderança, como também de pesquisa.
Existem diversas outras mulheres se destacando nessas profissões, apesar das dificuldades enfrentadas no dia a dia do trabalho. Em um mundo ideal e mais igualitário, elas não precisariam passar por tantos obstáculos para alcançar sucesso nessas carreiras.
Essa mudança deve partir principalmente das empresas, elas precisam entender a importância da diversidade no trabalho e fazer ações práticas para mudar essa realidade e não apenas trazer o discurso pró-diversidade.
Falar sobre o assunto é o primeiro passo, porém, o mais importante é colocá-lo em prática no dia a dia da organização e pensar em ações para melhorar esse cenário dentro das empresas.
A Gupy, por exemplo, fornece soluções de diversidade, que podem ser grandes aliadas na contratação de mais mulheres em cargos com pouca representatividade desse grupo. Isso é apenas um exemplo de ferramenta que pode ser utilizada em prol da diversidade, mas várias outras ações podem ser feitas pelas organizações para melhorar esses indicadores.
Um outro ponto é a mudança social e cultural, se a sociedade mudar e as crianças pararem de aprender esses estereótipos de gênero, elas possivelmente não irão crescer e reproduzir essas ideias.
Se isso acontecesse, talvez as pessoas no ambiente de trabalho parariam de reproduzir esses preconceitos e as mulheres também não teriam receio de ocupar determinadas posições ou se sentiriam incapazes de ocupar diferentes cargos.
Mas, apesar de tudo isso, é importante não deixar de trabalhar com o que você quer por causa dessas problemáticas e continuar persistindo, pois nada vai nos parar.
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