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PDI: o que é, como fazer, erros comuns e boas práticas

Escrito por Guilherme Dias | GUPY | 06/9/2021

Para quem deseja alcançar novos planos de carreira, aplicar o método PDI pode ser uma ótima solução, visto que ele ajuda a conquistar os melhores resultados com o desenvolvimento profissional e pessoal, sem deixar as boas práticas de objetivos, prazos e avaliação de desempenho.

Para conseguir conquistar objetivos profissionais e até mesmo pessoais é preciso estabelecer metas, e bom jeito de se preparar é por meio do PDI (Plano de Desenvolvimento Individual). Isso porque com esse plano é possível estruturar diversas ações para se desenvolver e chegar onde deseja sem perder o foco.

Assim, um projeto que sempre quis tocar ou uma sonhada promoção no trabalho, por exemplo, podem sair do papel, pois este roteiro ajuda a se preparar para se desenvolver e enfrentar os desafios, sem se deixar levar por escolhas aleatórias.

Se você pretende dar passos estrategicamente pensados para alcançar o seu desenvolvimento, continue com a gente e entenda o que é e como realizar o PDI com boas práticas.

 

O que é PDI?

O PDI, Plano de desenvolvimento Individual, é uma forma de ajudar um indivíduo a atingir seus objetivos, tanto profissional quanto pessoal, de curto e longo prazo.

Dessa maneira, o PDI é um caminho para carreira, onde busca alinhar os interesses do colaborador com os anseios da organização, como instituir desejos, ideias e transformá-los em um plano de ação, levando em consideração as metas de curto prazo, que se refere às competências a serem desenvolvidas para conseguir a atividade que deseja realizar.

Como resultado, visualizando o valor desse programa os ganhos virão naturalmente, pois o empregado terá o aumento do foco, motivação, energia e produtividade para o serviço, para que ele consiga chegar onde deseja.

Embora seja mais aplicado no âmbito organizacional, o PDI vai além das organizações e pode ser realizado sozinho, especialmente para quem busca autodesenvolvimento em sua carreira. Mas, para auxiliar na escolha dos objetivos, o ideal é que o roteiro e sua execução sejam acompanhados por um profissional, a fim de conquistar os resultados desejados sem sair do foco.

Qual a sua importância?

Com o passar dos anos, é comum que as pessoas queiram se desenvolver em sua carreira. Desse modo, para quem busca formas de crescimento profissional interno ou ainda desenvolver novas lideranças utilizar uma metodologia como o PDI é essencial.

Isso porque, além de ser reconhecido no mercado, com esse plano a organização pode direcionar o crescimento dos funcionários selecionados para que eles possam executar de maneira mais precisa o que foi estabelecido no roteiro, tendo novos talentos com características que podem ser identificadas pelo RH da empresa. Com isso, a organização pode desenvolver um profissional apto para realizar uma determinada função importante.

Por outro lado, com os feedback dos gestores, o próprio funcionário consegue visualizar seus pontos fortes, limites, capacidades e falhas, trabalhando esse contexto com mais clareza e sabendo melhor sobre a sua trajetória. Pois, um plano destinado exclusivamente a ele, faz com que o colaborador se sinta valorizado e se vê como alguém que participa do crescimento da organização.

Além disso, com o PDI é possível mostrar para o gestor o que o empregado tem feito de bom e o que ele pode melhorar em seu desenvolvimento, sem deixar que as boas práticas fiquem para trás com o tempo.

Como fazer o PDI na empresa?

O PDI tem sido bastante utilizado nas empresas, sendo atrelados a um objetivo específico e para facilitar o monitoramento da evolução das competências de cada colaborador, indicando o caminho para que ele possa obter um novo patamar na carreira, seja uma mudança profissional, um projeto ou uma promoção.

No entanto, para que o plano seja implantado de maneira eficiente na empresa, é necessário considerar algumas estratégias e aspectos, tais como:

Desenvolver competências

A partir do momento em que o objetivo está claro, é necessário entender quais as competências devem ser desenvolvidas para que o que pretende seja alcançado. Ao contrário do que muitas pessoas acham, além dos diferenciais e pontos fortes, também é importante desenvolver os pontos fracos. Diante disso, deve criar estratégias para que os pontos fracos sejam trabalhados, sem que eles não impeçam de conquistar os objetivos.

Estabelecer planos e metas

Os objetivos precisam ser bem definidos, a fim de alinhar os anseios pessoais com os profissionais e evitar conflitos. Também vale a pena listar alguns desafios que poderá encontrar nos próximos meses e estabelecer metas para concretizar os planos. As metas definidas é uma maneira de assegurar se haverá o cumprimento ou não do proposto, sendo preciso entender quais serão adequadas para cada situação.

Definir um cronograma

Para evitar adiar o plano e manter o foco, é preciso definir um cronograma com datas e ações possíveis de executar. Neste caso, para conseguir uma determinada meta, é necessário separar uma atividade e estabelecer um prazo razoável. Evite estipular um cronograma com prazos apertados, pois caso não sejam cumpridos vai gerar frustração.

Avaliar pontos fortes e fracos

Uma boa base para realizar um PDI eficiente é considerar o mapeamento das competências e avaliar os pontos fortes e fracos. Nesse contexto, para atingir os objetivos e colocar o plano em ação é importante aprimorar os pontos fortes e buscar identificar as eventuais vulnerabilidades para que elas possam ser corrigidas.

Calcular os custos necessários

Para atingir as metas, algumas ações podem apresentar custos. Com isso, é importante não ser pego desprevenido e ter conhecimento tanto do tempo quanto dos gatos que podem ser gerados. O levantamento e o cálculo dos custos são essenciais para evitar um desequilíbrio financeiro e fazer com que os objetivos sejam alcançados. Algumas dessas despesas podem incluir compra de livros, cursos de aperfeiçoamento, aquisição de ferramentas ou equipamentos, seminários e eventos de capacitação.

Analisar a situação

Dentro de uma empresa é importante conhecer seu contexto. Diante disso, o PDI pode ser uma ótima ferramenta para entender as fraquezas, forças, ameaças e oportunidades que cercam a organização. Já no caso do funcionário, uma análise comportamental pode esclarecer o que precisa ser aperfeiçoado. Essas análises podem ser facilmente realizadas pelo analista de Recursos Humanos ou gestor da área.

Coletar o feedback

Para uma boa implementação do PDI a opinião de outras pessoas é bem-vinda, como de colegas, líderes, gestores, colaboradores e até mesmo dos próprios clientes. O feedback é importante para tratar de detalhes e regularizar os objetivos e metas, de forma que cada funcionário em sua individualidade obtenha os resultados esperados nas avaliações de desempenho.

Como saber quando implementar o PDI na empresa?

Qualquer empresa pode implementar o PDI, mas não é a todo momento que o método pode ser aplicado. Isso porque é preciso se atentar para a empresa e, principalmente na disposição do funcionário, observando se sua capacitação se encaixa na estrutura organizacional.

Quando a qualificação do colaborador e a avaliação de desempenho estão dentro dos resultados previstos, este é o momento ideal para criar o PDI.

Quais são as boas práticas de PDI?

A forma de funcionamento do PDI é usada para constituir um caminho que o colaborador precisa seguir, proporcionando um processo de desenvolvimento personalizado e específico. Assim, a estrutura do plano procura sempre se alinhar as expectativas do funcionário e empresa, com boas práticas, tais como:

Defina objetivos

Quando se pensa onde deseja chegar, os objetivos precisam estar bem definidos para que sejam alcançados. As atividades devem estar em conformidade com o desenvolvimento de competências consideradas importantes para o objetivo da empresa e metas dos colaboradores. Para não perder o foco ou desmotivar, os objetivos devem ser estabelecidos em maiores e menores para que seja possível acompanhar com mais precisão o andamento de cada etapa.

Conheça o colaborador

Acompanhar e conhecer o funcionário também são um ponto muito importante, mesmo que o desenvolvimento de competências não tenha sido realizado. Situações de conflitos de interesse, pontos de tensão, desmotivação e dificuldades para desempenhar determinadas atividades, podem ser facilmente mapeadas quando o colaborador é acompanhado.

Com isso, é possível observar quando o profissional necessita de ajuda para realizar um projeto, se ele está feliz nesse setor, bem como buscar alternativas que visam aprimorar a equipe juntamente das competências precisas para cada área.

Estipule prazos

Para que o PDI tenha resultados é essencial estipular prazos que não sejam restritos, para que consigam entrar na rotina, e também não tão longo, para que possa ser avaliado de tempos em tempos. Por isso, os prazos estabelecidos são de curto, médio e longo, sendo que podem durar cerca de três meses a um ano. Dessa forma, cada plano pode haver um objetivo e tempo distintos para que sejam alcançados.

Avalie o desempenho

Para maiores chances de sucesso da implementação do PDI, é importante ele estar bem estruturado, com a análise dos objetivos da empresa com a avaliação de desempenho do colaborador, pois em a realização desses processos não será possível ter bons resultados. A avaliação serve para analisar as competências que cada funcionário precisa, e a partir dos resultados é possível desenvolver ações para melhorar os principais pontos de desempenho.

Conheça as ferramentas utilizadas

Para aplicar o PDI de forma mais eficiente, vale a pena usar ferramentas que permitem definir o melhor caminho a ser seguido. Um desses instrumentos é o 5W2H, que traz perguntas e respostas que auxiliam a obtenção de um planejamento bem direcionado e estratégico. Desse modo, os critérios propostos pelo profissional para condução do autodesenvolvimento estará mais bem estabelecido.

Quais as vantagens do PDI?

Para a gestão e desenvolvimento de carreiras o PDI é um método poderoso. As empresas e os próprios colaboradores utilizam esta ferramenta para estabelecer objetivos específicos, como se preparar para uma promoção, criar novos projetos e melhorar habilidades interpessoais. Mas, além disso, implementar o PDI traz algumas vantagens, como:

  • proporciona a motivação aos colaboradores;
  • aumenta o engajamento e produtividade;
  • melhora a organização;
  • alinha os objetivos;
  • promove o cumprimento de metas;
  • diminui o turnover;
  • estimula a promoção de um clima organizacional mais saudável;
  • oferece a aproximação entre o gestor e colaborador.

Essas vantagens não são somente voltadas para a organização, pois também traz benefícios para os colaboradores. O feedback passado pelo gestor sobre sua carreira, por exemplo, oferece mais clareza ao funcionário, fazendo com que ele entenda que há diversas ações estratégicas nos processos que precisam estar bem planejadas.

Com isso, o profissional se sente mais motivado e engajado a cumprir suas metas e objetivos, visto que passa a perceber que a empresa também investe em seu desenvolvimento e competências. Além disso, por meio da Avaliação de Desempenho, o funcionário tem mais autonomia de sua carreira, pois pode controlar sobre o seu próprio desenvolvimento.

Quais os desafios do PDI?

Além dos desafios diários enfrentados no serviço, como entrega de mercadorias, competição entre os funcionários e trabalhos de curto prazo, é preciso administrar esses acontecimentos para não sobrecarregar os problemas e interfiram no emocional.

A elaboração das etapas do PDI também é outro ponto de desafio, pois é preciso sair da zona de conforto e ao mesmo tempo estabelecer metas que sejam atingíveis para evitar futuras frustações. Esses critérios servem tanto para a empresa quanto para o colaborador, que devem ter disciplina e autocontrole para conseguir colocar em prática os objetivos a serem alcançados.

Quais os erros comuns cometidos durante o PDI?

Traçar metas e desenvolver habilidades não acontece do dia para a noite. Isso porque é preciso enfrentar desafios para priorizar as competências, e uma escolha errada nesta etapa fazem com que muitos PDI darem problemas. Entre os erros mais comuns, podemos citar:

  • pouco ou nenhum comprometimento do colaborador;
  • definir metas inatingíveis;
  • falta de acompanhamento do trabalhador;
  • desprezar o cumprimento das etapas;
  • focar apenas nas metas e não planejar a carreira do funcionário.

Como visto, para que o PDI seja bem feito é importante considerar suas boas práticas e agir para que os objetivos sejam alcançados. Com o andar do processo e a evolução do colaborador poderá haver a possibilidade da inclusão de um novo desafio, que deverá incrementar o plano.

Assim, diversos fatores podem ajudar no PDI e trazer benefícios tanto para o funcionário quanto para a empresa, proporcionando otimizações individuais, aumentando a satisfação e melhorando a convivência entre a equipe, que se sentem mais qualificadas para contribuir com o crescimento da organização, com trabalho produtivo e saudável.

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