Você já deixou de se candidatar a uma vaga de emprego por não preencher 100% dos requisitos? Já pensou que não conseguiria entregar um projeto no trabalho? Ou, até mesmo, deixou de aceitar uma oportunidade de emprego por sentir que não daria conta?
Esses e outros questionamentos são muito prejudiciais para a carreira e podem estar relacionados àqueles que possuem uma baixa autoestima profissional.
Se você se identificou e gostaria de saber mais sobre o assunto, continue lendo!
Antes de entender como a autoestima pode afetar a sua carreira, é importante saber, primeiramente, o que é autoestima.
A princípio, é necessário entender que a autoestima não é algo fixo, que você já nasce com ela boa ou ruim, na verdade, ela é construída ao longo da vida, de acordo com as experiências de cada um.
A partir de suas experiências de vida e da maneira como se relaciona com as outras pessoas, você construirá uma imagem sobre você, essa autopercepção é o que chamamos de autoestima. Ou seja, ela é a forma como você se enxerga no mundo e no que acredita ser capaz de fazer.
Vale ressaltar que a autoestima não está associada às conquistas de alguém, mas, sim, aos pensamentos que uma pessoa tem sobre si mesma. Por exemplo, uma pessoa pode ter recebido diversos prêmios em sua área de atuação e mesmo assim ter uma autoestima baixa, enquanto outra pessoa que nunca tenha recebido nenhum tipo de reconhecimento pode ter uma autoestima elevada.
Imagine uma situação fictícia em que a sua gestora te chama para liderar um projeto desafiador, de algo que você tem pouco conhecimento e experiência, mas ela acredita que você é a pessoa ideal para isso. Você aceitaria ou não a proposta?
É possível que a resposta seja “Sim” caso você tenha uma autopercepção positiva, do contrário, é muito provável que você tenha recusado.
Isso é apenas um exemplo de como a autoimagem pode te prejudicar profissionalmente, porque, muitas vezes, para que aconteça um desenvolvimento pessoal e profissional, é preciso se desafiar diversas vezes ao longo da vida.
Você precisa acreditar na sua capacidade para que consiga se arriscar na carreira, seja para mudar de emprego, aceitar uma nova frente de trabalho, se aplicar a uma vaga de liderança etc. O importante é tentar e não deixar oportunidades passarem por não acreditar em suas capacidades.
A construção de uma boa autoestima aumenta as suas chances de se arriscar mais no trabalho e, consequentemente, pode te trazer mais oportunidades e crescimento profissional.
A autoestima é o que te faz acreditar que é possível encarar situações desafiadoras de forma realista e positiva, e não desistir ou recuar sem antes fazer uma tentativa.
Isto é, ela aumenta a resiliência para lidar com desafios e, na esfera profissional, ela amplifica as chances de uma pessoa aceitar novas oportunidades e mudanças de uma maneira mais otimista e saudável.
Agora que você já aprendeu um pouco mais sobre autoestima profissional, é hora de colocar tudo isso em prática e melhorá-la com as nossas dicas.
O primeiro passo é se auto-analisar. Como você se vê? Como lida com críticas? Você se compara muito com os outros?
Faça uma série de perguntas para você mesmo e tente identificar em qual escala você se encontra na autoestima, perceba se a sua autoimagem é mais positiva ou negativa para, somente então, ir para as próximas etapas.
A percepção desajustada — percepção sobre si mesmo que não condiz com a realidade — é a principal causadora de baixa autoestima. Ou seja, a forma como você se enxerga nem sempre é a maneira como outras pessoas te veem e quando essas duas visões são muito distantes, a sua percepção está possivelmente desajustada.
Para corrigir isso e ter uma visão mais realista sobre você, tente questionar pensamentos que reforcem essa imagem negativa. Uma forma de fazer isso é, sempre que esse tipo de pensamento aparecer, buscar dados reais sobre ele.
Por exemplo, imagine que você sente que não é bom no seu trabalho. Antes de aceitar essa ideia como real, pense “O que prova que eu não sou bom no trabalho? Alguém já me deu um feedback sobre isso? Estou com um baixo desempenho? O que especificamente estou fazendo que não atendeu às expectativas?”.
Tente sempre encontrar dados na realidade que possam provar que isso acontece, se não encontrar, é muito provável que essa interpretação não seja real.
Vale reforçar que nem sempre isso vai funcionar, porque há casos em que o ambiente de trabalho é prejudicial ou outras situações atípicas que podem não ser confiáveis para tomá-las como definitivas. Para ajudar nisso, tente encontrar mais de um exemplo para reforçar a sua ideia.
Para fortalecer o exercício anterior, peça feedbacks de pessoas que você se sente confortável no trabalho, pois elas irão te ajudar a construir uma imagem real sobre você.
Solicite tanto feedbacks positivos quanto negativos para entender de forma profunda como seus colegas de trabalho te veem.
Não é fácil lidar com frustrações, mas saber lidar com elas de forma saudável é essencial para aumentar a sua confiança.
Entenda que erros e frustrações não são sinônimos de fracasso, mas sim uma fonte de aprendizado. Aprender a lidar com decepções de forma construtiva e otimista vai te ajudar a não se culpar ou duvidar de suas capacidades.
Então, quando errar ou não conseguir fazer algo, veja como uma experiência e não se culpe por isso, aprenda e mude para as próximas vezes que enfrentar desafios parecidos.
Por fim, para ajudar a colocar tudo isso em prática, busque a ajuda de uma pessoa psicóloga, esses profissionais são especialistas em comportamento humano e podem te orientar da melhor forma possível para que essas mudanças aconteçam.
Esperamos que você tenha aprendido um pouco mais sobre autoestima e carreira. Para mais dicas sobre carreira, processos seletivos e mercado de trabalho, nos siga no Instagram @gupy.empregos.