Diversidade: Você lembra a primeira vez que ouviu falar sobre ela no seu ambiente de trabalho?
Criar um ambiente propício às diferentes experiências e perspectivas no ambiente de trabalho para atrair e reter talentos e permanecer competitivo é um dos objetivos do profissional de Recursos Humanos.
Porém, isso ainda é um desafio nos dias de hoje. E, pensando sobre, quero esclarecer mais o tema para você e te trazer um mindset diferente .
No artigo de hoje, vou te explicar sobre:
Continue a leitura!
A diversidade na empresa começou a ser reivindicada na década de 60 por movimentos sociais que pediam ações de inclusão. A pauta foi avançando e a mudança de cenário no Brasil começou a se popularizar nos anos 80.
Nos anos 90, a política de diversidade no país foi crescendo devido à globalização econômica, o que impactou diversos aspectos das organizações.
"No Brasil, as primeiras experiências foram encabeçadas por empresas norte-americanas, que, via de regra, replicavam aqui exatamente o que já era feito na matriz, sem considerar as peculiaridades da cultura local. (...)
A razão para isso tudo é simples: quem se sente respeitado, inclusive por aquilo que tem de mais singular, produz mais e tende a ficar na organização por um período maior."
Fonte: Aberje
já nos anos 2000, a pauta foi sendo cada vez mais discutida pelos mais diversos grupos de pessoas com deficiência, etnia e raça, gênero e LGBTQI+.
Em 2008, a McKinsey, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, lançou um estudo chamado ‘Women Matter’ (ou Mulheres Importam) para descobrir sobre a diversidade de gênero nas corporações e em como aumentá-la, tornando as empresas mais inclusivas no futuro.
Em 2014, entendendo a necessidade de expandir o tema para além de questões de gênero, a mesma empresa lançou ‘Why diversity matters’ (porque a diversidade importa).
Com base em diversas pesquisas realizadas ao redor do mundo, o material mostrou não apenas a relevância de uma empresa ter grupos de trabalho diversos, mas também o retorno financeiro que pessoas de diferentes raças/etnias e gênero podem trazer.
"Empresas com diversidade racial e étnica são 35% mais propensas a ter retornos financeiros acima da média da indústria nacional. Já empresas com diversidade de gênero são 15% mais propensas a ter este retorno"
Fonte: Mckinsey
A importância é tamanha que o tema, nos últimos 5 anos, vem recorrentemente aparecendo em estudos e artigos sobre top tendências de RH.
Em seu estudo anual (de 2018), o LinkedIn mostrou a diversidade como de extrema importância para o modo como estamos moldando o futuro do recrutamento.
Em paralelo, esta mesma pesquisa apresentou um percentil de apenas 53% de implementação nas empresas pesquisadas.
Isso porque o processo de recrutamento e seleção das corporações ainda não é inclusiva ou a corporação não tem uma cultura voltada ou preparada para a diversidade, seja pelo viés inconsciente, seja pelas barreiras a cada grupo e/ou falta de atenção ao tema.
Para ficarmos na mesma página, vamos apenas reforçar os conceitos de cada um dos termos:
Diversidade é a junção de fatores que apresentam múltiplos aspectos e que se diferenciam entre si - acima vimos vários exemplos práticos;
Inclusão é criar um ambiente no qual seus funcionários possam ser quem eles realmente são, com suas diferenças e particularidades;
Pertencimento é o sentimento que o membro de uma comunidade tem de que faz parte daquele grupo - e assim sente-se a vontade para expressar valores, medos e aspirações.
Sendo assim, organizações de sucesso são aquelas que não apenas entendem o que é diversidade, mas criam um ambiente de inclusão, fazendo com que seus funcionários, por mais plurais e diferentes que sejam, tenham o sentimento de pertencerem àquele ambiente.
Apesar de parecer simples, apenas 51% das empresas afirmam ter ações afirmativas do tema.
Como você já deve ter sentido na pele, para ser feliz no ambiente de trabalho o mínimo necessário é nos sentirmos bem no dia-a-dia, nas interações em grupo.
Nos últimos anos, vimos um movimento de empresas trabalhando para ser cool, com suas salas de jogos, comida liberada durante todo o dia, cerveja no happy hour.
Ou ainda, oferecerem pacote de benefícios surreais, como uma empresa americana que dá U$ 5,000 extras no período de férias para os funcionários com mais de um ano de casa.
Não estou dizendo que isso não é interessante, mas como mostra esse artigo da Harvard Business Review, o essencial é simples, mas é algo que estamos esquecendo. As melhorias no local de trabalho não podem ocorrer se você não entender as perspectivas e diferenças culturais de seus funcionários.
Para aumentar ainda mais o senso de pertencimento, diversas empresas têm grupos específicos para promover o debate e ações afirmativas.
A Inteligência Artificial, apesar de ser uma tecnologia recente, já mostrou seu valor no ramo da saúde, educação, mobilidade urbana, entre outros.
No mundo de RH, vem ganhando destaque com startups e empresas avançando na área, permitindo que essa complexidade seja diminuída e contribuindo para que pessoas sem um alto conhecimento do tema possa beneficiar-se de um dia a dia mais ágil e com menos burocracia.
E como isso se relaciona a diversidade? O ser humano, por natureza, possui diversos vieses inconscientes, como esse guia da PwC em parceria com a Onu Mulheres nos mostra(quer descobrir quais são os seus? Esse teste, realizado pela Universidade de Harvard, pode ajudá-lo(a)).
O trabalho da Inteligência Artificial é utilizar tecnologia para excluir esse vieses, pois torna o processo democratizado ao se basear em dados, habilidades e competências do candidato, não só em características pessoais.
Lançado apenas online, Purl é um curta-metragem de oito minutos da Pixar, empresa de animação responsável pelos sucessos de Toy Story, Monstros S.A e outros. Seu objetivo? Mostrar a importância de uma equipe diversa no local de trabalho.
O desenho animado conta a história de um novelo feminino (sim, novelo) chamado Purl. Ela começa em um novo emprego e é deixada intencionalmente fora das atividades do grupo por suas diferenças.
A discussão que o Curta Purl nos traz é justamente os impactos positivos e negativos de ajuste à cultura organizacional e como é possível conviver com a inclusão e diversificação de diferentes perfis dentro da organização.
No próximo artigo sobre o tema, traremos três grandes organizações que, às suas maneiras, trabalham a diversidade dentro dos seus respectivos ambientes de trabalho e assim, conseguem promover a real inclusão de seus colaboradores.
E você? Como é a diversidade no seu ambiente de trabalho? Deixe seu comentário e conte mais para nós :)
Gostou do artigo? Que tal conhecer mais sobre como o Machine Learning pode diminuir os vieses na sua empresa e promover a diversidade? Acesse nosso super artigo sobre Inteligência Artificial e fique por dentro!