Tipos de entrevista: as 7 principais, como escolher e preparar
A entrevista é uma das etapas fundamentais de um processo seletivo. Existem vários tipos de entrevistas que ajudam a extrair o potencial do candidato. É importante conhecer esses tipos, saber como escolher e se preparar para obter uma contratação assertiva.
10 minutos de leitura
Os profissionais de gente e gestão, responsáveis pelos processos seletivos da empresa, sabem bem a importância de realizar uma boa entrevista de emprego. Afinal, esse é o processo que define o candidato certo para uma vaga.
Por esse motivo, as empresas têm investido cada vez mais em recursos que tornam o recrutamento eficiente. Um desses investimentos é nos tipos de entrevista diferenciados.
As chamadas entrevistas híbridas têm por objetivo reunir várias técnicas que, ao final do processo, revelam o profissional que reúne as habilidades e competências desejadas para assumir a vaga.
Para auxiliar no seu entendimento sobre o assunto, preparamos este artigo. Continue lendo!
O que é uma entrevista?
A entrevista é uma agenda combinada entre os envolvidos de um processo seletivo. E de acordo com o objetivo da vaga pode ser estruturada com diversas etapas.
Para escolher o candidato ideal para a posição desejada, a pessoa recrutadora precisa conhecer a pessoa candidata de maneira que consiga extrair o máximo de informações sobre seu potencial, como sua experiência profissional, seu conhecimento, habilidades e comportamento.
Dessa forma, garantir uma contratação assertiva, com um talento alinhado à cultura da organização e capacitado para exercer suas funções com sucesso.
Qual a importância da entrevista no processo seletivo?
A entrevista de emprego é utilizada há dezenas de anos, para que as empresas possam selecionar os candidatos e, como pontuamos no início deste material, tem evoluído com o tempo.
Profissionais de gente e gestão do mundo todo reconhecem o valor do capital humano para o sucesso dos negócios. Por isso, investem cada vez mais em processos que tornam a seleção de profissionais realmente assertiva.
Dito isso, todo processo seletivo é composto por várias etapas, e a entrevista é de extrema importância para que a empresa conheça o candidato.
Por mais que os testes mostrem que o profissional detém o conhecimento e a experiência necessários para a vaga, a conversa é importante para que o recrutador possa comprovar as informações e as impressões iniciais sobre o candidato.
Qual o melhor método de entrevista?
O primeiro passo para escolher o método ideal é fazer o planejamento para a vaga que será ocupada.
É necessário pontuar as principais aptidões desejadas, os objetivos da empresa com aquela função e a rotina do cargo.
A partir daí, é possível delinear o processo seletivo mais adequado para garantir que todas as habilidades do candidato sejam testadas.
Por exemplo, para alguns cargos, pode ser importante lançar um desafio. Para outros, a entrevista comportamental e remota deve bastar.
Os diferentes tipos de entrevista foram criados para facilitar e trazer mais qualidade e eficiência aos processos de recrutamento e seleção.
Não é preciso aplicar todos os tipos e modelos de uma só vez, mas pensar estrategicamente para compor uma seletiva híbrida que possa ajudar o recrutador a escolher o candidato certo o mais rápido o possível.
7 tipos de entrevista de emprego
São vários tipos de entrevista que o profissional de RH tem à sua disposição. A escolha varia de acordo com alguns requisitos, como a cultura organizacional da empresa e as exigências do cargo em aberto.
Conheça mais sobre os principais métodos!
1. Entrevista técnica
O principal objetivo da entrevista técnica é verificar o conhecimento e as habilidades do candidato em determinado assunto, por exemplo, o domínio de determinado software ou alguma função específica, como cálculos de férias e décimo terceiro salário.
Por isso, é muito comum que ela seja conduzida não apenas pelo recrutador, mas com o apoio de outros profissionais do setor no qual a vaga está em aberto.
Nesse processo, podem ser aplicados testes e dinâmicas e considera-se a trajetória do profissional e a experiência adquirida ao longo dos anos, ou seja, tudo que possa identificar se o caminho percorrido pelo profissional atende às necessidades da empresa.
Enquanto um colaborador da área faz as devidas observações sobre o conhecimento técnico, o RH deve verificar outras habilidades desejadas pela empresa, como a capacidade de resolver problemas e trabalhar bem em equipe.
2. Entrevista comportamental
Empresas que se preocupam com a experiência do candidato e a satisfação do colaborador devem aplicar as entrevistas comportamentais nos processos seletivos, independentemente do tipo adotado.
Para isso, aplicam-se testes comportamentais, avaliação de fit cultural e outros métodos que permitam verificar como o profissional se comporta diante das várias situações que podem ocorrer durante um dia de trabalho.
Com a ajuda de softwares de recrutamento, a avaliação é facilmente aplicada online, sem que o candidato precise deslocar-se até a empresa.
Dessa forma, é possível avaliar se o perfil do profissional é compatível com o da empresa antes de seguir com o processo seletivo.
Como a triagem prévia de currículos já avalia se o candidato tem o mínimo de experiência e conhecimento necessários para iniciar o processo seletivo, a entrevista comportamental é muito útil para fazer uma peneira logo no início da seletiva.
Assim, garante-se que apenas indivíduos com pensamentos parecidos com o negócio avancem para as próximas etapas.
3. Entrevista remota
Pegando o gancho no tópico sobre a entrevista comportamental, onde pontuamos que pode ser realizada via internet, não poderíamos deixar de apresentar a entrevista remota.
Os recursos remotos no ambiente de trabalho, em geral, popularizaram-se. Com as orientações do isolamento social durante a pandemia, o que era uma tendência virou quase que uma regra: os modelos de trabalho, de jornada e de entrevistas tradicionais migraram do presencial para o híbrido, ou totalmente remoto — isto é, pela internet.
Mesmo com a flexibilização dos decretos, as empresas descobriram as vantagens de migrar para o online. No caso das entrevistas, além de barato, há vários outros benefícios associados, como:
- as pessoas não precisam deslocar-se até a empresa, facilitando o acesso desses candidatos;
- é possível entrevistar candidatos de qualquer lugar do mundo;
- o fato de não estar cara a cara com o recrutador pode trazer tranquilidade aos candidatos, que se sentem mais à vontade para falar sobre si e mostrar a realidade;
- o recrutador consegue marcar diversas entrevistas para o mesmo dia, já que a tendência é que sejam mais rápidas que as seletivas presenciais.
Para realizar a entrevista remota, o recrutador pode utilizar softwares específicos ou qualquer outro programa que as pessoas já usam para se comunicar, como Skype e WhatsApp.
Vale destacar que, além de contratar remotamente, as empresas podem investir na digitalização de outros processos, como o onboarding digital.
4. Entrevista com estudo de caso
A entrevista com estudo de caso assemelha-se à comportamental. Entretanto, no lugar de avaliar como o candidato se comporta diante de algumas situações, esse modelo visa a comprovar a capacidade do profissional em resolver problemas específicos, na prática.
Geralmente, são aplicadas questões específicas sobre o segmento de atuação da empresa e a função para a qual a vaga está aberta. O papel do candidato é apresentar uma solução para o caso.
Esse modelo de entrevista costuma ser muito eficiente para a escolha do candidato certo. Afinal, os profissionais enfrentam uma situação que realmente poderia acontecer no cotidiano — ou, até mesmo, que já aconteceu.
No entanto, simular situações pode fazer com que o processo seletivo se estenda mais que o necessário.
Por isso, é preciso cuidado na hora de planejar a dinâmica e escolher as pessoas certas para avaliar, de modo que as seletivas sejam breves, mas sem perder a qualidade e a eficiência.
5. Entrevista em grupo
A entrevista em grupo, como o próprio nome sugere, é aquela que avalia vários candidatos de uma só vez. Normalmente, elas acontecem para vagas em que o conhecimento técnico e as habilidades dos candidatos são praticamente os mesmos. Também é comum ser aplicada para jovens profissionais, que estão no início da carreira.
Nesse sistema, são usadas dinâmicas que ajudam os recrutadores a perceberem os profissionais que se destacam entre os demais.
6. Entrevista painel
A entrevista em painel é parecida com a entrevista em grupo, mas, nesta dinâmica, acontece um inverso: um grupo de profissionais avalia o candidato por várias perspectivas.
Essas pessoas entram na sala, fazendo perguntas simultâneas e aplicando dinâmicas relacionadas às suas funções.
Por exemplo, se a empresa estiver contratando um profissional de relações públicas, o gestor de recursos humanos lança uma pergunta comportamental. Logo depois, o gestor de RP faz uma pergunta relacionada à função.
Em seguida, o marketing aborda temas pertinentes ao setor, e assim sucessivamente, até que todos aqueles que vão trabalhar com esse profissional tenham feito os questionamentos necessários.
7. Entrevista desafio
A entrevista em desafio é bastante semelhante com o modelo de estudo de caso. Entretanto, enquanto uma aborda situações reais, o desafio é mais focado em situações lúdicas.
Os recrutadores usam ferramentas, como jogos de tabuleiros, para que os candidatos usem o seu raciocínio lógico e outras habilidades para mostrar o seu potencial. Por isso, esse é considerado um recurso motivacional e de integração.
Geralmente, o desafio é aplicado em entrevistas em grupo e exige planejamento do recrutador.
Quais são os modelos de entrevista?
Os tipos de entrevista listados neste artigo podem ser aplicados em três modelos diferentes:
- estruturado;
- não estruturado;
- semiestruturado.
Escolher uma das três estruturas é essencial para conduzir a entrevista de emprego, independentemente do tipo escolhido.
Sendo assim, podemos afirmar que os modelos de entrevista são o formato de roteiro escolhido para dar sequência a um processo seletivo.
Afinal, não é só o candidato que precisa preparar-se. O recrutador também deve planejar as informações que deseja colher durante o processo.
Confira, agora, os 3 modelos de entrevista e como funcionam. Escolha o processo que mais tem a ver com a vaga em aberto e com o seu perfil de recrutador.
1. Entrevista estruturada
O modelo de entrevista estruturada é indicado aos recrutadores que desejam seguir um processo de recrutamento e seleção em segurança, pois diz respeito à estruturação de perguntas que devem ser feitas aos candidatos e às respostas esperadas.
Nesse contexto, são feitas perguntas como:
- o que costuma fazer nas horas vagas;
- onde você quer chegar em 5 anos;
- por que você acha que devemos escolher você para o cargo;
- quais são os objetivos da sua carreira;
- quais são seus principais defeitos e qualidades?
2. Entrevista não estruturada
A entrevista não estruturada é o oposto — o que não significa que não há organização ou planejamento, mas, sim, autonomia para que o recrutador possa conduzir a entrevista da maneira mais adequada.
Como não há um roteiro de perguntas e respostas estabelecido, o ideal é que o profissional de gente e gestão roteirize os diferentes tipos de entrevista por tópicos, como a experiência técnica, os cargos de liderança ocupados e os interesses pessoais.
A partir daí, a entrevista pode acontecer em formato híbrido, mesclando os testes feitos por meio de softwares com conversas que podem ser feitas em canais remotos, em grupos, incluindo estudos de casos ou os outros tipos de seletivas listadas neste material.
3. Entrevista semiestruturada
O modelo semiestruturado mescla a entrevista estruturada com a não estruturada. Ou seja, o recrutador trabalha com um focado em questões previamente estabelecidas, mas também tem flexibilidade e autonomia para direcionar a entrevista conforme a necessidade.
Usualmente, isso acontece em entrevistas com várias etapas. Dessa forma, algumas contemplam perguntas básicas, como: “qual foi o maior desafio já enfrentado na sua carreira?”.
Já outras são feitas de acordo com a experiência do candidato e o cargo em questão.
Modelo de trabalho híbrido: o que muda com as entrevistas
O termo híbrido é uma palavra relativamente comum nos dias de hoje. Indústrias, como eletrônica, de transporte e ciência, utilizam bastante essa palavra.
Seu conceito é bastante simples: significa que algo é uma mistura de coisas diferentes. Por exemplo, carros híbridos usam várias fontes de energia para se movimentar, combinando energia elétrica com a combustão.
Quando levamos esse assunto para o mercado de trabalho, deparamo-nos com o híbrido nos tipos de entrevista, na jornada e no próprio modelo de trabalho.
Entrevistas e jornadas de trabalho híbridas são aquelas que combinam o presencial com o remoto. Já o modelo de trabalho híbrido vai por outro caminho: diz respeito às funções que combinam um conjunto de habilidades que, no passado, não eram exigidas em um mesmo profissional.
Por exemplo, as novas tecnologias, como o Instagram e a internet 4G, transformaram a área de marketing. Assim, o conhecimento se funde com a ciência da computação e a análise de dados, e os profissionais com conhecimento e habilidades nessas áreas são apreciados pelo mercado.
Contudo, como as empresas podem selecionar esses candidatos e atestar todas essas competências, fazendo a escolha certa na hora da contratação?
Nada mais justo que apostar nas entrevistas híbridas, combinando dois ou mais recursos para obter o máximo de eficiência em recrutamento e seleção e, assim, tomar a melhor decisão.
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