Bem-estar financeiro e produtividade no ambiente corporativo

A relação entre bem-estar financeiro e produtividade no ambiente corporativo é importante para o sucesso das organizações e o bem-estar das pessoas colaboradoras. Pois saúde financeira é mais do que equilibrar receitas e despesas, é criar também uma base sólida de conhecimento financeiro e práticas responsáveis que permitem uma vida econômica estável e livre de preocupações excessivas.

No ambiente corporativo atual, onde a busca por alta produtividade é constante, muitas vezes o bem-estar financeiro dos colaboradores é negligenciado.

No entanto, promover a saúde financeira dos funcionários não apenas melhora sua qualidade de vida, mas também se reflete diretamente em sua eficiência e engajamento no trabalho. 

O bem-estar financeiro ainda é um tema pouco abordado internamente, seja pelas áreas de gestão ou recursos humanos. Enquanto fora do Brasil muitas empresas já notaram a importância de se trabalhar estrategicamente este assunto junto aos colaboradores, aqui ainda estamos começando.

A falta de bem-estar financeiro afeta fortemente os demais pilares da saúde, bem como todas as outras áreas das nossas vidas: social, profissional, física, mental, emocional e assim por diante.

Mesmo sendo um tema super relevante, ainda são poucas as empresas que estão atentas a isso. 

O que é saúde financeira?

Saúde financeira é o estado de bem-estar econômico que surge quando uma pessoa ou família tem controle sobre suas finanças, pode atender suas necessidades básicas e está preparada para enfrentar emergências e alcançar metas financeiras.

Isso abrange desde o controle eficaz do orçamento, com planejamento e monitoramento das despesas, até a manutenção de uma reserva de emergência para lidar com imprevistos.

Além disso, a gestão responsável das dívidas, o planejamento de aposentadoria, a diversificação de investimentos e a busca contínua por conhecimento financeiro são elementos cruciais para garantir uma saúde financeira sólida.

O que é financeiramente saudável?

Ser financeiramente saudável significa ter controle sobre suas finanças, viver dentro das suas possibilidades e estar preparado para o futuro. Isso envolve manter um orçamento equilibrado, onde os gastos não excedam a renda, e planejar detalhadamente suas finanças.

Ter uma reserva de emergência que cubra pelo menos três a seis meses de despesas é crucial para lidar com imprevistos.

Além disso, uma gestão eficaz das dívidas, mantendo-as em níveis manejáveis e com pagamentos em dia, contribui para um histórico de crédito saudável.

Investir regularmente para a aposentadoria e diversificar os investimentos também são boas práticas, assim como possuir seguros adequados para proteger contra perdas financeiras significativas.

Quais são os componentes do bem-estar financeiro?

O bem-estar financeiro é um estado em que um indivíduo tem controle sobre suas finanças e se sente seguro em relação ao seu futuro financeiro.

Ele abrange diversos componentes que, quando gerenciados de forma eficaz, contribuem para a estabilidade e a segurança financeira. Um dos principais componentes é a gestão de orçamento, que envolve a criação e o acompanhamento de um orçamento, monitorando entradas e saídas de dinheiro para garantir que as despesas não excedam a renda.

Além disso, a poupança e a manutenção de uma reserva de emergência são essenciais para cobrir despesas inesperadas sem recorrer a empréstimos ou dívidas.

Outro aspecto crucial do bem-estar financeiro é o planejamento de aposentadoria. Contribuir regularmente para um fundo de aposentadoria ou outros planos de poupança de longo prazo é fundamental para garantir que haverá recursos suficientes para viver confortavelmente após a aposentadoria.

A gestão de dívidas é igualmente importante, pois controlar e pagar dívidas de forma eficaz ajuda a evitar a acumulação excessiva de juros e a manter um histórico de crédito saudável.

Além disso, realizar investimentos prudentes e diversificar as fontes de renda pode potencializar o crescimento financeiro ao longo do tempo.

Seguros adequados, como saúde, vida, automóvel e propriedade, são componentes essenciais para proteger contra perdas financeiras significativas causadas por eventos inesperados.

A educação financeira contínua é fundamental para tomar decisões informadas sobre finanças pessoais, orçamentos, investimentos e gestão de dívidas.

Estabelecer metas financeiras realistas e desenvolver planos para atingi-las, tanto no curto prazo (como comprar um carro ou pagar uma dívida) quanto no longo prazo (como comprar uma casa ou garantir a educação dos filhos), também contribui significativamente para o bem-estar financeiro.

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Como ter um bem-estar financeiro? 

Ter um bem-estar financeiro envolve adotar práticas e hábitos que permitem controlar suas finanças, garantir segurança econômica e preparar-se para o futuro. Veja abaixo algumas boas práticas para o bem-estar financeiro:

  1. Elabore um orçamento registrando todas as suas receitas e despesas para ter uma visão clara de como o dinheiro está sendo gasto.
  2. Planeje seus gastos, categorize suas despesas e defina limites para cada categoria, assegurando que suas despesas não excedam suas receitas.
  3. Crie uma reserva de emergência com uma quantia equivalente a três a seis meses de despesas em uma conta poupança acessível para cobrir imprevistos sem recorrer a dívidas.
  4. Gerencie suas dívidas priorizando pagamentos de altas taxas de juros e evitando novas dívidas.
  5. Planeje a aposentadoria contribuindo regularmente para planos de aposentadoria e diversificando seus investimentos.
  6. Faça investimentos prudentes, educando-se financeiramente e diversificando seus ativos para minimizar riscos.
  7. Adquira seguros adequados, como saúde, vida, automóvel e propriedade, para proteger contra perdas financeiras significativas.
  8. Busque educação financeira constantemente para tomar decisões informadas sobre orçamento, investimentos e gestão de dívidas.
  9. Estabeleça metas financeiras realistas, tanto de curto quanto de longo prazo, e desenvolva planos para alcançá-las.
  10. Cuide da saúde mental e financeira, adotando práticas saudáveis de gestão financeira e buscando ajuda quando necessário, para reduzir o estresse financeiro.
  11. Assegure uma fonte de renda estável e suficiente para cobrir suas necessidades básicas, proporcionando conforto e segurança financeira.

Adotar essas práticas pode ajudar a alcançar um estado de bem-estar financeiro, proporcionando uma vida mais tranquila e segura economicamente.

Por que o bem-estar financeiro impacta tanto a vida das pessoas e dos colaboradores?

Para se ter uma ideia da situação, estes são apenas alguns dados do nosso país: 

  • O percentual de família endividadas bateu o recorde da série histórica, e chegou a 67% em junho;
  • Menos de 15% das pessoas conseguem guardar dinheiro;
  • 64% das pessoas vivem no limite do orçamento;
  • 68% dos brasileiros não estão preparados para lidar com imprevistos.

Fonte: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) | Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)

Outro ponto importante é que, de acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 8 em cada 10 pessoas afirmaram ter sofrido algum tipo de sentimento negativo por estarem com dificuldades financeiras.

Os sentimentos mais citados foram:   

  • 63% - Ansiedade;   
  • 43% - Alterações no sono; 
  • 25% - Passaram a comprar mais do que de costume.

De maneira geral, o impacto na vida dos colaboradores se resume a uma palavra: bem-estar. E este possui 5 dimensões: físico, mental, social, profissional e financeiro. 

  • Físico: está relacionado a capacidade de manter o corpo com energia suficiente para realizar as atividades diárias;
  • Mental: indica a presença de emoções positivas, bom-humor para lidar com os desafios da vida;
  • Social: está atrelado à capacidade de se conectar e construir relacionamentos positivos;
  • Profissional: indica estar consciente e alinhado sobre suas atividades profissionais;
  • Financeiro: habilidade de gerenciar sua vida financeira presente e futura.

Pessoas com preocupações financeiras têm 4x mais chances de sofrer de ansiedade e ataques de pânico e 5x mais chances de sofrer de depressão, atingindo assim diretamente a sociedade e empresas como um todo.

Essa mesma pesquisa ainda mostrou que o baixo índice de bem-estar financeiro custa aos empregadores do Reino Unido cerca de 39 a 52 bilhões de euros por ano.

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Quais atitudes o próprio colaborador pode ter?

Individualmente, existem alguns passos para se organizar financeiramente e fazer o salário render mais:

  1. Para não sair do limite do orçamento, o funcionário pode utilizar uma planilha de planejamento financeiro, mapeando receitas e gastos e o quanto sobra no final do mês;
  2. Caso esteja com dificuldades, ou o valor recebido não cubra todas as necessidades,  é possível oferecer e/ou incentivá-lo a estabelecer um plano de renegociação para quitação de dívida.  
  3. Se puder, invista: Encorajá-lo a manter uma reserva de emergência ou guardar dinheiro para a realização de um sonho, projeto e se preparar para a aposentadoria;
  4. Transformar tudo isso em rotina e acompanhar de perto.

Como as empresas devem enxergar e o que podem fazer?

As empresas devem enxergar o bem-estar financeiro dos funcionários como parte fundamental de uma estratégia de gestão de talentos e de criação de um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

Para promover o bem-estar financeiro dos colaboradores, as empresas podem adotar algumas medidas, como:

  1. Educação Financeira: oferecer programas de educação financeira, como workshops, palestras e materiais educativos, para ajudar os funcionários a desenvolver habilidades de gestão financeira e tomar decisões informadas sobre dinheiro.

  2. Benefícios Financeiros: implementar benefícios que apoiem o bem-estar financeiro, como planos de aposentadoria, assistência médica, seguro de vida, programas de ajuda para pagamento de dívidas e descontos em serviços financeiros.

  3. Flexibilidade Financeira: oferecer opções de pagamento flexíveis, como adiantamento de salário, pagamento de bônus e recompensas baseadas em desempenho, para ajudar os funcionários a lidar com despesas imprevistas.

  4. Incentivos de Poupança: xriar programas de incentivo à poupança, como correspondência de contribuições para planos de aposentadoria ou poupança, para encorajar os funcionários a economizar e investir no futuro.

  5. Consultoria Financeira: disponibilizar consultoria financeira ou orientação profissional para ajudar os funcionários a elaborar planos financeiros personalizados, gerenciar dívidas e fazer escolhas inteligentes em relação a investimentos e despesas.

  6. Cultura Organizacional: promover uma cultura organizacional que valorize o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, reduza o estresse relacionado às finanças e incentive o diálogo aberto sobre questões financeiras.

  7. Feedback e Avaliação: realizar pesquisas e avaliações periódicas para entender as necessidades e preocupações financeiras dos funcionários, adaptando os programas e benefícios conforme necessário.

  8. Parcerias Externas: estabelecer parcerias com instituições financeiras, consultores financeiros e especialistas em bem-estar financeiro para oferecer recursos adicionais e suporte aos funcionários.

Implementar ações assertivas e estratégicas, escolher parceiros que colaborem em cada fase e utilizar ferramentas adequadas são atitudes que melhoram não só todo este contexto, como também estreitam o relacionamento interno, estabelecem comunicação constante, aumentam a integração entre áreas, elevam a produtividade e aprimoram o engajamento.

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