Você já deve ter observado como as pesquisas apontam, a cada dia mais, para o aumento dos índices negativos relacionados a saúde emocional, nos últimos tempos. E talvez você, além de ter notado essa realidade, se pergunte o que o futuro reserva para os indivíduos, a sociedade e as empresas dentro desse contexto.
Devido ao novo cenário mundial, casos como o de Ana, que desenvolveu a síndrome de burnout após aderir a modalidade de trabalho home office e ser atingida, diretamente, pelo confinamento, pelo acúmulo de tarefas e pela integração full-time entre sua vida pessoal e profissional, estão surgindo exponencialmente. Isso porque, segundo pesquisa do Instituto de Psicologia da USP (IPUSP), o trabalho à distância aumentou em até 65% a jornada diária de tarefas, especialmente para as mulheres. É provável, inclusive, que você se identifique com essa cena.
Contudo, muitas das adaptações feitas, por ocasião da pandemia que enfrentamos — a COVID-19 —, mostraram-se como alternativas eficazes e dão sinais de que vieram para ficar. Os processos de diversas áreas profissionais, como por exemplo na medicina, no Recursos Humanos ou na psicoterapia, tendem a ser cada vez mais digitais e o desafio é saber como se alinhar a esse futuro, gerenciando a saúde emocional nessa trajetória. Que tal refletir sobre algumas perspectivas desse assunto? Vamos à diante!
As mudanças sempre trazem novos dilemas, algumas dificuldades, alguns entraves. No entanto, também são precursoras de ideias fantásticas, de superações inesperadas e de desafios que são transpostos. O ser humano, em sua essência, é bastante adaptável e responde bem as mais diversas situações a que é exposto, porém, situações de calamidade pública como a que vivemos costumam deixar sequelas emocionais.
Diante disso, a preocupação com o futuro emocional da população, tem surgido entre os indivíduos de maneira geral, entre os órgãos de saúde mundial e entre as empresas, que já visualizam a jornada desafiadora que tem pela frente. Segundo o Ministério da Saúde, a pandemia, além de gerar transtornos mentais pode intensificar quadros que já existiam, reforçando a necessidade de se pensar estratégias a fim de minimizar os efeitos colaterais — que não tardam a chegar — dessa condição pós-pandemia.
Como vimos no tópico acima, os novos desafios a serem enfrentados são uma preocupação de todos nós, especialmente dos empregadores. Investir nos cuidados com a saúde emocional e qualidade de vida de seus colaboradores — que são o recurso mais valioso de qualquer instituição —, é investir diretamente no sucesso da própria empresa. Algumas atitudes que serão fundamentais nesse processo são:
O atendimento psicológico deve ser compreendido como fundamental nas questões relacionadas a saúde emocional. Assim como, para investigar uma dor de cabeça procuramos um profissional neurologista, ou para solicitar um programa alimentar buscamos um profissional nutricionista, em casos que demandem conhecimento acerca das questões psicológicas, devemos procurar um profissional da área e não minimizar a situação de adoecimento mental, que pode já estar em uma fase crítica.
Uma das coisas boas que o contexto da pandemia nos trouxe, foi o acesso, a um clique de distância, a muitos serviços importantes que, por conta de diversos motivos, como por exemplo, falta de tempo entre os deslocamentos e localidade do profissional escolhido, eram negligenciados. Hoje, é possível agendar consultas e iniciar aconselhamentos profissionais com maior facilidade e utilizar ferramentas que auxiliam na liberação de estresse e tensões — por exemplo, aplicativos de meditação —, usando o próprio smartphone.
Aprender a reconhecer quando algo não vai bem conosco, física e também mentalmente, é urgente. Quando sinais como, alterações prolongadas no sono e alterações nos hábitos alimentares, sentir-se com o humor deprimido, com ansiedade o tempo todo ou mesmo com estresse excessivo, são percebidos logo de início, evitam-se agravamentos e até mesmo condições de saúde que podem ser irreversíveis.
Nesse percurso individual, conhecer as próprias limitações e os pontos que precisam ser desenvolvidos é muito importante para a manutenção do equilíbrio psicológico. Encontrar momentos para o lazer, a diversão, o convívio social, na medida em que for possível, contribui para a qualidade de vida, mesmo em meio a tantas mudanças desafiadoras.
O futuro da saúde emocional traz consigo apenas uma certeza: precisamos nos renovar e criar estratégias para lidar com o desconhecido desde já, pois muitas situações que nem ao menos eram previstas em nosso imaginário, passaram a fazer parte do nosso dia a dia. Temos, como aliados, a tecnologia, o avanço e desenvolvimento de ferramentas, que podem auxiliar nos cuidados preventivos, e muita, mas muita gente empenhada em fazer a diferença na vida das pessoas, trazendo soluções inovadoras e que facilitem a jornada pelo bem-estar e equilíbrio das emoções.
E para você continuar a se preparar rumo a um futuro — e presente — promissor, nos siga e acompanhe nossos conteúdos em nossas redes sociais: LinkedIn e Facebook!