5 perguntas que não devem ser feitas na entrevista e como proceder
3 minutos de leitura
Você já participou de alguma entrevista de emprego em que a pessoa recrutadora fez uma pergunta que te deixou desconfortável ou que parecia não ter o objetivo de analisar o seu perfil profissional?
Se você já passou por isso, saiba que existem alguns questionamentos que não podem ser feitos durante uma entrevista e talvez pode ter sido o caso.
Para saber quais perguntas não podem ser feitas e como proceder diante dessa situação, continue a leitura!
Quais perguntas não devem ser feitas durante a entrevista?
Perguntas sobre orientação sexual, religião, posicionamento político, assuntos familiares, vida pessoal e até sobre signo podem ser um fator discriminatório.
Além de serem perguntas normalmente utilizadas para fins discriminatórios, informações sobre vida sexual, partido político, saúde, religião ou origem racial são consideradas como dados sensíveis e estão protegidas pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)
Por isso, qualquer pergunta de cunho preconceituoso, discriminatório ou que vá contra a LGPD não deve ser feita durante a entrevista, em especial, quando se tratar de dados sensíveis.
Exemplos de perguntas que não devem ser feitas:
- Você pretende engravidar?
- Tem filhos? Quem vai cuidar dos seus filhos enquanto você trabalha?
- Qual é a sua orientação sexual?
- Você toma algum remédio controlado?
- Você bebe ou fuma?
No entanto, existem cargos que podem exigir que a pessoa recrutadora saiba algumas informações mais delicadas, como por exemplo, se o processo seletivo tratar de vaga afirmativa de diversidade ou para pessoas com deficiência.
Nestes casos, a pergunta não estará sendo levantada para fins discriminatórios, mas sim, para uma ação de diversidade e inclusão. Portanto, é importante saber identificar quando a pergunta que está sendo feita é discriminatória ou não.
Como identificar perguntas discriminatórias?
Talvez alguma outra pergunta a respeito de informações sensíveis e que não citamos aqui possa ir contra a lei, mas então o que você pode fazer para identificá-la?
É muito provável que qualquer questionamento de cunho discriminatório se enquadre nessa categoria e não possa ser feito durante a entrevista.
Então atente-se às perguntas que não ajudam a traçar seu perfil profissional e comportamental, que te deixem desconfortável de alguma forma, ou ainda que não façam sentido para a vaga em questão.
Quando houver respaldo legal, motivo ou finalidade específica para fazer determinada pergunta que envolva informações de aspecto discriminatório ou dados sensíveis, é dever da pessoa recrutadora explicar as razões desta pergunta, antes mesmo que você responda.
O que fazer diante dessas perguntas?
Frente a essas situações, caso se sinta confortável, você pode se posicionar e questionar a pessoa recrutadora sobre os motivos da pergunta, avisando que esse tipo de pergunta pode ferir a LGPD e além de ser considerada discriminatória.
Esse feedback mais direto é importante para que a pessoa que está te entrevistando repense o seu posicionamento e a necessidade do que está perguntando.
Caso você não consiga se posicionar, não tem problema, afinal, essa é uma situação que pode gerar muito desconforto, mas saiba que você também não precisa responder esse tipo de pergunta, se os motivos não forem claramente explicados ou ainda, se a pergunta for puramente preconceituosa.
É possível denunciar a empresa? Se sim, como fazer isso?
Sim, você pode fazer uma reclamação contra a empresa se ela fizer uma pergunta discriminatória ou que fira a LGPD.
Você pode abrir uma reclamação de descumprimento da LGPD ou entrar em contato com o RH da empresa para informar o ocorrido.
E se você sofreu algum tipo de preconceito durante a entrevista, você também pode fazer um boletim de ocorrência (B.O.).
É papel da empresa ser empática com o entrevistado e, se a qualquer momento a pessoa se sentir ofendida, ela tem todo o direito de não continuar no processo de recrutamento.
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