Você sabe se a sua estratégia de Recursos Humanos está fazendo a diferença? Tem acompanhado os resultados e impactos das ações de gestão de pessoas na organização? Pois essa é uma das ações mais inteligentes que empresas com o objetivo de crescer devem fazer.
Do contrário, seus esforços não serão reconhecidos e os pontos de melhoria serão dificilmente identificados e adereçados, resultando em um RH não estratégico e ineficaz.
Para evitar esse cenário, você pode contar com os indicadores de RH, ou KPIs, métricas estratégicas que mostram detalhadamente as falhas existentes nos seus processos, de forma que todas as iniciativas estejam de acordo com os objetivos do negócio e os profissionais, devidamente alinhados.
Quer saber o que são esses indicadores de RH e como você pode mensurá-los? Então este é o conteúdo certo para você! Nele, vamos explicar:
Descubra a seguir!
Os indicadores de RH são métricas que ajudam a medir o desempenho da área de Recursos Humanos durante um determinado período de tempo.
Para que esse trabalho de mensuração seja realmente efetivo, usa-se o método de KPIs, Key Performance Indicators (indicadores-chave de performance). Nele, são acompanhados valores — tanto numéricos quanto em percentual — que medem ações e fornecem as respostas necessárias para melhoria de processos.
Até aí nada muito diferente, certo? Mas nem toda meta é um KPI. Só são considerados indicadores de desempenho aqueles que forem utilizados nas decisões estratégicas da empresa, definidos com base nos resultados de RH que são relevantes para atingir as metas de negócios.
Por isso mesmo, cuidado! Alguns exemplos do que NÃO é um indicador:
Por que os exemplos acima não se enquadram? Todas essas medições dizem algo sobre o quão eficiente é o RH, mas não sobre eficácia. Ou seja, nenhuma dessas métricas contribuirá diretamente para alcançar a estratégia da organização.
Um exemplo de como seria o entendimento de um indicador de desempenho:
A empresa X é uma organização que tenta inovar em um cenário muito competitivo. Por esse motivo, a liderança decidiu cortar custos em todos os lugares, exceto no departamento de inovação de produtos. Como, portanto, essa meta será traduzida em KPIs de RH?
Toda a organização precisa otimizar recursos e finanças, incluindo o RH. Essa redução poderia ser aplicada ao custo de recrutamento, por exemplo. O custo atualmente é de R$ 50.000 e precisa ser reduzido para R$20.000.
Nesse caso, o custo de recrutamento é o KPI, sendo a meta esses mesmos R$20.000.
Os indicadores são importantes para verificar a atual situação da empresa, a fim de estabelecer metas para a evolução dos processos e, portanto, aumentar a lucratividade do negócio.
Separamos 20 dos principais indicadores de RH para você, entre eles:
- Absenteísmo
- Turnover
- Custo do Turnover
- Índice de retenção de talentos
- Frequência
- Headcount
- Avaliação de aprendizagem
- Investimento em treinamento
- ROI de treinamentos
- Clima organizacional e satisfação
Entraremos em mais detalhes nas funcionalidades de cada um para que você utilize eles corretamente. Confira!
O que é? O índice de absenteísmo é responsável por medir as ausências dos funcionários a partir de suas faltas justificadas ou não, atrasos e licenças médicas. Seus valores são extraídos de forma semanal, quinzenal ou mensal, de acordo com as necessidades da empresa.
Para que serve? Pode ajudar a prever quantas ausências acontecerão em determinado período e quais serão os custos dessas baixas e o quanto elas vão impactar na produtividade do setor.
Além disso, com base na média de horas trabalhadas, o impacto do absenteísmo nos custos da mão de obra pode ser quantificado.
Como mensurar? Existem várias formas de mensurar esse indicador, veja!
Uma das formas de fazer a mensuração dessas faltas é por meio do BradFord Factor, um medidor onde as faltas curtas, constantes e não planejadas têm um peso menor do que as longas. O cálculo é feito considerando o número total de presenças e faltas.
Para tanto, antes de tudo, você precisa conhecer a fórmula:
B = (SxS) x D
S = total de ausências por indivíduo;
D = total de dias de ausência por indivíduo;
B = Bradford Factor score.
125 de score = (5 x 5 ausências) x 5 dias.
O score é avaliado conforme um ranqueamento em que, quanto mais alto, pior é o desempenho do colaborador. A escala é divida em três partes:
Em Gestão de Pessoas: o novo papel dos Recursos Humanos nas Organizações, Idalberto Chiavenato indica a fórmula dada pelo Bureau of National Affairs (BNA):
Absenteísmo = (total de pessoas ÷dias perdidos por ausências de colaboradores no mês) ÷ ( número médio de colaboradores x dias de trabalho no mês).
Exemplo: 0,0023 ou 0,23% = (100 pessoas ÷ 20 dias) ÷ ( 100 colaboradores em média x 21 dias de trabalho).
0,0023 ou 0,23% = (5) ÷ (2100).
Outra forma de calcular é tomar as horas de trabalho perdidas como base. Fica assim:
Absenteísmo = (horas perdidas ÷ horas de trabalho previstas) x 100
Exemplo: 5,9% = (200 horas perdidas ÷ 3.360 horas de trabalho previstas).
As horas de trabalho previstas correspondem a soma das jornadas de trabalho e horas extras que deveriam ser realizadas pelos profissionais no período escolhido.
Com as fórmulas apresentadas, você avalia se existe um problema padrão para a faltas e, assim, pode criar ações que melhorem e estimulem o engajamento dos seus funcionários.
O tipo de ação mais específica vai depender dos resultados obtidos. Por exemplo, se o absenteísmo está relacionado a pessoas determinadas, ao time todo ou à maior parte dele.
O que é? Esse indicador é responsável por mostrar a quantidade de profissionais que saem e entram na empresa em um determinado período.
Para que serve? Mesmo que a empresa ainda não possua uma política de indicadores, esse em especial, deve ser o principal, pois ele será responsável por detectar problemas nos seguintes métodos:
Além disso, contar com uma equipe que permaneça na empresa, fortaleça o ambiente de trabalho e alcance as metas definidas é importante não apenas para diminuir a rotatividade, mas para aumentar a produtividade.
Como mensurar? O cálculo desse indicador é realizado a partir dos dados de movimentação (entrada e saída de funcionários) e o seu número total. Se essa média não estiver boa, pode significar que a empresa esteja perdendo conexões com os clientes e capital intelectual.
Na prática, você encontrará quatro formas de olhar para rotatividade:
A primeira considera os profissionais recém-admitidos. Logo, este turnover está diretamente associado à qualidade do processo de recrutamento e seleção de pessoas. Este é o cálculo:
Turnover recente = (rescisões de profissionais com até 6 meses de tempo de serviço ÷ quantidade de funcionários) x 100.
Exemplo: 2% = (2 saídas de pessoas com até 6 meses ÷ 100 funcionários) x 100.
Também é possível medir o turnover em relação ao conjunto de colaboradores que saíram e tiveram de ser substituídos. O cálculo é o seguinte:
Turnover de desligados = (rescisões de profissionais ÷ quantidade de funcionários) x 100
Exemplo: 1% = (10 saídas ÷ 1000 funcionários) x 100.
A terceira forma pondera entradas e saídas de colaboradores. Resumidamente, a métrica captura qualquer movimentação nos quadros. Confira:
Turnover geral = {[(admissões + demissões) ÷ 2] ÷ pelo total de funcionários} x 100
Primeiramente, obtém-se a média entre admissões e demissões;
posteriormente, divide-se o resultado pelo total de funcionários;
1,5% = {[(1 admissão + 2 demissões) ÷ 2] ÷ 100 funcionários} x 100.
O que é? Medição do impacto financeiro da rotatividade na empresa.
Para que serve? Com a ajuda dessas métricas para descobrir o índice de rotatividade, fica mais fácil focar nos motivos que levam à saída de funcionários. Então, está na hora de rever alguns valores e pensar em ações para reverter essa situação.
Como mensurar? O custo do turnover pode ser encontrado somando as despesas com os itens abaixo:
Recomenda-se que essa avaliação seja feita em torno de uma vez ao ano. A entrevista demissional também é uma das melhores formas de avaliar as razões de saída e pode ser aplicada junto a outras ferramentas.
O que é? Ele é utilizado para diagnosticar a eficiência das estratégias da empresa que estão direcionadas aos funcionários, de acordo com suas competências e resultados.
Para que serve? Com ele, você pode entender como aumentar o engajamento e diminuir o índice de rotatividade.
Como mensurar? Esses dados são obtidos aplicando um questionário de avaliação de desempenho, preferencialmente calculando os resultados por setor e, com isso, detectar os problemas existentes e atuar de forma preventiva para que os melhores talentos não se desliguem da companhia.
O que é? Essa métrica avalia o número de faltas dos funcionários, além de mensurar também a sua pontualidade.
Para que serve? Seu objetivo é identificar o compromisso e engajamento de cada um dentro da equipe.
A partir disso, podem ser montadas estratégias que mantenham o empregado mais motivado — e entender as possíveis ações que podem ter causado a frequência dos atrasos, se for o caso. Um exemplo de solução é atribuir mais tarefas e responsabilidades aos empregados que se atrasam frequentemente.
Como mensurar? Basta seguir este cálculo:
Frequência = (presença ÷ dias de trabalho) x 100
Exemplo: 85% = (18 dias presentes ÷ 21 dias de trabalho) x 100.
O que é? Contagem do número total de colaboradores.
Para que serve? No headcount, a intenção é avaliar se o número de colaboradores aumentou ou diminuiu nos últimos anos. Caso os números sejam positivos, pode significar que a empresa está no caminho certo e as ações tomadas são adequadas.
Caso contrário, se houver uma queda bruta e/ou estagnação do número de funcionários, é provável que o seu negócio precise de remodelações. Para isso, procure ir atrás das razões que podem ter causado essas saídas.
Como mensurar? Literalmente, some todos os profissionais sob contrato com a empresa.
O que é? Esse indicador é um dos mais utilizados pelas equipes de treinamento e desenvolvimento, pois ele é responsável por informar quanto o profissional absorveu do conteúdo do que foi aplicado.
Para que serve? A aplicação de treinamentos para estes indivíduos fortalece o seu desempenho, eleva a qualidade e permite que eles possam disseminar o conhecimento entre outros membros da equipe.
Para saber se os treinamentos selecionados foram os corretos e se o colaborador estava engajado com eles, é essencial realizar essa avaliação da aprendizagem.
Como mensurar? A forma mais comum de coletar os dados é por meio de avaliações, que podem ser administradas das seguintes formas:
O que é? Quando uma empresa decide investir na capacitação de seus funcionários, o faz para que eles forneçam o retorno de acordo com as metas propostas. Contudo, para saber se os objetivos estão sendo alcançados, o RH vai utilizar esse indicador para medir a produtividade da equipe que recebeu o treinamento.
Para que serve? Entender e detectar se os investimentos estão produzindo resultados, medindo a eficácia e desempenho dos colaboradores.
Como mensurar? Existem diversas taxas que podem ser feitas para saber se o investimento foi bem-sucedido, como taxa de abandono, adesão e média de treinamentos por pessoa. Veja mais como calcular investimento em treinamentos aqui.
Além disso, é possível realizar esse cálculo apoiado em outros indicadores de RH. A ideia é avaliar o impacto do treinamento na empresa, o que pode ser feito com um gráfico em que serão cruzadas duas informações:
Imagine, por exemplo, que você realiza uma palestra sobre pontualidade no trabalho. Se a pontualidade esperada era de 60%, considerando o histórico, e sobe para 80%, a variação, 20%, é o impacto do treinamento.
Quer saber tudo sobre indicadores de performance e como os melhores RHs do mercado fazem isso? Então confira o nosso curso gratuito sobre o assunto!
O que é? O Retorno sobre Investimentos em Treinamentos é utilizado para medir se a aplicação em capacitação está elevando a qualidade dos resultados e reduzindo falhas, acidentes e prejuízos na companhia.
Para que serve? Com ele, será possível verificar o impacto do treinamento em qualquer processo.
Como mensurar? Esse indicador é calculado ao somar os custos antes do treinamento e compará-lo com o mesmo cálculo após a capacitação dos profissionais.
O que é? Indicador que mede a qualidade do ambiente de trabalho organizacional.
Para que serve? Com ele, você consegue entender como está a percepção dos funcionários sobre o bem-estar deles e como são tratados, além da satisfação e engajamento.
Indo além, entender o nível de satisfação da equipe com relação ao clima e à cultura da empresa é um dos outros caminhos possíveis para atrair e reter mais talentos.
Como mensurar? Uma das formas de fazer essa avaliação é através da ferramentas de NPS, que mensura o nível de satisfação de cada um dos funcionários por meio de perguntas simples e objetivas.
Para entender essa métrica, é importante que sua empresa saiba como deseja se posicionar no mercado. Ou seja, quais são os seus missão, visão e valores.
Ter esses conceitos bem estabelecidos, além de ajudar a manter o foco, ajuda a identificar quem está adequado à empresa e quem não está. Se forem identificados funcionários sem fit cultural, entende-se que ele precisa ser avaliado com mais atenção.
Quanto ao cálculo, ele segue a linha de avaliações de desempenho, no sentido de converter dados qualitativos com quantitativos. É o caso, por exemplo, de questionar, de 0 a 10, qual a chance do colaborador indicar a empresa para um amigo.
Após cerca de 6 perguntas como essa, o RH faz a média das respostas e classifica o profissional conforme o score:
O estudo também é complementado com questões descritivas para saber o porquê das respostas apresentadas.
Nascem, a partir de então, diferentes formas de acompanhar o desempenho:
Percentual de detratores = (detratores ÷ total de colaboradores) x 100
Exemplo: 10% = (15 detratores ÷ 150 colaboradores) x 100.
Percentual de promotores = (promotores ÷ total de funcionários) x 100
Exemplo: 20% = (30 promotores ÷ 150 colaboradores) x 100.
Percentual de neutros = (neutros ÷ total de colaboradores) x 100
Exemplo: 70% = (105 neutros ÷ 150 colaboradores) x 100.
Índice NPS = percentual de promotores - percentual de detratores
Exemplo: 10% = 20% de promotores - 10% de detratores.
O que é? Esse indicador é responsável por apontar falhas na gestão, conflitos organizacionais e a falta do cumprimento dos direitos do profissional, dados importantes para analisar a idoneidade da organização perante seus funcionários e os órgãos públicos.
Para que serve? Mede as condições de trabalho e também a responsabilidade social da empresa - ela está mantendo a saúde e integridade de seus funcionários ou tem questões irregulares?
Como mensurar? Essa taxa é medida da seguinte forma:
Reclamações trabalhistas = (número de reclamações trabalhistas / número de profissionais desligados) x 100
O que é? Essa taxa é calculada a partir do plano de desenvolvimento individual (PDI) — medida estratégica de retenção de talentos — que é responsável pelas metas que cada colaborador tem e como ele deve fazer para alcançá-la.
Para que serve? Observar os motivos que impediram promoções que, de início, pareciam viáveis, e o que deverá ser feito para que o saldo seja positivo.
Como mensurar? De acordo com o filtro de funcionários que se encontram na zona de promoção, quantos realmente foram promovidos?
O que é? Esse indicador é um comparativo entre os profissionais que foram promovidos e as contratações feitas para compor funções de liderança.
Para que serve? Esses dados são importantes para verificar se o plano de carreira atribuído a cada talento está sendo cumprido ou se a empresa não está aplicando treinamentos focados na formação de novos líderes, fatores importantes para o crescimento da área de treinamento e desenvolvimento e para o corpo funcional.
Como mensurar? Para fazer isso, basta comparar a porcentagem de funcionários que conseguiram promoções para cargos de liderança com a porcentagem de novas contratações para esses mesmos cargos.
O que é? Entendimento sobre a pontualidade de recrutamento e seleção de pessoas.
Para que serve? Essa métrica responde a duas questões importantes. A primeira é saber se o processo atende às necessidades da empresa, e a segunda é diferenciar boas e más práticas no setor.
Como mensurar? Você terá de reunir informações sobre o total de vagas abertas no período escolhido e a quantidade de vezes em que o cronograma foi cumprido. Com isso em mãos, é só encontrar um percentual:
Percentual de vagas fechadas no prazo = (vagas fechadas no prazo ÷ total de vagas abertas) x 100
Exemplo: 70% = (7 vagas no prazo ÷ 10 vagas abertas) x 100.
É importante ressaltar que, atualmente, o indicador pode ser melhorado com o auxílio de softwares de recrutamento e seleção. Afinal, a tecnologia automatiza tarefas, facilita a identificação de bons candidatos e reduz a burocracia ao longo do processo, contribuindo para fechar as vagas pontualmente.
O que é? O FTE (Full Time Equivalent) é utilizado para comparar os níveis de envolvimento de todos os colaboradores — Human Resources (HR) — independentemente de sua carga horária, de forma que indique a produtividade individual de acordo com as horas úteis trabalhadas.
Para que serve? Esse indicador é importante para comparar os resultados de quem trabalha meio período com os que realizam suas atividades de forma integral. A partir desses resultados, será possível atuar nos seguintes aspectos:
Como mensurar? O FTE é calculado da seguinte forma:
FTE = total de horas contratadas do total dos empregados (integrais e parciais) por semana/40
O que é? O retorno sobre o investimento busca uma informação simples: para cada dinheiro que entra, quanto sai?
Para que serve? O objetivo do cálculo de ROI é entender se os investimentos realizados foram positivos para a empresa ou não, de modo a saber se o dinheiro gasto foi “retornado” de alguma forma durante determinado período.
Como mensurar? A lógica do cálculo é a simples. Primeiramente, você subtrai os custos da receita para saber o lucro, posteriormente, divide pelas despesas totais para gerar um percentual.
Confira a fórmula abaixo:
ROI = (Receita com o investimento – custo do investimento) ÷ custo do Investimento
Exemplo: 1,5 ou 150%= (R$10.000,00 - R$4,000)÷ R$4.000,00.
O problema é quando você vai para setores específicos, como o RH. Aqui, há clareza sobre os custos, mas pode ser difícil mensurar a receita gerada pelo setor. Por isso, é comum cruzar o ROI com o impacto de treinamentos, recrutamento e seleção, avaliação de desempenho etc.
Um exemplo simples. Se você mensura que após um treinamento houve um aumento nas receitas de R$10.000,00, e os custos do programa foram de R$4.000,00, é possível realizar o cálculo acima.
O que é? Por meio deste indicador de RH, você cria um feedback geral de cada setor, avaliando quais são os funcionários que apresentam um melhor desempenho. Isso inclui assiduidade, cumprimento dos prazos, finalização dos projetos e impacto financeiro, por exemplo.
Para que serve? Assim, você poderá avaliar quem são os colaboradores que precisam de menos atenção e os que ainda estão se desenvolvendo dentro da empresa, necessitando de mais investimentos e atenção.
Como mensurar? A maior parte do trabalho, nesse caso, diz respeito ao levantamento de dados com o auxílio de avaliações de desempenho. Além de decidir quem apreciará o desempenho, o RH precisa aplicar questionários para converter informações qualitativas em quantitativas.
Um exemplo é o uso de escalas, em que o avaliador atribui peso às competências e realizações julgadas. Veja um modelo típico:
No último mês, como você descreveria o desempenho do profissional?
Perceba que, ao obter um número, é fácil chegar ao percentual para acompanhar a evolução do desempenho. No caso citado, se o colaborador marcou 3, você pode chegar ao índice, tomando o valor máximo como divisor (3÷5 = 0,6 ou 60%).
Por isso, o setor de RH precisa ter essas métricas documentadas e usar os dados com inteligência, avaliando, inclusive, o desempenho futuro desses funcionários que precisaram de uma atenção maior em fases anteriores. Isso é essencial para a saúde da organização.
O que é? Com auxílio do headcount, você pode descobrir o valor consumido pelos colaboradores da sua empresa em relação aos benefícios.
Para que serve? Com esse número, é possível visualizar se os investimentos em benefícios nas diferentes áreas da empresa têm valido a pena ou não.
Como mensurar? O cálculo pode incluir todas as verbas recebidas ou separar conforme a característica do pagamento, como salários e auxílios. Veja como funciona:
Custo per capita = total de benefícios ÷ headcount
Exemplo: R$6.666,65 = R$1.000.000,00 em benefícios ÷ 150 colaboradores;
Custo per capita sem salários = (total de benefícios - gastos com salários) ÷ headcount
Exemplo: R$1666,65 = (R$1.000.000,00 em benefícios - R$750.000,00 em salários) ÷ 150 colaboradores.
A segunda fórmula é importante em empresas que trabalham com complementos ao salário e remuneração variável, como comissões, prêmios e bonificações, para medir o retorno do investimento.
O que é? Esse KPI diz respeito à comparação entre os salários oferecidos internamente com os valores praticados no mercado.
Para que serve? Com isso, você vai entender se a proposta é atrativa para os profissionais e verificar a necessidade de complementar os ganhos com outros benefícios.
Como mensurar? O cálculo é bastante simples:
Competitividade salarial = (salário oferecido ÷ salário-médio do mercado) x 100
Exemplo: 96,77% = (R$1.500,00 de salário oferecido ÷ 1.550,00 de salário de mercado) x 100.
Veja que um valor abaixo de 100% revela um salário menos competitivo do que a oferta dos concorrentes, enquanto um valor acima, o oposto.
Talvez o maior desafio seja levantar os dados salariais. Isso pode ser feito com pesquisas na sua região, nos anúncios de vagas ou em guias salariais.
O que é? Medida comparativa entre os gastos com os colaboradores e o capital da empresa.
Para que serve? Seu objetivo é identificar se a empresa está equilibrando ambos os números, de modo a verificar se o custo de remuneração está muito superior ao que a empresa suporta ou se o custo está abaixo do que ela pode arcar.
Como mensurar? Neste caso, é possível calcular tanto os valores brutos, quanto os líquidos, a depender de como funciona a sua empresa e as suas preferências. De qualquer modo, o cálculo é realizado da seguinte forma:
(valor da folha mensal x faturamento mensal) x 100 = relação em porcentagem da eficiência da folha de pagamento.
Os indicadores de RH podem ser divididos em drivers e outcomes. Os primeiros mensuram as causas dentro de um processo; os segundos, as consequências. Por exemplo, o ROI é um outcome, porque é o fim da cadeia, enquanto a satisfação é um driver, porque ela causa produtividade e, possivelmente, receita.
Assim, a compatibilidade entre a estratégia e indicador de desempenho pode ser verificada sempre que a métrica servir para especificar um objetivo (outcome) ou for uma condição para o sucesso do plano (driver).
Por exemplo, para alcançar a meta de ROI em recrutamentos e seleção, é preciso, entre outras coisas, ocupar as vagas no prazo.
Para te ajudar, de forma ainda mais objetiva, a definir os melhores indicadores para a sua equipe de RH, selecionamos também um conjunto de características que, segundo um artigo de Eckerson, um KPI deve atender:
Para resultados mais precisos, é importante contar com ferramentas eficientes e aprender a utilizá-las. Veja algumas delas a seguir:
O Weekdone é um software de relatório semanal baseado na metodologia de OKRs, usado para gerenciamento de equipe, estabelecimento de metas e melhoria da comunicação da equipe. Com ele, você consegue manter gestores e funcionários atualizados sobre tarefas, criando , gerenciando e acompanhando objetivos de longo prazo.
A ferramenta Amplitude é importante para medir KPIs com base na opinião dos clientes enquanto utilizam o produto. Sua inteligência artificial sugere inovações com base no que as pessoas fazem dentro de um aplicativo, por exemplo.
Disponível também em versão gratuita, esse método foi criado para auxiliar na construção de produtos melhores de acordo as necessidades dos clientes.
A Geckoboard é uma das ferramentas mais completas e pode ser utilizado por qualquer organização, pois ele não mede somente KPIs. Com mais de 60 integrações capazes de juntar diversos serviços em um único quadro, agradável e eficiente.
Com ele o usuário consegue visualizar todos os números de uma só vez e tem maior clareza para a tomada de decisões.
A ferramenta Qulture.Rocks é focada na gestão de desempenho de equipes, desse modo, ela permite o registro de OKRs e KPIs da empresa, áreas e de equipes específicas.
Além disso, ela dá também toda a estrutura necessária para a troca e registro de feedbacks, assim como a realização de PDIs (Planos de Desenvolvimento Individuais).
Depois de definir seus indicadores, é hora de começar a implementá-los criando um BSC, ou Balanced Scorecard.
Um scorecard é um conjunto de dados que ajuda sua equipe de liderança a analisar criticamente a eficácia das estratégias de RH em relação ao desenvolvimento de uma vantagem competitiva, aprimoramento de habilidades, gerenciamento de sua cultura, redução de custos, etc.
Um BSC é uma ferramenta para manter sua equipe focada em atividades que não apenas apoiam o departamento, mas também as metas gerais da empresa.
Essa clara definição dos KPIs em um scorecard facilita a visualização de como os KPIs de curto prazo, como a redução da rotatividade, podem agregar valor e são, na verdade, uma parte importante para atingir as metas financeiras de longo prazo da organização.
O outro benefício principal de um scorecard é que ele demonstra o valor estratégico dos recursos humanos para a equipe de liderança.
Como os departamentos de RH normalmente não são incluídos no processo de planejamento estratégico, a criação de um scorecard de RH é uma maneira de expor as contribuições do departamento em métricas concretas e claramente entendidas no nível executivo.
Ter uma equipe de liderança informada e investida com certeza ajuda a aumentar os orçamentos e o suporte ao departamento.
Para que os indicadores sejam incorporados, não se esqueça de tornar essas etapas uma parte rotineira do seu trabalho:
Por mais que existam diversos indicadores, o segredo é não escolher uma medição sem ter uma finalidade específica. Se você não souber o por que está acompanhando um número, ele será uma mera burocracia na empresa.
A principal motivação, nesse sentido, é a melhoria do desempenho. Avaliamos, por exemplo, a satisfação dos colabores para identificar se a performance está dentro, aquém ou além das expectativas, entendendo a necessidade de agir.
Outro cuidado é saber o momento de aplicar os indicadores de RH. Muitas vezes, em períodos muito curtos, como dia, semana e mês, os números ainda não revelam a realidade. Por exemplo, ao investir em um treinamento, dificilmente as receitas vão aumentar no dia seguinte a conclusão do projeto.
Por fim, procure sempre o auxílio de soluções de informática, automação de processos, computação na nuvem e outras inovações. Boas ferramentas expandem a quantidade de dados que os profissionais conseguem acompanhar e facilitam o cruzamento de informações.
Quando você passa a entender a importância de indicadores de RH e do uso da tecnologia para mensuração do desempenho da empresa, fica mais fácil criar estratégias que ajudem seu negócio a crescer cada vez mais.
Com a Gupy Recrutamento e Seleção, você tem acesso a importantes indicadores para seus processos seletivos. Clique neste link e saiba mais!