A liderança inclusiva é um conceito fundamental no mundo empresarial, pois reconhece a importância de criar ambientes de trabalho onde a diversidade é valorizada e todos têm oportunidades iguais de crescimento e desenvolvimento profissional.
Desenvolver essa liderança vai além de simplesmente implementar políticas de diversidade: trata-se de cultivar uma cultura organizacional que promova a inclusão em todos os níveis e aspectos da empresa.
Para alcançar uma liderança inclusiva eficaz, é essencial que os líderes estejam comprometidos em entender e abraçar as diferentes perspectivas, experiências e habilidades que cada membro da equipe traz consigo.
Isso envolve não apenas reconhecer a diversidade visível, como gênero, etnia e idade, mas também valorizar as diferenças de pensamento, estilo de trabalho e background cultural.
Ao desenvolver a liderança inclusiva, as organizações não apenas fortalecem sua reputação como empregadores, mas também colhem os benefícios de equipes mais inovadoras, criativas e produtivas.
Um líder inclusivo é aquele que reconhece e valoriza a diversidade dentro de uma equipe. Esse tipo de líder busca criar um ambiente onde todas as pessoas colaboradoras sejam respeitadas e ouvidas.
A prática da liderança inclusiva valoriza as características individuais de cada integrante, como etnia, gênero, idade e orientação sexual.
A liderança inclusiva é fundamental para o crescimento dos negócios, pois estimula o desenvolvimento de times diversos, compostos por pessoas de diferentes contextos, habilidades, ideias, costumes, visões de mundo e valores pessoais.
Esses times múltiplos são essenciais para guiar a empresa em busca de novos caminhos e se destacar perante concorrentes e futuros clientes.
Além disso, um líder inclusivo é capaz de reconhecer e entender o outro sem julgamentos, possuindo ampla consciência de seus próprios vieses. Ele busca ativamente diferentes pontos de vista, permitindo que a organização tome decisões com base em informações e construa soluções efetivas e inovadoras.
A liderança inclusiva envolve uma série de características e práticas que promovem um ambiente de trabalho diversificado, acolhedor e produtivo.
Confira algumas características de um líder inclusivo:
As lideranças desempenham um papel fundamental no processo de promover a diversidade, inclusão e equidade dentro das organizações. Suas ações e decisões moldam o ambiente de trabalho, influenciando diretamente a cultura e o comportamento dos colaboradores.
Neste contexto, compreender o papel das lideranças é essencial para criar ambientes mais inclusivos, onde todos os indivíduos tenham igualdade de oportunidades e se sintam valorizados e respeitados.
Confira o papel das lideranças no processo de diversidade, inclusão e equidade:
Os líderes têm o poder de definir a cultura da empresa. Eles estabelecem as normas, os comportamentos aceitáveis e os valores que guiam a organização. É responsabilidade deles criar uma cultura que valorize a diversidade e a inclusão.
Os líderes inspiram e transmitem a intencionalidade da visão de diversidade e inclusão. Eles devem acreditar, viver e incluir esses princípios em suas próprias ações e decisões.
A forma como os colaboradores enxergam seus líderes influencia diretamente o clima organizacional e a adesão aos valores de diversidade e equidade.
Os líderes devem advogar ativamente pela diversidade e inclusão. Isso envolve a criação e implementação de políticas, programas de treinamento e ações concretas que promovam a igualdade de oportunidades para todos os colaboradores.
Líderes inclusivos consideram a diversidade de perspectivas ao tomar decisões. Eles evitam vieses inconscientes e buscam soluções que beneficiem a todos, independentemente de sua origem, gênero ou identidade.
Os líderes são responsáveis por desenvolver e reter talentos diversos. Eles criam um ambiente onde todos se sintam valorizados e tenham oportunidades de crescimento. Isso inclui mentorias, treinamentos e promoção de carreira para pessoas de diferentes origens.
Em 2021, a empresa Deloitte realizou uma pesquisa considerada a precursora de toda a ideia da liderança inclusiva. Nesse estudo, a empresa identificou 6 pilares principais para o desenvolvimento de líderes inclusivos.
Quando questionados acerca de seu comprometimento com as iniciativas de diversidade e inclusão nas empresas, grande parte dos líderes entrevistados pela Deloitte afirmaram ter grande identificação pessoal com os valores de diversidade e inclusão.
Um grande senso de justiça e a vontade de fazer diferente são os principais motivadores para uma liderança inclusiva.
Por isso, tendem a tratar todas as pessoas colaboradoras como os indivíduos únicos que são, de modo a respeitar suas individualidades e garantir que se sintam seguros e conectados com a companhia.
Para os líderes com esse perfil, é necessário que seus valores pessoais encontrem os da companhia, para terem real confiança na cultura organizacional e, assim, poderem potencializar o desenvolvimento do negócio.
Além disso, a liderança inclusiva também acredita que diversidade e inclusão são a essência da empresa. Por isso, tratam esses itens como prioridade, tomando para si a responsabilidade de criar ações que fomentem esses objetivos.
Para um líder com foco em inclusão, estar na posição de liderança significa ter coragem para desafiar o status quo. Isso quer dizer que estão comprometidos a se colocar na dianteira e a combater práticas de homogeneização do espaço de trabalho.
Estar em uma posição que desafia a norma frequentemente faz com que a pessoa seja questionada. Para estar no radar de objeções e contestações, é preciso saber até onde você consegue ir.
Por isso, quem se desenvolve enquanto liderança inclusiva também precisa estar preparado para ter uma certa humildade com relação a suas próprias limitações e fragilidades.
Uma caminhada cheia de desafios consiste em errar, reconhecer o erro e se reestabilizar de novo. É imprescindível saber os seus limites pessoais para que esse ciclo não seja nocivo para a pessoa líder.
Quando se trata de diversidade e inclusão, muito é falado sobre os vieses inconscientes, aqueles preconceitos, estereótipos ou pensamentos tendenciosos sobre pessoas, culturas e temáticas específicas que frequentemente são encontrados em nossa sociedade.
Uma liderança inclusiva precisa trazer à tona esses vieses para poder combatê-los. Ou seja: é preciso tornar consciente o que, muitas vezes, passa despercebido no dia a dia.
É somente desse jeito que um líder inclusivo pode trazer mais respeito e ética para o ambiente de trabalho — processo também conhecido como fair play, quando todas as decisões acerca da equipe são tomadas de modo justo, transparente e igualitário.
Para ser um líder inclusivo, é preciso utilizar a inteligência emocional de forma ativa. Ser uma pessoa curiosa ajuda a liderança inclusiva a estar sempre aberta a mudanças de mentalidade, tornando-se mais adaptável ao que é novo e a diferentes pontos de vista.
Além disso, a curiosidade traz um desejo pelo aprendizado e fomenta a construção de ideias inovadoras. Em um mundo que muda tão rápido, é necessário ter a motivação sempre voltada a diferentes pontos de vista, evitando a estagnação.
Os líderes inclusivos que são curiosos também tem um forte perfil de provocar mudanças e questionamentos em seu time. Esse tipo de comportamento, quando feito de forma respeitosa e segura, faz com que o time evolua e tome novas perspectivas acerca dos mais diversos assuntos.
Por fim, é possível observar que a curiosidade também abre portas para novas conexões. Pessoas curiosas tendem a ser mais exploradoras e corajosas, o que é um ótimo perfil para uma liderança inclusiva.
Não basta ser uma pessoa curiosa, é preciso ter inteligência cultural para saber lidar com diferentes modos de vida. Por isso, outra característica de um líder inclusivo traçada na pesquisa da Deloitte diz respeito justamente a esse perfil de respeitar e incentivar interações entre diferentes pessoas e culturas.
Ambientes que fazem as pessoas saírem da zona de conforto podem ser desconfortáveis, mas trazem grandes aprendizados — e essa é uma das bases da inteligência cultural.
Vale lembrar que essa habilidade de adaptação nada tem a ver com apropriação cultural, que é quando você se utiliza da cultura do outro para fins diversos.
Inteligência cultural quer dizer ouvir e conhecer a cultura do outro, respeitando suas ambiguidades e diferenças.
A última característica imprescindível em uma liderança inclusiva fala sobre o empoderamento de diferentes indivíduos e a criação de pensamentos diversos dentro de um único grupo de pessoas.
Os líderes com perfil focado em inclusão tendem a dar voz a diferentes pessoas, alavancando suas ideias e gerando discussões saudáveis que contam com os mais diversos pontos de vista acerca de um mesmo assunto.
Esse ponto faz com que as pessoas lideradas tenham autonomia e segurança para trabalhar e criar com liberdade. Além disso, um líder inclusivo percebe que pessoas independentes e autônomas costumam ter mais engajamento no trabalho, pois se sentem mais à vontade para serem elas mesmas.
Também é necessário falar sobre a importância do empoderamento de pessoas para o fomento de uma cultura organizacional diversa. Quanto mais as pessoas colaboradoras se sentem à vontade para expressar seus pontos de vista diversos, mais força a diversidade ganha para aparecer no ambiente de trabalho.
É claro que uma liderança inclusiva não vai surgir do dia para a noite. É necessário traçar ações estratégicas para criar um programa de desenvolvimento da liderança que esteja pautado na diversidade.
Por isso, destacamos 7 maneiras que o RH pode atuar para desenvolver uma liderança inclusiva na cultura da organização:
Ao iniciar um novo projeto, é crucial identificar os desafios do RH. Avalie o perfil da liderança para criar planos de ação contra dificuldades em diversidade e inclusão. Realize dinâmicas ou pesquisas sobre vieses inconscientes, nível de maturidade em liderança inclusiva e documente para elaborar planos de ação.
Qualquer plano de futuro da liderança traçado pelo RH precisa ser muito bem estruturado. É preciso que o setor de recursos humanos e os líderes estejam muito alinhados com relação aos objetivos e que a própria ideia de uma liderança inclusiva faça muito sentido para os líderes.
Por isso, mostre o valor das ações para as pessoas líderes da sua empresa. Aqui, é possível realizar palestras com outras empresas e entrevistas com outras lideranças que já tenham o perfil inclusivo, por exemplo.
Uma das principais etapas da implementação de uma liderança inclusiva é justamente o Recrutamento & Seleção.
Um processo seletivo focado em diversidade é importante tanto para encontrar pessoas líderes que tenham fit cultural com essa necessidade da companhia quanto para escalar a contratação de pessoas diversas em todos os níveis da empresa.
A solução de diversidade da Gupy é uma grande aliada para empresas que buscam contratações mais justas, éticas e inclusivas. Desde o seu lançamento, o módulo de diversidade já ajudou mais de 400 empresas a realizar contratações mais justas e diversas.
Ao utilizar o módulo de diversidade na plataforma Gupy, o RH pode acessar dados de diversidade em processos seletivos, elaborar ações focadas em diversidade com mais facilidade e garantir segurança e acessibilidade para as pessoas candidatas.
Outro ponto que precisa ser considerado é a realização de processos de treinamento e desenvolvimento com foco em diversidade e inclusão para pessoas líderes.
Essas ações podem tanto ser individuais quanto coletivas. Ao realizar treinamentos com toda a equipe de liderança, é possível estimular a troca de experiências e percepções, o que é super positivo para o aprendizado e o ajuste de novas maneiras de pensar a pessoa líder nas organizações.
Um dos principais itens mencionados nos pilares da liderança inclusiva é o perfil da pessoa líder diante de tudo que é novo e diferente. De nada adianta que o RH crie programas de desenvolvimento e fomente uma cultura diversa de as pessoas que irão carregar essa cultura não estejam preparadas para tal.
Outro ponto essencial é encorajar a liderança a conhecer melhor as pessoas lideradas em seus times. Crie uma rotina de feedbacks e reuniões one on one na empresa, com base em escuta ativa para criar conexões mais fortes entre líderes e liderados.
Esse tipo de ação faz com que as pessoas colaboradoras se tornem fortes aliadas no desenvolvimento de uma cultura transparente, segura e diversa — além de torná-los verdadeiros termômetros da efetividade dos esforços do RH em direção a este objetivo.
Os programas de inclusão são poderosas ferramentas para desenvolver uma cultura pautada na liderança inclusiva, e eles não devem ficar somente na empresa.
Quando se trata de mudanças tão profundas e importantes para a sociedade, as empresas têm um papel fundamental na ruptura do status quo. Por isso, tornar os programas de inclusão uma pauta pública é uma das maneiras de gerar importantes debates e de se tornar referência no assunto.
Na Gupy, temos um manifesto de diversidade que carrega todas as principais ações que realizamos em prol desse objetivo.
Nossas metas são transparentes para que outras empresas possam se inspirar nas ações e desenvolver seus próprios programas focados em diversidade, inclusão, ética e justiça.
Para te ajudar nisso, baixa o material abaixo e tenha acesso a um checklist com os 6 indicadores e métricas de diversidade e inclusão para acompanhar.