Neste podcast, conversamos com Rafael Quinteiro, Senior Partner & Head of HR da Bridge Consulting, e responsável por criar a área de People Management dentro da organização.
Cesar para Rafael: Como é para os líderes da Bridge Consulting terem que fazer gestão dos colaboradores que estão imersos na cultura dos clientes?
De fato, em uma consultoria onde os consultores estão dentro das empresas clientes, eventualmente eles poderão ser influenciados pela cultura do cliente. Então tem que ter um trabalho para manter a identidade e, ao mesmo tempo, ser flexível a ponto de não acontecer de ambas as culturas (cliente e Bridge) baterem de frente e causar atritos no desenvolvimento da consultoria.
O grande desafio é ter uma identidade da consultoria – seus valores, manter a nossa cultura, ter tudo bem claro nele e do mesmo modo fazer os consultores entenderem que é preciso ter flexibilidade para não gerar atritos.
Cesar para Rafael: Além da Pulses, vocês tem utilizado algum outra ferramenta ou ritual para ouvir os colaboradores?
Temos rituais, como a reunião geral, onde reunimos todas as nossas unidades do Brasil para participar das discussões – abordando status de projetos, abrindo para perguntas e traçarmos, em conjunto, novas rotas.
Eu prego muito por uma cultura de abertura, em que todos têm o direito de levantar a mão e dizer como faria/resolveria algum problema na sua perspectiva.
Cesar para Rafael: Vocês empoderaram os líderes à tomarem conta da ferramenta Pulses e dos dados gerados. Como foi essa decisão? Você vê benefício na descentralização da gestão do clima e engajamento?
Eu gosto sempre de pensar em testes, em fases. Para mim nada é escrito em pedra. Por isso, todos os projetos tem um líder. Mas cada líder tem acesso apenas ao seu projeto, então gosto e é muito natural fazer um teste. Claro, apos cerca de 3 meses de Pulses, em que rodamos a ferramenta e nesse meio tempo, criando uma cultura de feedback com os colaboradores.
Se eu prego uma cultura onde as pessoas podem dizer o que pensam, os líderes tem que ter acesso a isso. Eu tenho que empoderar eles a tomarem frente.
Os resultados forram incríveis, porque os lideres começaram a olhar esses dados, a criar planos de ação e implementar em seus times para conseguir mudar o que estava ruim ou reforçar o que ja estava bom.