Participar de processos seletivos é um grande comprometimento que todo trabalhador(a) em busca de emprego dispõe. É, de certa forma, um trabalho não remunerado: acordar cedo, procurar por vagas, preencher candidaturas, realizar testes, fazer entrevistas…
Não é simples nem fácil, mas completamente necessário.
O que profissionais percebem, no entanto, é que empresas têm adicionado diversas etapas nos processos seletivos. Essa prática exige muito mais foco, energia e disposição por parte das pessoas candidatas, além de prejudicar a agilidade para o RH.
Segundo a CareerBuilder, 4 entre 5 pessoas candidatas consideram os processos seletivos como indicador de como as empresas valorizam seus colaboradores. E sendo o recrutamento a entrada para a empresa, isso torna-se um grande problema.
Diante disso, inicia-se a discussão: quantas etapas um processo seletivo deve possuir?
Bom, antecipo que não existe resposta exata.
Contudo, neste artigo vamos ajudar você a entender os problemas dos processos seletivos longos e daremos dicas para escolher a quantidade de etapas adequadas para cada vaga.
Para aprofundarmos um pouco na relevância do tema, separamos alguns dos problemas que processos seletivos com muitas etapas acarretam para a empresa e para as pessoas candidatas. Confira!
A principal delas é a má experiência. Para uma pessoa em busca de emprego, ter que passar por processos seletivos e entrevistas já é algo trabalhoso. Agora, se esse processo contém muitas etapas, sendo parte delas pouco relevantes, a busca por emprego torna-se mais difícil (e até frustrante).
Por isso, precisamos preservar a boa experiência para as pessoas que serão nossas colaboradoras.
Entendemos que, muitas vezes, as pessoas recrutadoras possuem prazos apertados para contratação. Por esse lado, processos seletivos com muitas etapas acabam prejudicando a agilidade na hora de fechar uma vaga. E para as pessoas candidatas, o tempo para receber uma resposta (seja positiva ou não) também aumenta.
Segundo levantamento feito pela própria Gupy na nossa plataforma, processos seletivos com 6 etapas tendem a demorar 54% a mais de tempo para fechar uma vaga.
Não é raro encontrar pessoas candidatas que desistiram de um processo por ser muito longo. Uma pesquisa feita pela CareerBuilder mostra que 60% das pessoas candidatas já começaram e desistiram de um processo seletivo porque era muito longo.
Ainda sobre a mesma pesquisa, a maioria dos respondentes (62%) acreditam que uma aplicação para uma vaga deve durar no máximo 20 minutos.
Mesmo que você não trabalhe ativamente, sua empresa possui uma marca empregadora (que é, em poucas palavras, a imagem da sua empresa perante às pessoas candidatas). Processos longos e morosos prejudicam essa percepção de marca, fazendo com que fique mais difícil atrair bons talentos.
Acredito que agora o impacto de um processo seletivo longo ficou mais claro. Agora, vamos mostrar uma forma mais prática de definir a quantidade adequada de etapas em um processo seletivo.
Como dito, não existe uma quantidade universal que funcione para todos os contextos. Tudo depende da complexidade da vaga e das competências e habilidades que são necessários analisar.
De qualquer forma, você pode utilizar as dicas a seguir para entender melhor como nivelar a quantidade de etapas no processo seletivo. Confira.
Os pré-requisitos ajudam a filtrar, logo no início, as pessoas que estão aptas para a vaga. Por exemplo: para uma posição de motorista é fundamental possuir CNH. Dessa maneira, utilize esse fator como pré-requisito para seguir no processo. Conhecer de alguma ferramenta específica também pode ser um requisito.
Existem vagas muito específicas e que são difíceis de serem preenchidas, mas ter um processo longo e cheio de etapas não é a melhor saída. Ao entender o nível de complexidade da posição, você terá uma ideia melhor de quais testes e etapas inserir.
Para cargos que tomam decisões de alto risco, é interessante inserir um teste situacional, por exemplo. Mas torna-se desnecessário, na maioria das vezes, para posições de menor risco.
Geralmente, um ou dois testes são o suficiente para o processo. Afinal, na própria entrevista de emprego é possível descobrir informações relevantes sobre habilidades e domínios técnicos, por exemplo. Dessa maneira, dedique mais esforço para o momento da entrevista e não aplique muitos testes.
Agora, que tal separar um tempinho para revisar as boas práticas que um RH deve seguir em um processo seletivo?
Os retornos são uma fonte de conhecimento para as pessoas candidatas. Afinal, é assim que entendem onde precisam evoluir e aprimorar para as próximas oportunidades. Então, sempre dê feedbacks para todo mundo que se aplicou à vaga.
Essa frente é algo que a Gupy tem focado bastante. Criamos o selo Empresa que dá feedback para reconhecer as empresas que têm uma taxa de feedback de no mínimo 90%. Também existe um alerta na plataforma que os RHs vejam a quantidade de pessoas que ainda não receberam retorno sobre a posição.
Escute a opinião das suas pessoas candidatas. São elas que passam pelo recrutamento, então nada mais justo que suas opiniões sobre tal sejam ouvidas.
O processo ainda está longo ou certa etapa não faz sentido? Ouça e aplique as sugestões que fazem sentido nos processos seletivos futuros. Assim, você colherá as ideias oportunas para melhorar e evoluir de forma contínua.
E, claro, sempre escolha as etapas que fazem sentido para a posição. Avaliar questões de matemática avançada para uma pessoa que irá trabalhar com a escrita não faz muito sentido, não acha? Isso garantirá um processo mais preciso e direcionado, poupando tempo e energia de ambos os lados.
Além da plataforma possibilitar uma aplicação rápida e simples, também abre para quem recruta a possibilidade de escolher a quantidade de etapas contidas no processo seletivo.
Dessa maneira, as únicas etapas fixas são a de Cadastro e de Contratação. Todas as outras etapas de testes, entrevistas e avaliações são escolhidas pela empresa recrutante.