Programa de treinamento: 5 mitos e verdades sobre T&D
Esclarecemos algumas dúvidas sobre o programa de treinamento e desenvolvimento para auxiliar os profissionais responsáveis por sua implementação, confira.
8 minutos de leitura
Um programa de treinamento corporativo é uma das ações mais importantes para as organizações atualmente, sendo responsabilidade do departamento de RH.
Por meio de capacitações bem elaboradas e direcionadas, torna-se possível aprimorar as habilidades técnicas e comportamentais dos colaboradores, atingindo melhores resultados no mercado.
Algumas pesquisas em torno desta ação mostram que:
- Empresas que investem em treinamento apresentam uma margem de lucro 24% maior se comparada àqueles que não realizam capacitações para suas equipes (Huffpost);
- 90% dos talentos acreditam que o programa impulsiona o desempenho nos cargos que ocupam (IJBMR);
- 56% dos gestores do RH consideram que a ação é um facilitador essencial de negócios (Working and Learning Research Centre).
No entanto, ainda há muitos mitos que giram em torno do T&D para empresas. Se você busca desmistificá-los e compreender quais são as verdades por trás do treinamento de colaboradores, acompanhe este conteúdo.
Programa de treinamento: qual a importância e como aplicar?
A meta de implementar um programa de treinamento na empresa não se restringe apenas ao desenvolvimento dos colaboradores, mas também agrega diversas vantagens para a organização.
Logo, sua importância é pautada nestes principais benefícios:
- Auxilia na adaptação dos talentos e da companhia em relação às novas demandas do mercado;
- Há maiores chances de ter colaboradores engajados e motivados em seus cargos, o que aumenta a produtividade;
- Os resultados positivos são atingidos em curto, médio e longo prazo;
- A empresa aumenta sua credibilidade no mercado, assim como sua lucratividade;
- Acontece a redução do turnover e absenteísmo, assim como aumentar a retenção de talentos;
- Diversas vantagens competitivas e possibilidade de inovações são conquistadas ao negócio, entre outros benefícios.
Ou seja, ao aplicar um programa de capacitação bem estruturado, a experiência dos colaboradores é otimizada, seu conhecimento aumenta e os objetivos da organização são atingidos.
Principais etapas de um programa de capacitação
Para alcançar o sucesso do programa de treinamento, é fundamental respeitar as etapas que envolvem sua elaboração e estruturação, assim como saber como interpretar seus resultados.
Pensando nisso, pontuamos e explicamos as etapas do treinamento corporativo a seguir.
1. Identifique necessidades e determine metas
Primeiramente, é essencial identificar as necessidades da sua empresa, as lacunas de conhecimento dos seus colaboradores e quais são as novas demandas do mercado.
Uma vez que estas necessidades são identificadas e considerando quais são as expectativas para o futuro da organização, estipule as metas que busca atingir com o programa.
2. Conheça o público-alvo do treinamento
A segunda etapa é sobre o público-alvo que a capacitação precisa atingir. Neste caso, é imprescindível conhecer os perfis das pessoas que farão parte do programa de treinamento.
Por exemplo, conhecer suas necessidades, expectativas pessoais e repertórios. Com isso, torna-se possível elaborar módulos de conhecimento que são promissores e eficientes para cada um.
Em outras palavras, você deve conhecer os colaboradores que precisam de treinamento para que a capacitação seja elaborada e estruturada de maneira personalizada para eles.
Mas como conhecê-los melhor?
Para compreender se conhecem suas lacunas e saber suas preferências e visões de futuro, a maneira mais indicada é por meio dos arquétipos de Bartle.
O mesmo resultado dos arquétipos pode ser alcançado em um teste de perfil comportamental clicando aqui.
3. Eleja a metodologia que melhor se encaixa para sua empresa
Após as etapas anteriores, se torna mais simples escolher pela metodologia que mais se aproxima das metas e realidade da organização. Porém, quais são as mais usadas no mercado atualmente?
Veja as principais abaixo:
- E-learning: este é um método que o talento aprende através de uma plataforma online e com ambientes virtuais de aprendizagem;
- Microlearning: com módulos de conhecimento rápidos — em torno de 7 minutos —, o ensino é transmitido de maneira direta e objetiva, simplificando a retenção de ensino;
- Blended learning: possibilita que os colaboradores aprendam a distância e utilize, também, o modelo presencial para debates, dinâmicas e esclarecimento de dúvidas;
- Aprendizagem social: o ensino acontece devido ao convívio com os demais, o que estimula o conhecimento por meio do seu compartilhamento;
- Trilha de aprendizagem: geralmente implementada em Universidades Corporativas, as trilhas se dividem em suas categorias — linear e agrupado - que consistem em módulos sequenciais ou não do conhecimento;
- Gamificação: o ensino é baseado nas mecânicas de jogos, capazes de engajar e motivar os talentos a concluírem os módulos de aprendizagem.
E se você acredita que há mais de uma metodologia que faz sentido para sua empresa, também há a possibilidade de combiná-las para alcançar melhores resultados.
Por exemplo, uma combinação excelente é o e-learning integrado ao mobile learning e gamificação.
4. Implemente o programa de treinamento na organização
Chega a etapa de colocar o programa em prática, e para implementá-lo basta seguir os passos abaixo:
- Produzir os conteúdos que serão pautados durante a capacitação, na maioria dos casos sendo contratado uma especialista em treinamentos corporativos, hospedagem e compartilhamento dos materiais;
- Preparar o ambiente de ensino para os colaboradores, além de alinhar a liderança corporativa com a capacitação para prestarem suporte aos colaboradores, assim como mantê-los motivados na aprendizagem;
- Divulgar a capacitação aos talentos, informando sobre a implementação; pautar os benefícios de participar do ensino e, se possível, realizar uma demonstração do programa.
5. Mensure os resultados para aprimorar o programa
O mais recomendado é que a mensuração de resultados seja realizada durante e após o programa de treinamento. Mas por quê?
Fazendo a mensuração durante, é possível identificar novas lacunas de conhecimento dos colaboradores, e após finalizá-lo, é possível fazer aprimoramentos ao programa.
Esta quinta etapa pode parecer um desafio para o departamento de RH. No entanto, para simplificar o processo, há três métodos mais utilizados no mercado:
- Modelo de Kirkpatrick;
- Modelo Phillips ROI;
- Modelo de avaliação somativa e formativa.
Vale ressaltar a importância de acompanhar os indicadores de treinamento e mensurar o retorno sobre o investimento (ROI), podendo ser realizado por meio de um relatório de treinamento.
5 mitos e verdades sobre programas de treinamento corporativo
Agora, mesmo que você tenha ganho o conhecimento sobre a importância dos treinamentos de colaboradores, quais são os mitos e verdades do T&D? É o que veremos a seguir.
Mito 1: é melhor investir em novas contratações do que capacitação de talentos
O processo de desligamento de um colaborador e novas seleções de talentos apresentam valores maiores do que investir na equipe que já está atuando na empresa.
Inclusive, a partir do momento em que se aposta no capital humano, os colaboradores se sentem mais conectados ao negócio e mais motivados em seus cargos, permanecendo na empresa por mais tempo.
Portanto, também pode-se afirmar que este investimento reduz a rotatividade, reforça o employer branding e positiva os profissionais em relação à sua organização.
Mito 2: treinamentos tradicionais são melhores para os colaboradores
Com o avanço digital e a necessidade de manter os talentos home office devido à pandemia, as capacitações remotas ganharam força em seu modelo blended learning, microlearning e gamificado.
Mas além de terem conquistado destaque entre as organizações, este novo modelo de treinamento trouxe diversos resultados positivos, como o aumento da retenção de conhecimento e a facilidade de colocar o aprendizado em prática.
Aprofunde seu conhecimento aqui → Microlearning: conheça essa técnica de treinamento e desenvolvimento.
Mito 3: treinamentos remotos demandam um investimento maior
É comum deduzirmos que os treinamentos remotos, que vêm trazendo melhores resultados que os tradicionais, pedem por um investimento maior. Porém, essa não é a verdade.
As capacitações tradicionais — também conhecidas como “em sala de aula” — requerem os seguintes gastos:
- Transporte de colaboradores e alimentação;
- Aluguel do espaço para a transmissão do conhecimento;
- Investimento com palestrante, e mais.
Além disso, é necessário retirar os talentos dos postos de trabalho, o que compromete a produtividade da equipe e, consequentemente, os ganhos da empresa.
Com treinamentos remotos, estes mesmos colaboradores ganham a chance de aprenderem a distância com soluções que englobam, por exemplo, o mobile learning.
Mito 4: aprendizagem remota não prende o talento no ensino
De fato, quem não se distrai em dispositivos móveis? Porém, devemos ressaltar que a aprendizagem a distância é capaz de prender os participantes no ensino quando as técnicas corretas são utilizadas.
Por exemplo, a própria gamificação. O engajamento e a motivação são garantidos por meio das mecânicas de jogos, as quais englobam:
- Um objetivo claro e bem definido;
- Sistema de pontuação e ranqueamento;
- Batalhas saudáveis entre os talentos;
- Recompensas e premiações;
- Participação voluntária.
Inclusive, a gamificação já provou o seu valor para programas de treinamento corporativo. Para conhecer um case proveniente desta técnica, escolha uma organização abaixo e confira:
Aproveite e leia também → Gamificação nas empresas: engaje colaboradores com essa grande aliada.
Mito 5: a aprendizagem deve ser padronizada
Como já citamos neste conteúdo, é imprescindível conhecer o público-alvo do treinamento para elaborar e estruturar capacitações que atendam sua demanda de ensino, encaixando em seu perfil comportamental.
Portanto, a aprendizagem não deve ser padronizada. Atualmente, existem diversas abordagens que impulsionam os programas de treinamento, como:
- Treinamento prático;
- Buddy up e mentoria;
- Job shadowing;
- Simulação;
- Rotação de trabalho;
- Discussões em grupo;
- Treinamento em vídeo;
- Estudo de cases e interpretação de papéis.
Como você percebeu até então, o programa de T&D de colaboradores é parte fundamental de toda organização.
Assim, prepara a equipe para exercer as atividades com excelência, supre as novas demandas do mercado e agrega resultados positivos para a empresa, tanto qualitativos quanto quantitativos.
Porém, se você sente que precisa de um suporte no momento de sua implementação, tenha o respaldo de quem entende do assunto → clique aqui e converse com um de nossos especialistas.
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