A Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho é a sensação contínua de exaustão mental e física, que impacta o bem-estar e a produtividade dos colaboradores.
O tema tem ganhado cada vez mais destaque, principalmente por conta das mudanças da pandemia da Covid-19.
Isso porque o confinamento tem gerado inúmeros problemas para a saúde mental das pessoas e consequentemente refletiu no trabalho.
É o que mostra a pesquisa “Estresse e Síndrome de Burnout nas empresas”, realizada pelo Runrun.it com mais de 1.500 pessoas: 61% afirma se sentir esgotado e sem energia no fim do expediente; 54% considera que a qualidade do trabalho caiu; e 38% admite que a eficiência também não se mantém a mesma.
Para entender mais sobre o assunto, continue a leitura e saiba como cuidar da sua saúde mental e a da sua equipe:
A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico relacionado ao esgotamento mental e físico no trabalho, que em casos mais graves pode resultar até mesmo em depressão profunda.
Esse termo foi criado, em 1974, pelo psicólogo alemão radicado nos Estados Unidos Herbert Freudenberger.
Até janeiro de 2022, a síndrome deverá ser incluída, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na nova classificação Internacional de Doenças (CID-11) como uma síndrome crônica que é um fenômeno ligado ao trabalho. Dentre os sintomas do Burnout estão:
A pesquisa “COVID-19 and mental health in Brazil: Psychiatric symptoms in the general population”, publicada no Journal of Psychiatric Research em janeiro deste ano, mostra justamente o avanço desses sintomas na população brasileira.
Segundo o estudo, das 1.196 pessoas entrevistadas, 81,9% apresentaram sinais de ansiedade, 68% depressão, 64,5% raiva, 62,6% sintomas somáticos e 55,3% problemas para dormir.
Ter dias exaustivos no trabalho, em que um ou mais dos sintomas citados acima surge, faz parte da rotina de todos.
Às vezes uma boa noite de descanso é o suficiente para renovar as energias. No entanto, a Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho é uma condição que acompanha os colaboradores de maneira contínua e requer acompanhamento psicológico.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é somente o estresse ou a sobrecarga que levam à Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho. A experiência laboral como um todo, desde as atribuições do cargo, remuneração, reconhecimento e cultura organizacional são fatores que podem afetar negativamente o bem-estar dos colaboradores se eles não se sentirem conectados e valorizados pela empresa. É o que apresenta a pesquisa “Employee Burnout: The Biggest Myth”, realizada pela Gallup, com os principais motivos que geram essa síndrome:
1) Injustiças no trabalho.
2) Sobrecarga de trabalho.
3) Problemas na comunicação com os líderes.
4) Falta de suporte da gestão.
5) Pressão exacerbada.
Portanto, microgerenciar as equipes esperando para que elas entreguem cada vez mais em menos tempo pode causar justamente o efeito contrário, já que pessoas com a Síndrome de Burnout têm uma taxa maior de absenteísmo, estão menos engajadas e conectadas com o trabalho, o que também pode afastar emocionalmente cada vez mais os profissionais de suas atividades.
Em relação ao trabalho remoto, motivos relacionados à ergonomia e cuidados físicos podem estar atrelados ao surgimento do Burnout. Para especialistas ouvidos pela revista Gama, os principais fatores para o home office ser mais exaustivo durante a pandemia são as horas seguidas diante do computador e o acúmulo de responsabilidades domésticas e trabalhistas. Além disso, a má alimentação, falta de exercícios físicos, diminuição do sono e de momentos de lazer comprometem a resistência do corpo e da mente, o que aumenta o desânimo e o estresse.
Para evitar a Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho há cuidados que podem ser realizados pelos próprios colaboradores no dia a dia, mas é essencial que as empresas também adotem medidas para prevenir e auxiliar funcionários que se encontrem nessa situação.
Dentre os cuidados que você pode ter, estão fazer pausas periódicas de 3 minutos cada 1 hora de trabalho, fazer exercícios de respiração para aliviar a tensão, evitar o cansaço dos olhos bloqueando a luz azul das telas com a ajuda de programas como o f.lux, se desconectar do trabalho após o fim do expediente e expressar ao seu gestor quando a sua carga de trabalho estiver sobrecarregada.
Essas duas últimas dicas, no entanto, só são efetivas quando as empresas estão comprometidas com o bem-estar dos colaboradores, pois se for um padrão dos gestores mandar mensagens a qualquer horário, dificilmente as equipes vão ficar sem checar e-mails fora do expediente.
Para isso, o setor de RH da sua empresa pode promover treinamentos para os líderes conseguirem gerenciar as equipes sem afetar o bem-estar. Um dos métodos que está sendo cada vez mais adotado pelo meio corporativo é a comunicação não-violenta, que serve para manter uma relação harmoniosa sem deixar de ouvir as próprias necessidades. As 4 noções básicas são:
Para evitar a sobrecarga de trabalho, a sua empresa também pode adotar ferramentas de gestão de tarefas como o Runrun.it, que também possui a função de indicador de capacidade, que mede o tempo de uma tarefa pela disponibilidade da sua equipe, assim você consegue delegar tarefas de maneira justa.