Blog de RH | Gupy

O que é liderança situacional e como colocá-la em prática?

Escrito por Guilherme Dias | GUPY | 27/9/2021

Liderança situacional é um método de liderar que se originou da teoria de dois estudiosos, Paul Hersey e Kenneth Blanchard.

Os estudos defendem que líderes de alta performance não adotam um único método para conduzir uma equipe. Eles adaptam seu modelo de liderança ao cenário econômico.

Para isso, devem ser capazes de trabalhar aspectos como inteligência emocional, condições técnicas, realizar análise SWOT, estudar sobre a vantagem competitiva e relacionar todas essas informações ao contexto vivido pela empresa.

O assunto despertou o seu interesse? Continue a leitura!

O que é liderança situacional?

A liderança situacional é um modelo de liderança que gira em torno da capacidade do líder de se adaptar a qualquer contexto e situação econômica enfrentada pelo segmento de atuação da sua empresa.

Esses líderes são pessoas capazes de manter um time de alto desempenho mesmo diante de crises. Para isso, é fundamental que o profissional saiba gerir o capital intelectual da empresa com maestria, utilizando as competências técnicas e comportamentais do seu time para alcançar os resultados esperados.

As empresas devem desapegar da gestão engessada e que aplica fórmulas prontas, já que resiliência é a palavra que melhor define as equipes administradas por esse modelo de liderança. 

Sendo assim, é correto afirmar que os times podem reunir colaboradores com variados níveis de competências e habilidades e até mesmo engajamento e entusiasmo, desde que essas características sejam complementares. 

Quais são as principais características da liderança situacional?

Você já deve ter notado que a principal característica da liderança situacional é a resiliência. O dicionário explica o significado da palavra como uma habilidade para líder com situações adversas.

É exatamente isso que o líder situacional faz: encontra uma maneira da sua equipe se adaptar e entregar bons resultados em qualquer contexto.

Dito isso, as principais características dos gestores que operam nesse modelo de liderança, além da capacitada de adaptação, são:

  • apoio — o líder situacional é capaz de apoiar as equipes sem interferir no trabalho de cada liderado, delegando tarefas de modo humanizado, sem precisar pressionar os colaboradores ou fazer com que duvidem da sua capacidade.
  • comunicação — o líder situacional se comunica com maestria, mantendo diálogo aberto e estimulando a confiança das equipes para que trabalhem com autonomia;
  • direcionamento — está apto para acompanhar e direcionar seus liderados em todas as etapas de execução de uma tarefa, propondo direcionamentos precisos;
  • orientação — nesse modelo de liderança, os gestores orientam pelo exemplo e pela empatia, transmitindo seus ensinamentos com sabedoria, acolhendo os colaboradores sempre que necessário e atuando em parceria sem prejudicar o planejamento, garantindo que os resultados esperados sejam alcançados e até mesmo superados.

Para além dessas características do profissional como líder, ele precisa ter o mesmo jogo de cintura com o mercado.

Empresas que aplicam a liderança situacional devem prezar por gestores atualizados e interessados em acompanhar as tendências do mercado.

Devem, ainda, oferecer programas de treinamento e desenvolvimento periódicos, para que o senso de urgência esteja sempre apurado, bem como a criatividade para resolver problemas e contornar situações adversas.

 

Quais são os principais estilos da liderança situacional?

Já falamos por aqui que a liderança situacional não segue um modelo de gestão engessado. Não porque um modelo de gestão é melhor do que outro, mas sim porque ações, técnicas e metodologias devem ser aplicadas respeitando o contexto.

Mesmo assim, existem 4 tipos de liderança, que estão diretamente relacionadas as características do líder situacional. Entenda:

  • E1 (Direção) — aplica em situações onde a autonomia dos profissionais deve ser restrita e as atividades exigem supervisão;
  • E2 (Orientação) — os profissionais são pessoas aptas a contribuir com as melhores ideias para um negócio, pois conhecem a empresa e o público como ninguém. Entretanto, em campanhas robustas, com envolvimento da alta gestão, as equipes devem ser estimuladas e orientadas a fornecerem sugestões valiosas e bem fundamentadas para que os gestores aprovem sua execução;
  • E3 (Apoio) — a supervisão sai de cena para que o líder assuma o papel de colaborador e incentivador, facilitando o trabalho dos profissionais;
  • E4 (Autonomia) — o líder se limita a delegar responsabilidades para manter o trabalho organizado, mas os processos de tomada de decisões bem como a realização de tarefas são de responsabilidade integral das equipes.

Cabe ao líder, com toda a sua experiência, saber qual o tipo de liderança mais adequado para cada projeto do seu setor. 

Quais são os níveis da liderança situacional?

Não é só o cenário que define o tipo de liderança que deve ser aplicado. A maturidade das equipes também deve ser considerada.

O nível de maturidade está diretamente relacionado ao nível de capacitação profissional. Tanto na hora de formar uma equipe quanto para gerir um projeto ou uma crise, os líderes devem considerar em qual patamar os seus liderados se enquadram.

Por meio de avaliação de desempenho, seguido de programas de treinamento e desenvolvimento, é possível detectar e evoluir esses níveis. Conheça:

  • P1 (baixa vontade e baixa capacidade) — quando as equipes ainda não tem conhecimento técnico e competências comportamentais o suficiente para agir de forma autônoma;
  • P2 (alta vontade e baixa capacidade) — quando já são mais experientes, mas ainda precisam de apoio constante para realizar tarefas;
  • P3 (baixa vontade e alta capacidade) — já tem habilidades técnicas e comportamentais, mas estão desmotivados ou não tem confiança para serem autônomos;
  • P4 — quando a equipe está apta para ser submetida a qualquer modelo de liderança.

Perceba que, dependendo do patamar, as necessidades mudam. Por exemplo, mesmo que o estilo de liderança E4 se aplique a determinada situação, o líder deve optar pelo E1 já que os colaboradores ainda estão sendo treinados (P1).

Quais são as vantagens da liderança situacional?

A liderança situacional é, acima de tudo, uma metodologia de gestão estratégica de pessoas e negócios.

Como tudo que é estratégico, traz diversos benefícios para a organização. Confira alguns!

Redução de conflitos internos

Como o líder situacional precisa desenvolver habilidades de comunicação e empatia, ele passa a se relacionar melhor com a sua equipe.

Outro ponto que merece destaque é sobre conhecer esses profissionais. As avaliações de desempenham revelam o patamar de maturidade no qual esses colaboradores se encontram, logo, suas características são conhecidas.

Não é ótimo perceber que a sua empresa não precisa ficar amarrada a um único modelo de gestão?

O líder sabe o que esperar dessas pessoas e como falar com elas. Como resultado, reduz as chances de conflitos.

Comunicação mais eficiente

É valido reforçar que a liderança situacional aumenta a eficácia da comunicação. Além de reduzir conflitos, também proporciona um aumento do fit cultural entre empresa e profissionais.

Nada melhor para o ambiente de trabalho do que ter um time conectado com visão, missão e valores do negócio, não é mesmo?

Funções bem estabelecidas

Um time com funções bem estabelecidas é outro segredo para a manutenção de um clima organizacional positivo.

O trabalho não é atropelado, os colaboradores não se sentem invadidos ou desprestigiados e a tendência é que o desempenho dessas equipes aumentem. Afinal, cada profissional sabe exatamente o seu papel em cada projeto.

Isso também causa impacta direto em novos processos de recrutamento e seleção. Sabendo exatamente do que a equipe precisa, a tendência é que a contratação seja certeira.

Processo de tomada de decisão seguros

Todas as vantagens citadas até agora, bem como características desse modelo de liderança e outras informações contidas neste post, conduzem a empresa para processos de tomada de decisão mais seguros.

Observar os colaboradores, estudar cenários, manter-se atualizado, se comunicar com eficiência contribuem para formar uma base de dados sólida sobre as equipes, o mercado de trabalho e suas tendências.

A função do líder situacional, aliada a ferramentas de gestão — como softwares de recrutamento e seleção — garante que a empresa faça as escolhas certas para continuar crescendo. 

Citamos nos tópicos anteriores que o papel do líder é essencial para identificar o perfil ideal de novos colaboradores.

Os softwares de RH, por sua vez, otimizam e agilizam a jornada de contratação, revelam a melhor decisão para o contexto da empresa e contribuem para que os resultados sejam alcançados com mais rapidez.

A liderança situacional não é um conceito novo, mas se torna tendência em um cenário como o que enfrentamos agora.

Não foi só a pandemia que exigiu resiliência e capacidade de adaptação de empresas e colaboradores. As novas gerações que entram no mercado tem sede de desenvolvimento, de dinamismo, de autonomia e de parceria.

Quanto mais os negócios e líderes demorarem para se adaptar, mais difícil vai ser para atrair e reter talentos. Perder espaço para a concorrência será inevitável.

Portanto, invista na sua empresa, em novos métodos como a liderança situacional, no treinamento e desenvolvimento de colaboradores, lideres e gestores.

Quer descobrir como aplicar treinamentos que geram resultados na prática? Baixe gratuitamente nosso ebook e confira!