A confiança é um dos fundamentos mais importantes das estruturas das relações humanas. É ela que inspira o compartilhamento de experiências sem julgamentos, possibilitando uma troca de aprendizado muito mais rica e produtiva, que é ideal para os ambientes organizacionais. Nesse sentido, o B.R.A.V.I.N.G se mostra como uma ferramenta de grande importância para as empresas que fazem parte da revolução emocional.
Neste conteúdo, você entenderá melhor o que significa o termo B.R.A.V.I.N.G, de que forma o seu conceito é aplicado dentro dos ambientes institucionais e por que ele é tão importante para as relações de trabalho. Continue a leitura do artigo para saber mais sobre o assunto!
Criado pela pesquisadora da universidade de Houston, Brené Brown, o B.R.A.V.I.N.G é um conceito que Brené define como a anatomia da nova definição de confiança. Cada letra do acrônimo representa uma parte fundamental da metodologia.
A seguir você entenderá o que são e como funcionam os requisitos do B.R.A.V.I.N.G, e poderá fazer uma reflexão sobre como eles podem impactar nas relações entre os profissionais que integram o ambiente de trabalho de sua empresa.
Embora haja um certo nível de intimidade, toda relação na qual exista confiança, dentro de uma organização, precisa que também existam limites para que todos os envolvidos sejam protegidos.
No contexto corporativo, pense no caso do relacionamento entre um líder e um liderado. Um profissional confia no outro justamente porque ambos sabem respeitar os limites de cada um.
Brené Brown afirma que, em B.R.A.V.I.N.G, a confiabilidade representa uma das mais importantes bases do sentimento de confiança, pois representa a reciprocidade presente em qualquer relacionamento saudável.
Dentro de um ambiente corporativo, a confiabilidade pode significar, por exemplo, que um líder pode confiar em seu liderado, e vice-versa por que ambos sempre cumprem com o que se comprometem a fazer, não só uma vez, mas sempre. Afinal, poucas coisas são mais frustrantes do que um líder que faz promessas e, posteriormente, volta atrás. O mesmo se aplica para um time de colaboradores que dá certeza de um prazo e, depois, não consegue entregar os resultados esperados.
Brené também diz que os erros sempre estarão presentes em qualquer ambiente organizacional, pois “não há criatividade e inovação sem que existam falhas”, conforme as próprias palavras da pesquisadora.
Porém, onde há responsabilidade, há reconciliação. Um profissional que sabe assumir os seus erros, pedir desculpas e procurar por uma forma de corrigir o problema adquire muito mais confiança de seus colegas.
O cofre sempre está ligado a conceitos de confiança nos sentidos de proteção e zelo. Por exemplo, se uma pessoa confia um segredo a outra, é porque acredita que ele estará em segurança e que não há possibilidade de haver uma traição.
Integridade é uma das premissas da confiança, no entanto, para que seja colocada em prática, muitas vezes, é necessário ter bastante coragem para sair da zona de conforto e tomar decisões mais emocionais, mas não no sentido de perder a razão, e sim de que o engajamento das equipes também está intimamente ligado às práticas morais.
Lembre-se de que embora integridade possa ser um conceito abrangente, a confiança também é construída com base em valores que são considerados importantes para o senso comum. É preciso inovar, mas sempre respeitando o espaço e o tempo das outras pessoas.
A diversidade não apenas no ambiente de trabalho, seja ela por pessoas de diferentes culturas, gerações e habilidades, estimula a prática de empatia e não-julgamento, duas vertentes essenciais para a evolução da sociedade.
Dessa maneira, quando um colaborador solicita um conselho, por exemplo, é imprescindível que ele sinta que pode confiar em seu liderado, livre de qualquer julgamento.
Por fim, a generosidade é a "cereja do bolo" em uma relação construída com base na confiança, pois a confiança é inspirada por boas ações. Sem dúvida, essa é uma das melhores formas de inibir a competitividade negativa e a individualidade dentro dos ambientes organizacionais.
Para Brené, a generosidade mútua, quando a passa a ser parte da cultura da empresa, contribui com a construção de um clima organizacional muito mais saudável, produtivo e harmonioso.
O B.R.A.V.I.N.G, então, forma a anatomia da confiança, isto é, os membros funcionais que integram um organismo corporativo. Quanto mais a empresa investe em desenvolver ambientes laborais que prezam pelo respeito e bem-estar de seus profissionais, melhores serão os frutos que ela colherá em forma de resultados, como a redução do turnover, a retenção de talentos e a consolidação da marca diante da sociedade.
Levando em consideração que o B.R.A.V.I.N.G também pode ser visto como uma cultura, isto é, uma forma de desconstruir a forma comum de pensar e adotar ideias inovadoras para melhorar a clima organizacional como um todo, pode-se dizer que o conceito contribui com a evolução do ambiente de trabalho.
Colaboradores que confiam uns nos outros, e em seus líderes, tendem a agir com mais autonomia em momentos decisivos, mas sempre sabendo que podem contar com o feedback de seus colegas sem temer represálias.
Além disso, uma empresa que — devido à construção de relações baseadas em confiança — estimula a criatividade e a liberdade de seu quadro de funcionários, por sua vez, tem muito mais chance de fazer a retenção de talentos, mantendo os melhores e mais bem qualificados profissionais do mercado dentro de seu time.
Como você pôde conferir, B.R.A.V.I.N.G é um termo cunhado pela renomada pesquisadora, Brené Brown, que afirma que o conceito de confiança tem uma estrutura muito mais profunda, algo que é essencial para a construção de ambientes de trabalho muito mais produtivos, gerando uma série de impactos positivos, como a redução do índice de turnover e o aumento da produtividade.
Este conteúdo sobre o que é B.R.A.V.I.N.G e como essa metodologia contribui com a melhoria dos ambientes organizacionais foi útil para você? Então, que tal compartilhá-lo nas redes sociais para que outras pessoas também possam ter acesso ao conhecimento?