Quebra de contrato: tudo o que você precisa saber sobre seus direitos e deveres
A quebra de contrato ocorre quando empregador ou empregado descumprem obrigações contratuais, gerando implicações legais. Direitos e deveres variam conforme o tipo de quebra, sendo essencial seguir procedimentos legais e buscar soluções conciliatórias.
6 minutos de leitura
A quebra de contrato é uma situação delicada que pode surgir tanto por parte do empregador quanto do empregado.
Portanto, entender as implicações legais, os direitos e os deveres envolvidos é essencial para evitar complicações futuras e garantir que ambas as partes sejam tratadas de forma justa.
Sendo assim, elaboramos este conteúdo para abordar o que caracteriza uma quebra de contrato, os tipos de rescisão, como calcular multas e as melhores formas de conduzir essas situações. Além disso, exploraremos soluções alternativas para lidar com desacordos e evitar conflitos. Confira!
O que é quebra de contrato?
A quebra de contrato ocorre quando uma das partes não cumpre as obrigações estabelecidas. No caso do nosso conteúdo, o contrato de trabalho.
Esta quebra inclui desde a rescisão antecipada até a violação de cláusulas contratuais e trata-se de um tema com potencial para gerar conflitos, consequências financeiras e legais significativas.
Alterações no texto do contrato não significam necessariamente quebra, se estas forem por mútuo consentimento, segundo o Art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Contexto legal e a importância de compreender o tema
A CLT regula os contratos de trabalho e prevê diferentes tipos de rescisão. Conhecer esses dispositivos legais é essencial para evitar multas, indenizações indevidas ou litígios prolongados.
Durante o processo de admissão, é importante garantir que os contratos sejam elaborados de forma clara e detalhada, reduzindo o risco de conflitos futuros. Compreender o que constitui uma quebra de contrato pode ajudar a evitar desacordos e promover soluções mais harmoniosas.
Principais tipos de quebra de contrato
Existem diferentes formas de quebra de contrato, cada uma com implicações específicas. Vamos explorá-las:
Rescisão por justa causa
Ocorre quando o empregado comete uma falta grave. Nesse caso, ele perde alguns direitos, como aviso prévio e 40% do FGTS.
Esse tipo de rescisão é considerado mais drástico e deve ser bem fundamentado pelo empregador para evitar questionamentos legais. Todos os motivos que levam à rescisão por justa causa estão no Art. 482 da CLT.
Rescisão indireta
É quando o empregador comete falta grave, como não pagar salários ou expor o trabalhador a situações vexatórias. Aqui, o trabalhador pode sair do emprego e ainda receber os mesmos direitos da demissão sem justa causa.
Os principais motivos que podem levar à rescisão indireta estão no Art. 483 da CLT.
Pedido de demissão
Quando o próprio trabalhador decide encerrar o contrato, ele deve cumprir o aviso prévio ou negociar a dispensa. Neste caso, não há direito a multa rescisória do FGTS.
É importante lembrar que o empregado deve formalizar o pedido de demissão por escrito para evitar mal-entendidos. Afinal, caso ele simplesmente saia do emprego, pode ter que arcar com algum tipo de indenização imposta pelo empregador pelo prejuízo de ter ficado sem um funcionário.
Culpa recíproca e demissão consensual
Na culpa recíproca, ambas as partes são consideradas responsáveis pela rescisão. Já na demissão consensual, ou rescisão por comum acordo, prevista na Reforma Trabalhista, o contrato encerra-se de forma amigável, com redução de alguns custos.
Ambas as situações demandam bom senso e comunicação clara entre as partes.
Quebra de contrato de experiência
O contrato de experiência tem duração de, no máximo, 90 dias. Entretanto, se um termo for violado, pode haver quebra de contrato.
Dessa forma, as penalidades dependem de quem tomou a iniciativa e do tempo restante do contrato.
Direitos e deveres das partes envolvidas
É fundamental compreender os direitos e deveres de ambas as partes para evitar problemas. Entenda:
Direitos do trabalhador em caso de quebra de contrato
O trabalhador pode ter direito a salários atrasados, 13º proporcional, férias vencidas e multa rescisória do FGTS, dependendo do tipo de rescisão.
Além disso, em casos de rescisão indireta, o trabalhador pode requerer na Justiça do Trabalho a indenização correspondente por danos causados pelo empregador.
Direitos do empregador em caso de rescisão contratual
O empregador pode exigir o cumprimento do aviso prévio ou o pagamento de uma indenização correspondente, além de aplicar as penalidades previstas em lei para a quebra de contrato.
Multa rescisória e indenizações previstas
Para calcular a multa corretamente, assim como as demais indenizações que citamos, é necessário considerar o tempo restante de contrato e as cláusulas acordadas previamente no contrato.
Procedimentos legais e consequências da quebra de contrato
Quando a quebra de contrato é inevitável, seguir os trâmites legais é essencial.
Passo a passo para formalizar a rescisão
A seguir, entenda todos os passos para formalizar a rescisão:
- redija uma carta formal de rescisão;
- realize o cálculo das verbas rescisórias.
- providencie a assinatura dos documentos pelas partes envolvidas;
- entregue a documentação exigida, como TRCT e guias do FGTS e seguro-desemprego.
Como calcular as verbas rescisórias corretamente
Considera-se salário proporcional, férias vencidas, 13º e, em alguns casos, multa do FGTS. Para garantir precisão dos cálculos, dê preferência a ferramentas ou calculadoras confiáveis para este fim.
Penalidades e ações judiciais comuns
Ações judiciais por quebra de contrato incluem pedidos de pagamento de verbas rescisórias e indenizações por danos morais ou materiais.
Por conta disso, pode-se processar empregadores também por não cumprirem as obrigações contratuais.
Mediação e conciliação como alternativas ao litígio
A mediação pode ser uma solução eficaz para evitar processos longos e custos judiciais elevados.
Dessa forma, essa abordagem tem ganhado espaço como uma forma rápida e menos onerosa de resolver conflitos trabalhistas.
Situações específicas relacionadas à quebra de contrato
Alguns cenários exigem atenção especial:
Contrato de trabalho intermitente: o que muda?
No trabalho intermitente, os direitos em caso de rescisão podem incluir apenas salários proporcionais e férias calculadas conforme os períodos trabalhados.
Assim, essa modalidade tem regras específicas que diferem dos contratos tradicionais.
Impactos da extinção da empresa no contrato
Se a empresa encerrar suas atividades, o trabalhador tem direito à indenização completa, incluindo multas e demais verbas.
Além disso, a extinção também pode envolver negociações coletivas em casos de grande impacto.
Casos de assédio moral e indisciplina
Tais situações podem caracterizar rescisão indireta, dando ao trabalhador o direito de encerrar o contrato sem perder benefícios.
Renegociação como alternativa à quebra de contrato
Em muitos casos, é possível renegociar termos contratuais para evitar a rescisão, preservando a relação. Considera-se essa uma alternativa especialmente vantajosa quando ambas as partes estão dispostas a dialogar.
Prevenir a quebra de contrato é sempre a melhor estratégia. Investir em comunicação clara, cumprir os deveres legais e buscar soluções amigáveis são formas eficazes de evitar conflitos.
No entanto, quando a rescisão é inevitável, seguir os procedimentos legais é fundamental para garantir os direitos de ambas as partes.
Para gestores de RH, estar atento a essas questões não apenas evita problemas legais, mas também promove um ambiente de trabalho mais equilibrado e profissional.
Contrate rápido com decisões inteligentes em um único lugar! A Gupy tem a solução que impulsiona resultados para o seu recrutamento trazendo a pessoa certa mais rápido e com maior assertividade.
Agende uma demonstração gratuita da Gupy e veja como nossas ferramentas de recrutamento, seleção e admissão, vão te dar o poder para impulsionar os resultados do seu RH.