Inteligência emocional no trabalho: o que é e como aplicar na rotina organizacional
Entenda o que você deve considerar na hora de planejar ações de cultura e engajamento com base nas emoções dos colaboradores
5 minutos de leitura
A inteligência emocional no trabalho, como diferencial no mercado, vem sendo debatida com mais frequência entre líderes e gestores de RH. Afinal, pessoas emocionalmente inteligentes geram melhores resultados para uma organização.
As habilidades comportamentais ganharam ainda mais relevância em 2020. Segundo dados do IBGE, 33,5 % das empresas em funcionamento afirmaram perceber um efeito negativo no negócio por causa da pandemia de Covid-19.
Neste período marcado por instabilidade nos negócios, o fator humano, que já era fundamental, ganhou ainda mais força.
Não é à toa que o conhecimento técnico tem ocupado o lugar de protagonismo ao lado das emoções. Afinal, um colaborador que não sabe gerir seus sentimentos, por mais que saiba desenvolver suas tarefas, pode gerar resultados negativos.
Se você considera que a inteligência emocional é a chave para a evolução de um negócio, veja a seguir do que se trata esse conceito e qual é o papel do RH na gestão das emoções dos colaboradores.
O que é inteligência emocional?
O termo inteligência emocional diz respeito à capacidade de lidar com os próprios sentimentos. Em outras palavras, ele se refere à maneira como administramos medo, felicidade, raiva, estresse, ansiedade, euforia, entre outras sensações.
Além disso, quando falamos em inteligência emocional, estamos nos referindo à habilidade que cada pessoa desenvolve para compreender, não apenas as próprias emoções, mas também as de outros indivíduos.
E é nesse ponto que associamos ao ambiente de trabalho e, mais especificamente, ao RH. Continue a leitura para entender a importância desse conceito dentro de uma empresa.
Importância da inteligência emocional para o ambiente de trabalho
Desenvolver inteligência emocional no trabalho significa gerir conscientemente as emoções e, como consequência, os comportamentos decorrentes das mesmas.
Isso evita, por exemplo, estresse, síndrome de burnout e uma série de problemas psicossomáticos.
Quando reconhecemos nossas emoções e sentimentos, somos capazes de adequá-los a diferentes situações vividas. Além de automotivação, isso gera empatia no trabalho, já que reconhecemos, também, as competências socioemocionais.
Dessa forma, promovemos interações e relacionamentos interpessoais positivos, o que também interfere positivamente no clima organizacional.
Benefícios da inteligência emocional no ambiente profissional
A inteligência emocional consegue facilitar a comunicação entre liderança e liderado. Isso ajuda a desenvolver pontos positivos e a identificar os negativos. Veja a seguir as principais melhorias relacionadas a ela.
Controle emocional
O profissional consegue ter consciência das suas emoções. Com isso, é possível controlar ações, melhorar a intuição e ter mais equilíbrio. Isso contribui para a tomada de decisões assertivas e para o cumprimento de tarefas.
Convívio em grupo
O respeito no trabalho e a empatia são características fundamentais no relacionamento interpessoal. A inteligência emocional ajuda a cultivar esses sentimentos. Afinal, o trabalho em equipe é a chave para o aumento da produtividade.
Redução do estresse e ansiedade
O profissional consegue ponderar suas ações diante de conflitos e pressão. Com isso, a produtividade aumenta e os desafios diminuem.
Menos conflitos
O controle das emoções facilita e reduz barreiras para a compreensão de divergências e busca por melhores formas para fazer uma mediação eficiente de conflitos.
Qual é o papel do RH?
O dia a dia de uma empresa é permeado por processos, tarefas, metas a serem cumpridas, projetos, relatórios, imprevistos, entre outros cenários que demandam inteligência emocional no trabalho.
Por esses motivos, o RH deve auxiliar os profissionais a entenderem suas emoções e a saber como agir em situações de tensão. Saber quais são os pilares da inteligência emocional também é muito importante para esse processo:
- Reconhecimento: Diz respeito à capacidade de distinguir emoções a partir de da linguagem verbal (falas, textos, sons…) e não verbal (gestos, ações, suspiros…);
- Aplicação: Está relacionado à administração de emoções nas falas e ações do dia a dia para se comunicar de forma clara e assertiva com os colaboradores;
- Entendimento: É necessário entender o que pode alterar as emoções no ambiente de trabalho. O profissional deve compreender as variações de humor e suas origens para, então, intervir com mais assertividade e remediar conflitos;
- Coordenação: Trata da gestão das próprias emoções e das emoções da equipe. O ideal é prezar pelo controle da situação e direcionar os colaboradores para um desfecho positivo para todos.
Passo a passo para desenvolver inteligência emocional no trabalho
A inteligência emocional vem a partir do autoconhecimento. Assim, o colaborador identifica padrões de comportamento e ações que partem da emoção e que, muitas vezes, nem são percebidos. Portanto:
Pratique a autoconsciência
Reconheça e compreenda seus próprios sentimentos e motive os colaboradores a fazerem o mesmo. Pequenos exercícios, como fechar os olhos e analisar a situação são ótimos para a autoconsciência.
Gerencie emoções negativas
Emoções negativas aparecem várias vezes durante o dia. É fundamental entender quais as causas e os males que isso traz para as suas relações interpessoais.
Seja estratégico
O controle emocional deve ser usado de forma estratégica. Evitar atitudes impulsivas é essencial. Assim, você fica no comando e usa a comunicação para fazer com que a equipe esteja em consonância com a cultura da empresa.
Use técnicas de persuasão
Investir na habilidade de persuasão é essencial se você deseja administrar as emoções alheias corretamente. Ao dominar os sentimentos em uma conversa, as chances de conduzi-la a um rumo favorável são grandes.
Vale ressaltar que persuasão não é manipulação. Aqui, são usados argumentos para convencer, levando em consideração as necessidades emocionais da outra pessoa e procurando um acordo que favoreça a ambos.
Seja empático
A empatia é a chave para entender as emoções dos seus colaboradores. Ao se colocar no lugar deles e entender seus sentimentos, angústias e necessidades, você saberá como gerir a inteligência emocional no trabalho.
Ouça atenciosamente
Ouvir as pessoas com atenção auxilia no entendimento profundo de suas emoções. Um bom ouvinte tem grande facilidade para evitar e gerenciar conflitos.
Dito esses pontos, é importante mencionar que relatórios com os comportamentos, motivações e valores da equipe são bem vindos, já que fortalecem a empatia entre os colaboradores.
Se um membro da equipe, por exemplo, é calmo e monótono, ele não precisa se tornar agitado. Mas, ele deve aprender os prós e contras do seu comportamento, aproveitando-os de forma inteligente.
Pronto para promover a inteligência emocional com o seu time?
Aplicar a inteligência emocional no trabalho de forma correta é muito importante e com certeza trará muita produtividade para a empresa que a utilizar. Agora que você já viu as nossas dicas é só colocar em prática e aproveitar os resultados!
Para acompanhar como os colaboradores estão lidando com suas emoções, invista em pesquisa de clima e engajamento bem estruturada.
Por fim, lembre-se de que uma liderança bem preparada faz toda diferença no engajamento no trabalho e na produtividade da equipe. Isso deve estar no seu radar na hora de treinar a competência emocional com seus clientes. Aproveite e conheça o e-book Liderança emocional: como consultorias de RH podem treinar esta competência com seus clientes.
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