Produtividade é a palavra de ordem do mercado. Fazer "mais com menos" é essencial para que o cliente obtenha o melhor produto ou serviço por um preço menor, o que garante a competitividade. Para isso, a qualidade e o engajamento dos recursos humanos é fundamental.
Mas como conseguir esse empenho dos colaboradores? Com treinamento e remuneração adequada? Embora essas medidas sejam importantes, é preciso começar antes, com uma boa seleção de candidatos. Quer entender o porquê?
A produtividade da empresa depende diretamente da atuação e satisfação do conjunto de colaboradores. Muitas pesquisas apontam para este fato. A Universidade de Warwick, por exemplo, constatou que funcionários satisfeitos são 12% mais produtivos, e que os insatisfeitos têm rendimento 10% menor que a média.
E não se trata apenas de produzir mais, mas também de reduzir custos. Um dos maiores vilões de escoamento de recursos é o famoso turnover. Nos Estados Unidos, enquanto a média de rotatividade do varejo ultrapassa os 100%, empresas que se preocupam com seu capital humano conseguiram reduzi-la para índices em torno de 5 a 7%.
Portanto, se a competitividade depende de produzir mais e gastar menos, a satisfação do quadro de colaboradores cumpre esses dois requisitos, contribuindo para a competitividade.
Mas como isso se relaciona com a seleção de candidatos? Como ela pode aumentar a satisfação dos funcionários, reduzir o turnover e aumentar a produtividade da empresa? Entenda melhor:
Em primeiro lugar, é importante entender que dois fatores são muito importantes para a produtividade dos colaboradores — conhecimento e competências.
O conjunto de saberes pode ser adquirido de forma mais simples por meio de programas de treinamento, mas o desenvolvimento das competências é um processo que leva tempo e depende também do perfil pessoal e profissional.
Portanto, a qualidade do trabalho apresentada pelo funcionário depende tanto de características inatas, como preferências pessoais e estilo de trabalho, quanto de habilidades que podem ser adquiridas com empenho e processos de qualificação.
O candidato que possui esses dois elementos tem o perfil ideal para ocupar determinada vaga.
Se a empresa detecta no candidato as qualidades pessoais necessárias, mas não o conhecimento, esse desajuste pode ser facilmente resolvido com um bom programa de treinamento.
No entanto, quando a vaga é ocupada por um profissional que não tem o perfil apropriado para o exercício da função, inicia-se uma relação muito mais desgastante e com resultados insatisfatórios para as duas partes.
O colaborador, embora tenha buscado a oportunidade por diversos motivos, enfrenta desgaste psicológico e estresse por se sentir pressionado a executar tarefas para as quais não tem aptidão. Com a insatisfação, ele se torna cada vez menos produtivo.
O resultado é um trabalho com qualidade inferior às expectativas do empregador e baixa produtividade. Essa situação tem apenas um desfecho possível — a demissão do funcionário, seja por iniciativa própria ou por decisão da empresa. Inicia-se assim o ciclo do turnover.
O índice de rotatividade, também conhecido como turnover, gera custos e afeta a produtividade da empresa de diversas maneiras:
Se o turnover é um dos grandes "vilões" da produtividade empresarial, e sua origem se dá porque os candidatos não possuem o perfil ideal para o cargo, o problema pode ser evitado com um bom processo de recrutamento.
Ao planejar e realizar a seleção de candidatos de forma criteriosa, a empresa avalia os candidatos considerando não apenas os seus conhecimentos e experiência, mas principalmente o perfil profissional.
Mais importantes que o conhecimento ou até mesmo a experiência de trabalho do candidato são habilidades como relacionamento interpessoal, proatividade e criatividade. Essas características não surgem a partir de um programa de treinamento.
E é justamente a correspondência entre essas características pessoais e os requisitos da função que aumenta as possibilidades de um funcionário se sentir satisfeito e, consequentemente, produzir mais e melhor.
Conhecer as atividades que serão desempenhadas, traçar um perfil do colaborador ideal para executá-las e elaborar estratégias para identificar os candidatos que possuem essas qualidades deve ser o foco do processo de recrutamento.
Portanto, em vez de simplesmente procurar por alguém que domine um software, por exemplo, busque focar a avaliação em qualidades pessoais como introversão ou extroversão, preferência por trabalho individual ou em equipe, sentimentalismo ou racionalidade.
Essas características podem representar a diferença entre acertar em cheio no recrutamento de um colaborador ou escolher um funcionário sem o perfil adequado para a vaga e reiniciar o ciclo do turnover, reduzindo a produtividade e a competitividade.
Viu como a seleção de candidatos pode contribuir para a produtividade da empresa? Para ficar sempre antenado sobre ferramentas para gestão de pessoas, siga-nos no Facebook e LinkedIn! Você gostará das novidades que encontrará por lá!