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Crescimento profissional das equipes: saiba como acelerar

Escrito por Michelly Dellecave | 01/12/2023

Falar sobre crescimento profissional não é tão simples quanto parece. Isso porque a expectativa dos funcionários é cada vez maior nesse sentido, e os gestores das organizações devem se atentar a como promover o desenvolvimento das equipes de variadas maneiras. 

Segundo estudos da área de gestão, a capacitação ao longo da jornada do colaborador exerce grande influência sobre o fortalecimento da cultura organizacional

Um relatório de aprendizagem no local de trabalho, realizado pelo LinkedIn em 2022, por exemplo, afirmou que oportunidades ligadas à carreira estão em primeiro lugar entre os principais impulsionadores de uma forte cultura corporativa.

O mesmo relatório apontou que:

  • os funcionários esperam por chances de aprimorar habilidades e crescer profissionalmente sem limitações;
  • para 46% dos responsáveis pela área de Treinamento & Desenvolvimento, a lacuna de competências observada atualmente está no maior patamar já atingido em suas corporações;
  • somente 10% dos executivos de RH possuem dados sobre o mapeamento de aptidões e perfis do capital humano da empresa. 

Com base nisso, a Pulses reuniu neste artigo algumas das táticas para que sua gestão de RH possa implementar mecanismos eficientes voltados ao progresso das equipes

9 estratégias para acelerar o crescimento profissional dos colaboradores

Na sequência, você vai conferir nove ideias para alavancar o avanço de hard e soft skills dos seus colaboradores. 

1. Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)

Construir Planos de Desenvolvimento Individual (PDI) é uma maneira consistente de formalizar direcionamentos a curto, médio e longo prazos para uma carreira. Essa é, inclusive, uma boa chance de unir os objetivos do negócio às ambições profissionais dos colaboradores.

Por essa razão, o trabalho em conjunto entre lideranças e RH é essencial para que haja um alinhamento das competências a serem conquistadas com as reais necessidades da organização.

Sua empresa já utiliza essa ferramenta? Se os PDIs não fazem parte das rotinas da sua corporação, vale considerá-los daqui para frente.

 2. Cultura de feedback

A regularidade e a maturidade de times para dar e receber feedbacks é um ponto que conta muito para crescermos pessoal e profissionalmente. Existem, inclusive, ferramentas capazes de apoiar esse tipo de prática no ambiente corporativo.

Opiniões construtivas e trocas constantes entre colegas são um instrumento indispensável para que todos possam se desenvolver a partir de evidências do dia a dia

3. Novas lideranças

Criar programas voltados à formação de líderes internamente faz com que os profissionais estejam preparados para funções de gestão quando surgir uma posição nesse âmbito. 

Assim, a empresa assegura a chegada de lideranças com o perfil pretendido e constrói um caminho de ascensão aos talentos que demonstrem interesse e compatibilidade com funções de supervisão na companhia. 

Segundo uma pesquisa da Gartner com 500 líderes de RH em seis países, 45% deles acreditam que habilitar líderes de nível médio é uma preocupação latente nas corporações. 

4. Plano de carreira consistente

Clareza e objetividade são determinantes para apresentar um bom plano de carreira aos colaboradores, incluindo:

  • definição de cargos;
  • desafios, expectativas e requisitos;
  • projeção salarial.

É preciso mostrar exatamente o que os profissionais devem buscar para transitarem de um ponto ao outro ao longo da sua jornada.

Isso é imprescindível para esclarecer soft e hard skills a serem adquiridas, fornecendo orientação precisa para o lifelong learning do funcionário e mantendo bons níveis de engajamento nessa trajetória. Fortalecendo essa jornada do seu crescimento profissional.

Faça o download do infográfico da Pulses com 5 dicas de como manter o engajamento à distância na organização!

5. Práticas de reconhecimento

Manter e incentivar ações de reconhecimento pode ajudar muito a alavancar o crescimento profissional das equipes. Esse é um fator com grande potencial de:

  • qualificar a relação entre líderes e liderados;
  • motivar indivíduos;
  • colaborar com a aproximação e colaboração entre funcionários. 

Para tanto, o RH deve fazer sondagens a fim de entender o que pode trazer melhores resultados de acordo com a realidade de cada negócio. Algumas opções são um sistema de premiações ou mesmo iniciativas de gamificação. 

6. Benefícios alinhados a aprendizado

Estimular a busca por novos conhecimentos passa, também, por facilitar o acesso dos colaboradores a esse tipo de aprimoramento profissional. Por essa razão, o time de gestão de pessoas deve estudar a oferta de benefícios que contemplem esse objetivo.

Por exemplo:

  • desconto ou cobertura total de investimentos em cursos;
  • participação em eventos relacionados ao escopo de atuação dos colaboradores;
  • parcerias da empresa com escolas de idiomas. 

Esse tipo de benefício demonstra o quanto a organização tem uma preocupação legítima com o crescimento profissional das equipes.

 7. Oportunidades de mobilidade interna

A contratação via remanejamento de pessoas — depois de prepará-las para a nova função —  é mais uma estratégia que ajuda a reter talentos. 

A mesma pesquisa do LinkedIn que citamos na abertura deste artigo afirma que colaboradores que passam por mobilidade interna tendem a passar, em média, cinco anos e meio no mesmo local de trabalho.

Esse tempo é praticamente o dobro em comparação ao restante das empresas. 

 8. Programas de mentoria

Certamente, dentro da sua corporação existem profissionais em níveis distintos de senioridade. Desde que essas pessoas recebam bem a ideia, pode ser uma ótima alternativa convidar colaboradores com mais experiência para ministrar oficinas de mentoria

Essa é uma forma, também, de elevar e fomentar a integração das equipes, resultando na manutenção do clima organizacional além da aceleração do aperfeiçoamento profissional do capital humano. 

9. Criação de uma área de Treinamento e Desenvolvimento

Você já pensou na possibilidade de constituir uma área voltada para Treinamento e Desenvolvimento?

É claro que isso demanda um estudo de viabilidade, dependendo muito da situação da empresa. Contudo, unir essa decisão ao uso de análises avançadas sobre a gestão de talentos pode viabilizar o entendimento necessário para a condução estratégica das atividades. 

A importância do crescimento na jornada do profissional

Tudo o que vimos até aqui são elementos com a finalidade de potencializar uma estratégia de crescimento profissional na organização. A importância desse tipo de articulação por parte da gestão de pessoas está nos benefícios possíveis, como:

  • desempenho e produtividade, pois os colaboradores passam a contar com uma visão de futuro concreta e, com isso, se sentem motivados a se dedicar ao máximo em suas rotinas com níveis altos de engajamento;
  • baixo turnover e aumento na retenção de talentos, uma vez que as chances de aprimorar habilidades e de encarar novos desafios favorece a permanência dos profissionais nas equipes;
  • elevado potencial de inovação, com a aplicação e compartilhamento dos conhecimentos conquistados a partir das práticas de desenvolvimento. 

Os tópicos acima nos levam a concluir, portanto, que a remuneração justa, a definição concisa de funções da corporação e o fornecimento dos meios para a evolução do profissional são significativos para atrair bons talentos e fazer com que queiram permanecer na empresa.

Plano de cargos e salários: como a folha reflete o crescimento profissional

A junção de todos os componentes para a eficiência de um planejamento de gestão de pessoas levam para um bom plano de cargos e salários. Afinal, podemos deduzir que isso abrange:

  • a distribuição ponderada das atividades, afastando qualquer chance de sobrecarga de trabalho e corroborando com a harmonia entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores;
  • o devido  embasamento para a proposição de iniciativas de progressão profissional;
  • salários e benefícios equiparados às funções.

Tomando como referência o movimento de Grande Resignação, uma investigação da Deloitte revelou que os três fatores citados acima figuram no topo da lista entre critérios de escolha de um emprego, especialmente para a Geração Z e os Millennials.

Além disso, estabelecem o contexto necessário para o crescimento profissional e podem ter seus efeitos medidos. 

É isso mesmo! Por meio de métodos e ferramentas de People Analytics, o RH consegue obter uma visão detalhada sobre métricas relacionadas a esse aspecto.

Para saber mais sobre o assunto, siga esta dica da Pulses:

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